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domingo, 8 de julho de 2018

TURISMO EM PORTO SEGURO (V) - JUNHO DE 2018 - VISITA AO MUSEU DO DESCOBRIMENTO

     Sempre que faço um passeio, costumo levar papel para anotações e pesquiso na internet os aspectos turísticos e históricos do lugar.     Depois, estando na cidade a passeio, sempre reservo um tempo na agenda para visitar os lugares de interesse cultural e histórico.     Neste caso de Porto Seguro, para quem gosta de história, é fundamental visitar o local onde fica o Centro Histórico da cidade que fica muito perto do centro comercial.    O Centro histórico fica num local alto e tem uma vista muito bela para o mar.    Mar e seus recifes bem pertinho da costa.   
     Fiz recentemente outras matérias sobre o Centro Histórico e acabei colocando no outro blog meu, que é de Resenhas (por engano) e lá estão quatro matérias sobre o Centro Histórico.    www.resenhaorlando.blogspot.com.br
     Nesta matéria vou citar um pouco do que vi e ouvi do guia do Museu do Descobrimento que fica numa praça muito bem cuidada com casario colonial, igrejas e comércio de lembrancinhas, etc.
     O museu cobra uma taxa quase simbólica dos visitantes.   10,00 por pessoa e maior de 65 anos visita grátis, que foi o meu caso.
     O prédio tem dois pisos.   No térreo onde ficavam as celas da cadeia, se vê as paredes enormes na largura e parte levantadas em pedras.    Sólidas grades de ferro nas janelas.   Uma parte era prisão para homens e outra parte, para mulheres.    Consta que as duas celas não tinham porta e sim um alçapão no teto que era aberto para receber o preso, quando se colocava uma escada para a descida e depois se retirava a escada e fechava o alçapão.    O guia informou que na época os presos não eram alimentados pelo Estado e sim pela caridade das pessoas que traziam a comida e passavam pelo vão das grades, assim como roupas usadas.
     Na parte de cima do prédio há o acervo em dois grandes temas.   Uma parte dedicada ao período antes do descobrimento, contendo armas e adereços de plumas de uso ritual dos índios da região.   Lá ainda tem na região descendentes dos índios Pataxós.      
     Dentre os equipamentos indígenas, há um tipo especial de balaio tecido em palha, de certo porte, que servia para colocar os ossos dos mortos que tinham sido sepultados há mais de um ano e que eram depois removidos (quando eram só ossos) e estes restos mortais eram então colocados no recepiente de palha e enterrados de forma definitiva.    Havia ritos e então era a despedida definitiva daquela pessoa.
     No setor do descobrimento (colonização) há principalmente mapas e instrumentos de navegação do passado.   Chama atenção um tipo de carretel de uns 40 cm de comprimento e uns 10 cm de diâmetro para enrolar um tipo de cordel cheio de NÓS em espaços tipo 20 cm entre si.   Esse equipamento era para medir a velocidade das caravelas.    Curiosamente até os nossos dias a velocidade dos navios são expressas em NÓS.
     Eu diria que vale muito a pena, estando em Porto Seguro, dar uma visitada ao Centro Histórico que tem inclusive um local para exibição de capoeira para os turistas apreciarem.   Tem também barracas de alimentação e artesanatos.   
     
      Foto acima, do monumento no Centro Histórico

     Acima, foto do Museu Histórico de Porto Seguro

  Detalhe da grade de ferro do antigo presídio no prédio acima

      Cocar de penas (plumas) dos índios da região

    Cocar e demais adereços para a jovem em ritual de passagem para a idade adulta.

    Cocar e demais adereços indígenas



      Cocar e uma cesta para colocação de restos mortais para o sepultamento na fase definitiva, após um tempo conforme descrito no texto acima.

     Urnas mortuárias em cerâmica

      Equipamento para medida de velocidade de embarcações do tempo das caravelas.   O que tem os nós que dão nome à velocidade.
      Bússola do tempo das navegações do descobrimento.   Numa caixa com sistema para amortecer o balanço das águas.

      Equipamento de astronomia e navegação.   Acima, um mapa mundi em plano.

     Abaixo, foto de "pão de açúcar", um tipo de forma na qual era colocado para secar o açucar a ser armazenado para uso doméstico.       Dessa forma teria se inspirado quem colocou o nome no Pico do Pão de Açucar lá no Rio de Janeiro.