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sábado, 23 de outubro de 2010

FEBEAPÁ - DO PASSADO PARA O PRESENTE... E FUTURO!!!!



(foto do blog do Edson Lima, muito visitado por aqui)
     Numa certa década passada havia um espirituoso gaucho que vivia no Rio de Janeiro  no tempo que a Cidade Maravilhosa era capital federal.    O gaucho se chamava Sergio Porto, mas escrevia seus textos irreverentes nos jornais com o nome de Estanislaw Ponte Preta.     Um dia ele reuniu um monte de asneiras que via e ouvia no dia a dia que acabou escrevendo o livro FEBEAPÁ Festival de Besteiras que Assola o País.     O forte dos casos envolvia a política, mas tinha também para todos que pisavam na bola e mereciam uma crônica.   
     Alguém pode dizer que o personagem e seu livro são coisas do passado, mas sabemos que o Febeapá continua firme e forte pelos quatro ventos e, mais, no passado, no presente e acho que ainda vai longe...
     Vamos ao fato recente aqui de Maringá-PR.       Cidade nova, desenhada na prancheta, amplas ruas e avenidas com canteiro central, muito arborizadas e tudo o mais.     Temos uma frota de 1 veículo (entre carro e moto) para cada 1,8 habitante.   Isto já é relevante, mas o índice de acidentes por aqui tem sido muito mais elevado que em outras cidades menos planejadas que a nossa.     Nosso povo deixa a desejar em termos de educação no trânsito.   Com 345.000 habitantes (o censo está fresquinho) em outubro de 2010, já temos neste ano ao redor de 80 mortos no trânsito.     Grande parte dos tais, são motoqueiros.     Um deles, infelizmente rachou um poste dias atrás.  Nem precisa dizer que foi fatal.      Nosso vereador (nobre vereador) como eles tratam entre si, Luiz do Postinho requereu ao prefeito Silvio Barros que dado ao grande número de acidentes com moto na cidade, seja feito um recapeamento de proteção nos postes para proteger as vidas.       Saiu no jornal O Diário de Maringá lá pelo dia 13 de outubro de 2010.    Seria cômico se não fosse trágico.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A HISTÓRIA MERECE MAIS ATENÇÃO

   Um belo dia, uma certa emissora de tv de penetração nacional andou veiculando uma campanha de valorização da história.    Uma atriz famosa dizia que o povo que não valoriza sua história é um povo sem futuro.  Que o conhecimento da história ajuda o povo a saber de onde veio, entender melhor os dias atuais e ter uma perspectiva melhor de futuro.    
     Eu sempre gostei de valorizar a cultura de modo geral e a história sempre esteve na pauta das minhas leituras, das minhas visitas a lugares de importância histórica e tudo o mais.     Ao ponto de recentemente eu ter encarado com entusiasmo uma Pós em História e Sociedade cem por cento presencial na nossa UEM.     Ao final da Pós fiz uma monografia sobre aspectos da história do município de Mandaguaçu-PR (vizinho de Maringá), com destaque para a atividade pioneira ligada à cafeicultura.      Dito isso para pintar o cenário de um fato singelo que me ocorreu nesta semana.      
     Eu fui ao médico numa consulta de rotina e, indo à pé, resolvi não levar nada para ler na sala de espera.  Para minha surpresa, não havia uma revista sequer na sala cheia de gente.     Como tinha que ser "paciente", resolvi dar uma escapadinha e fui à banca de jornal mais próxima.       Lá, pedi um jornal e - indignado - disse na banca que estava numa sala de espera com Zero de revista para ler.   A moça da banca me vendeu o jornal (do qual sou assinante, mas meu exemplar estava em casa) e resolveu dar de cortesia uma revista encalhada.     História Viva, abordando a Idade de Ouro das artes plásticas (1500-1520).      Revista fartamente ilustrada com obras de Michelangelo, Rafael e outros mais.      Acabei deixando o jornal do dia na sala de espera do médico e trazendo a revista para ler em casa.   Ler e guardar com carinho.   Obra rara.

sábado, 16 de outubro de 2010

O CHINÊS, O MOTOQUEIRO E O BURRO

Dibujo Sábio chinês pintado por ana
  
     Hoje, dia 16-10-10, estava como de costume dando uma lida no jornal O Diário que recebo como assinante.    Sempre é bom estar em dia com o que ocorre na cidade e por esse mundo afora.    Apesar que só o jornal não dá conta de informar tudo mas tem a famigerada TV, internet e o escambau.     E quando a internet dá pau eu penso no lado bom da coisa e pego um dos livros da minha estante e fico no conforto do sofá da sala lendo, que é meu hobby.      Por sinal estou lendo um catatau de mais de 600 páginas com a biografia da Clarice Lispector.    O autor coloca a escritora no contexto histórico do Brasil e muita coisa importante para entender melhor a nossa terra está lá no livro.
     Vamos voltar ao mote do chinês, o motoqueiro e o burro.      No jornal de ontem ou antes de ontem, havia a notícia de que na periferia da nossa querida Maringá, uma pessoa sem alma deixou um cavalo (burro era o dono, com perdão aos burros!) depauperado e doente, caído na rua sem nenhum atendimento.    Não conseguiram achar o dono e foi um lenga lenga até o poder público levar o animal e dar a solução da eutanásia, informando que era a única forma de remediar o caso.   Sobre isso uma leitora do jornal disse que segundo um pensador, quem não souber amar os menores dos seres vivos, não saberá amar o próximo.    Vamos agora ao motoqueiro:
     Nossa cidade tem uma frota de veículos bem grande e ao redor de um terço destes é representado pelas motos.    Só que os acidentes com motos por aqui são muito mais que proporcionais aos acidentes com automóveis.    Muitos jovens estão perdendo a vida no nosso trânsito.       Nota-se que não é só questão de habilitação, é questão de postura diante da vida.    Quem não ama a própria vida e fica “costurando” no trânsito, transgredindo todas as normas (que conhece, pois é “habilitado”), como poderá amar o próximo e respeitá-lo?       Muitos motoristas por aqui estão na mesma situação.  Conhecem as regras, mas ignoram as mesmas, inclusive dirigindo alcoolizados.
     Para fechar o tema, tem na página dois de O Diário de hoje uma brilhante matéria do psicólogo e professor Raymundo de Lima com o título de Estudo Tiririca.   Um belo artigo citando um professor da USP – Guo Qiang Hai – que diz da maravilha que é o Brasil, muito acolhedor e tudo o mais, mas...  ele que tem a esposa brasileira e filha brasileira, nota que por aqui não se valoriza alunos brilhantes, que são até discriminados por isso.      São chamados de cdf  (.. de ferro) e tudo o mais.     Diz que na China valorizam muito o estudo e alunos brilhantes e esforçados são reconhecidos por isso em particular e em público.  Pois bem.    O ensino encarado de forma séria por todos nós, poderia melhorar nosso caráter e teríamos um povo mais preparado para a vida, com valores que levassem as pessoas a viverem de forma mais equilibrada, com mais respeito a si, ao próximo e incluo de carona com o próximo, todo vivente que foi criado nesta terra.   Muito axé a todos!   
     

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O QUE ME MOVE AO VOTAR

       

     Acho até que o voto poderia ser facultativo e votariam todos aqueles que acham que isso é importante e deixariam de votar aqueles que achavam que isso não é importante.   Mas a regra do jogo atual no Brasil é a obrigatoriedade do voto.    Mesmo que não fosse obrigatório, eu que gosto de acompanhar o que ocorre no meu mundinho e neste mundão afora, não me conceberia sem o gesto do voto, porque para mim faz parte de um contexto maior.
     Fazendo uma pequena abstração, a gente logo chega à conclusão de que não tem como eu fazer uma estrada só para mim, uma escola só para mim, um hospital, uma praça, uma linha de trem e por aí afora.   Pois bem.   Temos que viver socialmente e compartilhar muita coisa.     E essa muita coisa tem que ser feita de forma coletiva e administrada de forma coletiva.     Se não tem como todo mundo dar pitaco ao mesmo tempo, então o jeito é organizar o baile, criar normas e delegar (aqui mora o perigo!!) a alguns a responsabilidade de agir em nosso nome, fazendo a gestão do bem comum.
     Quando eu era criança meu pai já nos ensinava, a mim e meus seis irmãos, que sempre tínhamos que cuidar bem do que era nosso e melhor ainda o que não nos pertencia.     Pois bem.   Está aí uma regrinha que trago do século passado e que acho bastante razoável, apesar de singela.     Quem cuida do bem comum deveria cuidar de tudo com o zelo maior do que se estivesse cuidando dos próprios bens.
     Como, ao votar, tenho que escolher quem vai nos representar, procuro sempre escolher melhor possível, dentro dos meus critérios.     Sei que os critérios não são uma unanimidade, mas se buscamos o bem comum, há um rumo.        E sempre achei que as pessoas que mais precisam do governo, de uma forma mais direta, são as pessoas de menos posses.   Estas que precisam do posto de saúde, do SUS, do transporte coletivo para ir ao trabalho, da escola pública para os filhos.     E eu sempre acompanho a política e procuro escolher com o olhar de cristão e cidadão, tentando escolher aquelas pessoas que tem mais potencial de acudir essa camada da população que mais precisa do Estado, do governo.       Com meu emprego razoável, meu  bom plano de saúde, um certo conforto de classe média, seria egoísmo da minha parte escolher aquele ou aqueles que iriam trazer benefícios para mim.      
     Espero e torço muito para que as pessoas, ao votarem, se tiverem uma condição de vida mais tranquila, olhem um pouco mais de forma fraterna para aqueles que mais precisam de apoio do Estado.    Isto faz parte da cidadania.           (foto da urna retirada do site www.tse.jus.br)