Total de visualizações de página

Translate

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SOBRE O LIVRO - ALMAS MORTAS - N.GOGOL


       Anotações pelo Orlando Lisboa de Almeida     

     Eu não conhecia nenhuma obra de Gogol e fui presenteado por um amigo que gosta de leitura, com a obra Almas Mortas do ucraniano nascido em  1.809 e que viveu um trecho da vida na Rússia e escreveu vários livros.
     Como de costume (desde 1994), faço uns rabiscos com aquilo que achei de mais interessante na obra para servir de lembrança e que, aqui publicados, espero que sirvam de aperitivo e que despertem em outras pessoas a curiosidade por ler esta bela obra que foi publicada segundo consta, em 1842.
     O livro que li é da editora Nova Cultural – SP – 2003 e tem 494 páginas – 1ª edição.   Digo isso porque vou citar as páginas onde fiz os destaques e sem os dados da edição o número da página não diz nada.   
     28 – Casa com animais abrigados no térreo;
     30 – Homens que se beijam ao cumprimentar.  Costume russo;
     34 – O regime na Rússia e o requinte do francês:  piano, artes manuais...;
     36 – Fala de um governador que borda nas horas de lazer.
     61 – Lá também tem os pardais, pássaros que migraram para a Europa e foram trazidos até para o Brasil, aqui para tentar controlar larvas de insetos vetores de doenças. O pardal não era do ramo, mas se adaptou bem ao Novo Mundo.
     62 – Remédio com banha de porco e “óleo canforado” que, diga-se de passagem, o óleo com cânfora era usado na zona rural de onde nasci e passei a infância (Cerquilho-SP).
     63 – passagem interessante que fala do comportamento humano diante da hierarquia.
     68 – A palavra “encasquetar”.    Esta e outras que destaco curiosamente (coisa do tradutor), são muito comuns na minha terrinha de origem, meu berço e minha época.
     85 – Porqueira – outra da terrinha.
     92 – Outra citação importante do comportamento humano.    Visão superficial dos outros – alguém bem vestido engana.
     120 – Balalaica – instrumento musical primitivo com duas cordas.   (hoje é marca de vodka barata por aqui, ao que parece)
     125 – Receita de nhanha, um prato típico da Rússia.
     136 – Unha de fome – fominha – expressão típica da minha terrinha
     144 – Cambaio – idem
     152 – Herdeira – filha mais velha ?    será que é ou era isto o usual por lá?
     170-171 – Drama do escritor “realista”.
     182 – Esgueirar
     195 – Chusma
     195 – Cita Goethe e o livro (que li e gostei) .. “Os sofrimentos do Jovem Werther”
     231 – “Deus nos livre e guarde”   (típica da terrinha minha)
     232 – Outra passagem interessante falando da hierarquia
     256 -  Formando uma entidade assistencial.  Gasta tudo (ou rouba) nos meios e chegam centavos ao fim.
     269 – A pessoa se afogando e não pensa em nada; se apega até com uma palha...
     271 – O ser humano é sábio sobre os outros, mas sobre si...
     274 – Expressão – Já não era sem tempo.   (típica da minha terra, de novo!)
     279 – Encóspias – formas de madeira para alargar sapato novo (para lacear)
     284 – Saracotear – destaque da terrinha.   (preciso saber o nome e a biografia do ou da tradutor (a)}.
     292 – Conselhos malucos do pai do personagem.
     323 – Atarantado;
     331 -  Sem dó nem piedade (expressão típica da terrinha, de novo – me perdoem)
     336 – Pândega – idem
     335-336 – Métodos de um eficiente professor   (preciso rever para citar o milagre!)
     339 – São Petersburgo – frio de até trinta graus negativos.
     341 –  Consta que antes da Revolução (Russa) a pessoa se preocupava com o próximo, com a nação
     360 -  ervilhas – uso por lá.
     373 – desenxabidas – expressão curiosa de novo
     394 – empachar  (barriga estufada ..)
     398 – Caçoando
     400 – Deu na veneta
     412 – algo fundamental – conferir lendo ...
     416 – enriquecer rápido...
     416 -  O autor faz uma grande defesa do homem do campo
     417 – Charrua – arado de tração animal com uma aiveca – parte de ferro que corta o solo.
     419 – lá tem rouxinol, cotovia.
     421- começar as obras pelo começo e não pelo meio...(também na profissão)
     423 – Sobre Administração Rural
     429 – gostar da paisagem
     431 – empanzinar
     451 – desembestaram
     494 – Para encerrar, outra pérola da minha terrinha:   mal e mal   (malemá)

     O livro é uma ficção que trata de um vigarista que começa a correr o trecho pelo interior se hospedando, fingindo ser gente do comércio, gente de bem, e vai ludibriando as pessoas.   O mais interessante é que a cada contato com boa vida, é feita uma descrição do lugar, dos costumes e do comportamento das pessoas.   Mostra que o ser humano tem lá suas virtudes e seus defeitos que são meio transcendentes no tempo e no espaço.   Vale conferir.                  orlando_lisboa@terra.com.br






Nenhum comentário:

Postar um comentário