RESENHA DA IX CONFERÊNCIA DE
SAÚDE DA CASSI PARANÁ
Tema: Sustentabilidade
da Cassi
Data e local: 20-11-2015 no auditório do CRM Conselho
Regional de Medicina – Curitiba -
PR (início – 16.30 h)
Anotações feitas pelo associado
Eng.Agr Orlando Lisboa de Almeida
Foi informado que neste evento será dado
posse do pessoal eleito para a gestão no mandato de 2015 a 2017.
Algumas das autoridades presentes e que
compuseram a mesa de abertura:
Alexandre Carvalho, gerente de área,
representando a Gerente da Gepes – PR Aparecida Rainha.
Dalton Spadotto, pela Superintendência
Estadual do PR representando o Edinho que é o Superintendente.
Aldo Rossi – Gerente da Cassi Paraná
William – Dirigente da Cassi Paraná eleito
pelo corpo Social. Está há 18 meses
nessa função e vem do movimento sindical.
Sr.Tadeu Brenner Filho - Médico representando o CRM que cedeu o espaço
para o evento.
Antonio Roberto Andretta, aposentado,
representante do Conselho de Usuários Cassi.
Na abertura um colega aposentado puxou o
hino nacional ao violão. Vital.
Fala
do Aldo Rossi – Gerente da Cassi PR
Ele disse que toda a
indústria da saúde enfrenta dificuldade de financiamento. Nesse contexto, estaria inclusive a quebra da
Unimed Paulistana recentemente. Por
outro lado, há problemas como aquele da máfia das próteses no RS. Gestão e desafios.
O primeiro anseio das pessoas, segundo
pesquisa no BR é a casa própria. O
segundo, ter um plano de saúde.
Fala
do médico
Um senhor já mais maduro, lembrou que é
bem vinda a modernidade inclusive na área médica. Por outro lado acrescentou que a medicina
feita com atenção, com carinho, consultando bem o paciente sempre será muito
importante. Nem sempre há necessidade
de tantos e tantos exames.
Fala
do Alexandre – pela Gepes PR
Fez uma fala curta de boas vindas a todos
e de apoio.
Dalton
Spadotto – pelo Superintendente estadual
Falou do BB ter o
sistema do EPS Exame periódico de Saúde, que ajuda na atenção à saúde dos
funcionários da ativa. Sua fala também
foi de boas vindas, sem delongas.
Fala
do Andretta – representante dos Usuários
A Cassi foi criada em 1944. Por volta de 1998, com uma mudança de
Estatuto, surgiu a figura do Conselho de Usuários. Artigo 51, inciso XIV. Houve pré conferências da Cassi PR em
Maringá e Londrina recentemente.
Fala
do William Mendes de Oliveira - Dirigente da Cassi eleito pelo corpo social
Ao abrir sua fala, citou
um ditado popular africano que ouviu em um filme: “Quer ir rápido, vá sozinho. Quer ir longe, vá em grupo.”
Disse que as entidades ligadas aos
funcionários do BB ajudaram nos custos para a realização desta
Conferência. Ele está há dezoito meses
na função na Cassi, eleito pelos funcionários.
A Cassi em nível nacional cuida de
aproximadamente 1 milhão de vidas.
Cassi Família – começou por volta do ano
de 1997.
Sobre o banco, lembrou que mudanças não
são fáceis. Nos mais de 200 anos de BB,
há poucas décadas apenas, as mulheres tiveram acesso ao mesmo como
funcionárias.
Desde 1996 – Gestão Compartilhada da
Cassi. Parte dos diretores é indicada
pelo BB e parte eleita pelos funcionários.
Lembrado que a Cassi tem os conveniados
para atendimento aos associados e algumas unidades próprias da Cassi em centros
maiores.
52 milhões de brasileiros (metade da
população total) tem planos de saúde.
Destas, ao redor de 5 milhões estão em planos no regime de Auto Gestão,
como faz a Cassi. Nós (Cassi) somos o
maior plano com o sistema de Auto Gestão.
Estamos tendo nos anos recentes, déficits
sucessivos na Cassi e a busca é de equilibrar as contas e não deixar quebrar o
modelo Solidário.
Ele andou estudando de onde e de quando
vem os déficits na Cassi.
Há déficit desde 1999. Houve uma reforma de Estatuto em 1996 quando
surgiu a Promoção à Saúde – Saúde da Família.
Antes os salários reais do BB eram maiores
e 3% cobriam as despesas da Cassi. 2% do BB e 1% dos associados. Depois o percentual passou a 7,5% e está
até a atualidade, custeado meia a meia.
De
1996 em diante, os salários dos funcionários do BB se mantiveram por longo
tempo praticamente congelados. Esta é uma das grandes causas estruturais do
desequilíbrio das contas da Cassi.
Outra importante é a soma do aumento da longevidade das pessoas e a
sofisticação tecnológica da área de saúde que acarreta elevação dos custos.
Com o congelamento de salários, em termos
reais, a Cassi perdeu muitas receitas e as despesas continuaram crescentes até
pelo aumento da tecnologia em saúde.
Um dado interessante, medido em índice.
Antes de 1995, com o sistema de promoções
automáticas no BB elevando os salários, a pessoa entrava no BB ganhando 100
unidades e se aposentava com 400 unidades.
Depois de 1996, a
pessoa entrava com 100 e se aposentava com 140. Uma diferença, um achatamento brutal. E isso trouxe grave problema estrutural à
Cassi.
Ele mostrou uma série de gráficos sobre
isso tudo e numa delas, mostrava as médias salariais dos aposentados mais
antigos e a média salarial dos recentes.
Grosso modo, hoje a pessoa no mesmo cargo se aposenta, em termos reais,
ganhando menos da metade do que se ganhava décadas atrás. (Certamente, solicitando esses dados, ele
repassa por e-mail)
De uns tempos para cá, os funcionários
também tiveram que passar a contribuir para a Cassi inclusive sobre o 13
Salário. Esta prática reforça o caixa
da Cassi em valores aproximados de 100 milhões por ano, mas ainda fica aquém do
necessário.
Em 2014 a Cassi fechou o balanço com um déficit ao
redor de 100 milhões de reais. Ela tem
uma Reserva instituída em boa parte em decorrência de lei, na casa de 1,5
bilhão, mas se nada for feito, essa reserva seria consumida em bem pouco tempo
e nosso problema estrutural continuará sem solução.
Sobre enxugar as despesas
administrativas. Disse que o conjunto
dos planos de saúde gasta 13% em média com esse tipo de despesa. Na Cassi, o percentual é mais enxuto, na
casa de 9,4% mas não se descuida neste quesito.
A Cassi busca em suas ações inclusive
prevenir doenças na chamada Estratégia da Saúde da Família. Vem buscando aumentar o número de associados
que aderem à mesma e procuram os profissionais de saúde da própria Cassi para
que estes acompanhem o passo a passo das pessoas o que reduz riscos e também
diminui custo com menor demanda de especialistas.
Sem a Estratégia Saúde Família, a pessoa
procura por conta própria um especialista sem ouvir o clínico geral da Cassi. Em geral sem um critério.
Atualmente os que aderem à Estratégia
Saúde da Família representam ao redor de 40% dos usuários. Os números foram crescendo e estacionou
neste patamar. Espera-se elevá-lo em
benefício dos associados e das finanças da Cassi.
Lembrou que na média da idade dos presentes
nesta conferência, comumente as pessoas já tem alguma das três doenças crônicas
mais freqüentes, quais sejam: colesterol alto, diabete e pressão alta. Ele defende a idéia da Cassi implantar um
Plano Piloto em alguma região, buscando 100% de adesão à Saúde da Família por
ser mais efetiva em termos de saúde e por ser mais racional em termos de
finança.
A Cassi tem no Brasil 2.600
colaboradores. O Banco reclama (e ele
diz que com boa dose de razão) que a Cassi não é pródiga em oferecer números
para justificar suas necessidades. Isto
dá argumentos para o Banco ir se eximindo de suas responsabilidades. É mais um desafio para a Cassi e nossos
Dirigentes.
No final da fala do William eu tive que me
ausentar e não deu para ouvir as perguntas e respostas que viriam em sequência,
mas acho que os dados acima já ajudam a esclarecer um pouco do tema.
Abraço aos colegas. Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida –
Matr. 7819800-3
orlando_lisboa@terra.com.br e blog
www.orlandolisboa.blogspot.com.br
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