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domingo, 22 de novembro de 2015

IX CONFERÊNCIA DE SAÚDE DA CASSI DO PARANÁ 20-11-15

RESENHA DA IX CONFERÊNCIA DE SAÚDE DA CASSI PARANÁ
 (CASSI Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil)
            Tema:   Sustentabilidade da Cassi

Data e local:   20-11-2015 no auditório do CRM Conselho Regional de Medicina – Curitiba  - PR      (início – 16.30 h)
Anotações feitas pelo associado Eng.Agr Orlando Lisboa de Almeida

     Foi informado que neste evento será dado posse do pessoal eleito para a gestão no mandato de 2015 a 2017.
     Algumas das autoridades presentes e que compuseram a mesa de abertura:
     Alexandre Carvalho, gerente de área, representando a Gerente da Gepes – PR Aparecida Rainha.
     Dalton Spadotto, pela Superintendência Estadual do PR representando o Edinho que é o Superintendente.
     Aldo Rossi – Gerente da Cassi Paraná
     William – Dirigente da Cassi Paraná eleito pelo corpo Social.   Está há 18 meses nessa função e vem do movimento sindical.
     Sr.Tadeu Brenner Filho -  Médico representando o CRM que cedeu o espaço para o evento.
     Antonio Roberto Andretta, aposentado, representante do Conselho de Usuários Cassi.
     Na abertura um colega aposentado puxou o hino nacional ao violão.  Vital.
     Fala do Aldo Rossi – Gerente da Cassi PR
     Ele disse que toda a indústria da saúde enfrenta dificuldade de financiamento.  Nesse contexto, estaria inclusive a quebra da Unimed Paulistana recentemente.   Por outro lado, há problemas como aquele da máfia das próteses no RS.    Gestão e desafios.
     O primeiro anseio das pessoas, segundo pesquisa no BR é a casa própria.   O segundo, ter um plano de saúde.
     Fala do médico
     Um senhor já mais maduro, lembrou que é bem vinda a modernidade inclusive na área médica.  Por outro lado acrescentou que a medicina feita com atenção, com carinho, consultando bem o paciente sempre será muito importante.   Nem sempre há necessidade de tantos e tantos exames. 
     Fala do Alexandre – pela Gepes PR
     Fez uma fala curta de boas vindas a todos e de apoio.
     Dalton Spadotto – pelo Superintendente estadual 
      Falou do BB ter o sistema do EPS Exame periódico de Saúde, que ajuda na atenção à saúde dos funcionários da ativa.   Sua fala também foi de boas vindas, sem delongas.
     Fala do Andretta – representante dos Usuários
     A Cassi foi criada em 1944.    Por volta de 1998, com uma mudança de Estatuto, surgiu a figura do Conselho de Usuários.   Artigo 51, inciso XIV.     Houve pré conferências da Cassi PR em Maringá e Londrina recentemente.
     Fala do William Mendes de Oliveira - Dirigente da Cassi eleito pelo corpo social
     Ao abrir sua fala, citou um ditado popular africano que ouviu em um filme:  “Quer ir rápido, vá sozinho.   Quer ir longe, vá em grupo.”
     Disse que as entidades ligadas aos funcionários do BB ajudaram nos custos para a realização desta Conferência.   Ele está há dezoito meses na função na Cassi, eleito pelos funcionários.
     A Cassi em nível nacional cuida de aproximadamente 1 milhão de vidas.
     Cassi Família – começou por volta do ano de 1997.
     Sobre o banco, lembrou que mudanças não são fáceis.  Nos mais de 200 anos de BB, há poucas décadas apenas, as mulheres tiveram acesso ao mesmo como funcionárias.
     Desde 1996 – Gestão Compartilhada da Cassi.   Parte dos diretores é indicada pelo BB e parte eleita pelos funcionários.
     Lembrado que a Cassi tem os conveniados para atendimento aos associados e algumas unidades próprias da Cassi em centros maiores.
     52 milhões de brasileiros (metade da população total) tem planos de saúde.  Destas, ao redor de 5 milhões estão em planos no regime de Auto Gestão, como faz a Cassi.   Nós (Cassi) somos o maior plano com o sistema de Auto Gestão.
     Estamos tendo nos anos recentes, déficits sucessivos na Cassi e a busca é de equilibrar as contas e não deixar quebrar o modelo Solidário.   
     Ele andou estudando de onde e de quando vem os déficits na Cassi.
     Há déficit desde 1999.   Houve uma reforma de Estatuto em 1996 quando surgiu a Promoção à Saúde – Saúde da Família.
     Antes os salários reais do BB eram maiores e 3%  cobriam as despesas da Cassi.  2% do BB e 1% dos associados.    Depois o percentual passou a 7,5% e está até a atualidade, custeado meia a meia.
     De 1996 em diante, os salários dos funcionários do BB se mantiveram por longo tempo praticamente congelados.     Esta é uma das grandes causas estruturais do desequilíbrio das contas da Cassi.    Outra importante é a soma do aumento da longevidade das pessoas e a sofisticação tecnológica da área de saúde que acarreta elevação dos custos.
     Com o congelamento de salários, em termos reais, a Cassi perdeu muitas receitas e as despesas continuaram crescentes até pelo aumento da tecnologia em saúde.
     Um dado interessante, medido em índice.
     Antes de 1995, com o sistema de promoções automáticas no BB elevando os salários, a pessoa entrava no BB ganhando 100 unidades e se aposentava com 400 unidades.   Depois de 1996, a pessoa entrava com 100 e se aposentava com 140.   Uma diferença, um achatamento brutal.    E isso trouxe grave problema estrutural à Cassi.
     Ele mostrou uma série de gráficos sobre isso tudo e numa delas, mostrava as médias salariais dos aposentados mais antigos e a média salarial dos recentes.    Grosso modo, hoje a pessoa no mesmo cargo se aposenta, em termos reais, ganhando menos da metade do que se ganhava décadas atrás.     (Certamente, solicitando esses dados, ele repassa por e-mail)
     De uns tempos para cá, os funcionários também tiveram que passar a contribuir para a Cassi inclusive sobre o 13 Salário.    Esta prática reforça o caixa da Cassi em valores aproximados de 100 milhões por ano, mas ainda fica aquém do necessário.
     Em 2014 a Cassi fechou o balanço com um déficit ao redor de 100 milhões de reais.  Ela tem uma Reserva instituída em boa parte em decorrência de lei, na casa de 1,5 bilhão, mas se nada for feito, essa reserva seria consumida em bem pouco tempo e nosso problema estrutural continuará sem solução.
     Sobre enxugar as despesas administrativas.    Disse que o conjunto dos planos de saúde gasta 13% em média com esse tipo de despesa.   Na Cassi, o percentual é mais enxuto, na casa de 9,4% mas não se descuida neste quesito.
     A Cassi busca em suas ações inclusive prevenir doenças na chamada Estratégia da Saúde da Família.   Vem buscando aumentar o número de associados que aderem à mesma e procuram os profissionais de saúde da própria Cassi para que estes acompanhem o passo a passo das pessoas o que reduz riscos e também diminui custo com menor demanda de especialistas.
     Sem a Estratégia Saúde Família, a pessoa procura por conta própria um especialista sem ouvir o clínico geral da Cassi.   Em geral sem um critério.
     Atualmente os que aderem à Estratégia Saúde da Família representam ao redor de 40% dos usuários.    Os números foram crescendo e estacionou neste patamar.   Espera-se elevá-lo em benefício dos associados e das finanças da Cassi.
    Lembrou que na média da idade dos presentes nesta conferência, comumente as pessoas já tem alguma das três doenças crônicas mais freqüentes, quais sejam:  colesterol alto, diabete e pressão alta.    Ele defende a idéia da Cassi implantar um Plano Piloto em alguma região, buscando 100% de adesão à Saúde da Família por ser mais efetiva em termos de saúde e por ser mais racional em termos de finança.
     A Cassi tem no Brasil 2.600 colaboradores.    O Banco reclama (e ele diz que com boa dose de razão) que a Cassi não é pródiga em oferecer números para justificar suas necessidades.   Isto dá argumentos para o Banco ir se eximindo de suas responsabilidades.    É mais um desafio para a Cassi e nossos Dirigentes.
     No final da fala do William eu tive que me ausentar e não deu para ouvir as perguntas e respostas que viriam em sequência, mas acho que os dados acima já ajudam a esclarecer um pouco do tema.   
     Abraço aos colegas.        Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida – Matr. 7819800-3
                orlando_lisboa@terra.com.br      e blog   www.orlandolisboa.blogspot.com.br
    



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