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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

MEMÓRIA DA USINA HIDRELÉTRICA DE TATUI - BAIRRO REPRESA - CERQUILHO-SP (RIO SOROCABA) - MOREI PERTO

 

Comentários

  • Nascido na Fazenda Vitória no ano de 1950, de certa forma me sinto parte da história ao menos como personagem que conheceu por dentro essa Hidrelétrica ainda criança. Sou inclusive Engenheiro Agrônomo (ESALQ-USP - Piracicaba) e sou homonimo de um ex prefeito de Tatui que suponho ser meu parente, Orlando Lisboa de Almeida, como eu. Na década de 50 umas 15 pessoas atuavam na parte operacional da usina que fica no Bairro Represa, distante uns 6 km de Cerquilho. Dos quinze, o Gerente Geral era meu tio Manoel Blanco (tio Neco), meu tio Antonio Lisboa de Almeida (tio Tone) e meu primo Nerval, filho de tio Neco. Por esse parentesco, nós de vez em quando iamos nadar na chamada caixinha que era um pequeno anexo do canal de desvio da água da represa em si rumo às turbinas. Para isso passavamos por dentro da usina em si com as turbinas rodando a toda num ambiente de calor e umidade e bastante ruido. Não tinha muito perigo pois sempre tinha um conhecido operando o sistema e de olho na gente, mas só pelo conhecimento com o pessoal, já que era local vedado a estranhos. E me lembro que meu tio morava numa casa extremamente ampla e confortável onde havia uma enorme sala com dois jogos de sofás, uma cozinha tão grande que um dia na mesa da cozinha almoçou o pessoal do time do São Bento de Sorocaba num tour na Usina, muitos quartos e uma passadeira de piso no corredor no qual aprendemos a andar de bicicleta, tão amplo que era. A casa era de alvenaria e com vista para a usina, a represa, a hidrelétrica, a ponte e o Rio Sorocaba em si. Foi uma pena quando eu soube que aquele casarão foi demolido durante ou após anos em que a Usina foi encampada pela CESP e depois desativada lá pelos anos 60. Em seguida ela foi ativada pelo Grupo Sampaio Lara, para gerar energia para siderúrgica de ferro liga. Faz alguns anos que não passo por lá. A casa onde residi fica na margem da estrada sentido cidade interior, uns 400 m após a ponte e praticamente a essa mesmo distância da hidrelétrica. No grupo de casas de alvenaria onde moravam os empregados da usina há uma Capela onde fiz a primeira Comunhão em 1958. A foto coletiva dos que fizeram a primeira Comunhão foi na escadaria do Casarão que era num local todo com jardinagem caprichada e pertencia aos donos da Usina.
Bons tempos!!!! Muita saudade.

Link de matéria do Jornal de Tatui sobre a Usina.    

http://www.diariodetatui.com/2013/11/historia-em-1911-hidreletrica-era.html?m=1&fbclid=IwAR08QiZ3GF1rAlWcE9vGmqbm06HW4tJAIJMDBh6wYIYJrrVAvrWD_LYJGa4

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