Data: 24-03-2025 – parte da manhã. Local ALEP
Assembleia Legislativa do Paraná – Curitiba – PR
Nome do Evento: "Os
impactos dos investimentos socioambientais da Itaipu no Paraná”
Proposição:
Iniciativa dos Deputados Estaduais de Oposição na ALEP
O evento foi no auditório chamado de Plenarinho da ALEP
O destaque do evento foi o Economista e Professor Enio Verri, atual Diretor Geral
da parte brasileira da Hidrelétrica de Itaipu.
Entre os presentes na Mesa, o deputado estadual Arilson
Chiorato que também preside o PT no Paraná e é o líder da oposição na ALEP.
O evento está no contexto do Dia Nacional da Água.
Informo da minha parte que procuro ir em todo evento
possível no qual for debatido e explanado assunto que seja de interesse da
comunidade. Já estive na ALEP em algumas
audiências públicas e me lembro de uma sobre o Código Florestal, outra sobre os
Indígenas no Paraná e uma sobre o tema da água.
Como não poderia deixar se ser, a Usina de Itaipu tem entre
suas atividades, ações de cuidados com o meio ambiente e as populações que
interagem com as áreas de ação da mesma.
Uma entidade ligada à Itaipu tem projetos com visão
republicana, buscando atender todos os 399 municípios do Paraná, independente
da ala política que comanda cada município.
A deputada do PT Luciana Rafain destacou que a entidade
ligada a Itaipu doou um sofisticado aparelho de última geração para tratamento
do câncer. O Paraná tinha só seis
desses aparelhos, sendo três em Curitiba, um em Londrina, um em Maringá e um em
Cascavel. Agora esse doado vai para
Francisco Beltrão – PR que fica na região de Cascavel. Vai encurtar distância de quem procura o
tratamento na região.
Itaipu dispendeu 8,1 milhões de reais na compra do aparelho
e o hospital ao qual este se destina aplica a contrapartida de 1,8 milhões de
reais.
Presentes também os deputados Professor Lemos do PT, a jovem
deputada Ana Julia - PT. O deputado
Romanelli que pertence a outro partido mas dialoga bem com a oposição.
Nos anos 80 quando na formação do lago de Itaipu muitos
pequenos agricultores ficaram desalojados, nem todos os ajustes se deram de
forma definitiva. Tem como uma
pendência, as terras indígenas. Estes
ficaram amontoados perto do lago incluindo na região de Guaira-PR. Tem havido conflitos pela terra e nestes,
assassinatos de indígenas.
Itaipu destinou uma verba de 240 milhões de reais para
compra de terra para acomodar esses indígenas e buscar resolver o problema.
Outra ação da Itaipu – Em andamento o detalhamento do
projeto para o combate à que seria a maior erosão urbana do Paraná. Local chamado Água da Mina no município de
Loanda PR. Região de solo bastante
arenoso e bem propício à erosão.
(conheço a região toda)
Fala do prefeito de Campo Largo PR que fica na região
metropolitana de Curitiba. Ele preside
uma entidade que reúne os prefeitos desta região.
Em seguida, colocado um vídeo com nome Itaipu + Energia.
Segundo consta, a soma de toda a energia gerada pela Itaipu
desde o começo dos anos 80, daria para atender a demanda do planeta inteiro por
43 dias. Estamos na comemoração dos 50
anos de Itaipu. (nos anos 80 como
integrante da Engenharia como Engenheiro Agrônomo, visitamos a Usina por dentro
e descemos inclusive 180 m abaixo onde está o que era o solo do leito do rio).
Itaipu – pedra que canta na língua indígena.
A empresa atende com projetos todos os 399 municípios do
Paraná e 35 municípios do Mato Grosso do Sul que são “lindeiros”, adjacentes à
bacia do Rio Paraná na região próxima.
Projetos na área ambiental.
Uma das razões é proteger a flora e fauna e outra é buscar proteger a
água que é o insumo para geração de eletricidade no caso. E tem um detalhe crucial: Se não for cuidado do solo em toda a bacia
do Rio Paraná, a erosão levará solo que irá assorear a barragem, diminuindo sua
capacidade de acumular água. Diminui o
potencial da usina gerar energia no longo prazo.
Itaipu mapeou 9.000 nascentes no Paraná que são monitoradas
visando a proteção e isto está no convênio com os municípios. Para que estes recebam os aportes
financeiros, precisa que cuidem das nascentes que são georreferenciadas.
Itaipu está fazendo elevado aporte financeiro para ajudar na
realização da COP 30 que será em novembro em Belém do Pará.
Fala do Enio Verri – Diretor Geral da parte brasileira
da Itaipu
O Enio destacou que dias atrás esteve no evento em
Itaipulândia – PR na ocasião que inclusive
o Ministro Dias Tófoli esteve
presente e assinou o documento para a Itaipu poder repassar a verba de 240
milhões de reais para a compra das terras para os indígenas que foram
impactados pela obra de Itaipu. Entre
as autoridades presentes, estava a Ministra da Causa Indígena, Sonia Guajajara.
Atualmente a Missão da Itaipu, que agora já pagou todos os
custos da construção, é de produzir e oferecer energia barata ao Brasil aliando
a isso, buscar a sustentabilidade socioambiental.
Sobre tarifas, elas tem a decisão envolvendo as duas partes,
Brasil e Paraguai, sendo que cada um tem 50% do capital da empresa.
Quem recebe royalt de Itaipu não precisa se preocupar com
risco de perder essa verba porque esta já está definida no Tratado de Itaipu
pelos dois países.
Itaipu está sujeita inclusive a auditorias internacionais
como rotina.
(pelo que entendi a BDO seria uma das empresas de auditorias)
Itaipu reduziu em 26% o preço da tarifa abaixo da média das
demais do país inclusive ajudando no controle da inflação.
O Enio lembrou que a Itaipu lançou edital para acolher
projetos de prefeituras e todas (399) tem direito ao acesso e há várias e
várias que por razões partidárias dos prefeitos, nem projetos fizeram e saber
que as verbas são a fundo perdido.
Perdem por picuinha dos prefeitos, no caso.
O programa contempla uma ampla gama de projetos, inclusive
de abrigos para idosos. (tem tudo no
site da Itaipu)
Proteção das nascentes.
Como já foi dito, é o maior programa de proteção às nascentes que o
Brasil já teve.
O projeto bancado por Itaipu contempla inclusive obras para
produção de energia renovável de fontes alternativas. Há vários hospitais beneficentes que
tiveram a instalação de placas solares para reduzirem a despesa com energia
elétrica bancados pelo programa de Itaipu.
Nesta linha para hospitais beneficentes, há 12 milhões de
reais de Itaipu para acolher projetos para os mesmos.
Há no site do setor Socioambiental da Itaipu um vídeo sobre
o CELIPA que esclarece sobre o programa para energia alternativa em
hospitais.
Itaipu tem um enorme Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
para criar fontes alternativas de geração de energia.
Trabalham em parceria com entidades cujos projetos estejam
dentro do escopo da visão Socioambiental da Itaipu.
Governança participativa.
Eles tem pessoas de cinco regiões do Paraná que participam do colegiado
para as tomadas de decisões. Isto no
setor Socioambiental. A meta é sempre
ouvir a base.
Itaipu destina 1.000 bolsas para treinar professores e
cidadãos em geral sobre Sustentabilidade.
Casas populares. Em
sintonia com os compromissos do Brasil com o ODS Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável oriundo da ONU.
Três pontos da ODS estão no escopo de Itaipu.
Buscam treinar gente nos municípios para elaborarem projetos
em Sustentabilidade. (os clubes de
serviço podem ser parte dos interessados em indicar pessoas para o treinamento,
havendo perfil do candidato)
Fala do Presidente da AMP Associação dos Municípios do
Paraná.
Me parece que ele é prefeito de Assis Chateaubriand-PR (terra da deputada Ana Julia)
Entre tantas lideranças comunitárias presentes, estava o
Roberto Baggio que é o líder do MST no Paraná.
Sobre as casas populares.
Itaipu desenvolveu projeto inovador de baixo custo e solidez para casas
populares que podem ser construídas em curto espaço de tempo e custo
baixo. R$.2.786,00/ m2. Feitas em madeira tratada, certificada para
comprovar que são de florestas plantadas e tem telhas cerâmicas que são
resistentes e que dão conforto térmico.
As casas tem elementos que dão bom isolamento acústico. Em torno de 60 dias para se construir uma
casa na modalidade em pauta, já comprovado.
Nos grupos de casas já construídos, há quatro Centros de
Convivência para reuniões comunitárias.
Aberta a palavra para a plateia na qual a grande maioria é
de lideres comunitários e notei que a imensa maioria delas são mulheres. Varias eu conheço de outros eventos de
interesse social e ambiental.
Falou brevemente a Maria José, que atende por Lia, da
cooperativa de catadores de recicláveis CATAMARE. Ela
que é do pessoal que empurra carrinhos lotados de recicláveis pelas ruas da
cidade destacou que ela e os demais catadores tem notado que tem aumentado o
calor nos últimos tempos e que desconfiam que tem a ver com as mudanças
climáticas.
A Lia é catadora de recicláveis faz 43 anos.
Fala da Dolores pela entidade Fenix, que busca recuperar
pessoas em condição de fragilidade social e famílias desagregadas, pessoas que
sofreram violência sexual. Eles tem
polos de atendimento em Curitiba, Pinhais, Piraquara e Paranaguá. Projeto deles: “Caminhos de cura”.
Uma representante do Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba.
Ela disse que este hospital é o maior hospital infantil do
Brasil. Ela até destacou que pela
envergadura da ação deles, até que tem sido apoiados pela comunidade e poder
público, o que não acontece com muitas outras entidades que são mais carentes
de recursos.
A representante do Pequeno Príncipe deu
com palavras brandas um puxão de orelha no pessoal da mesa que só tinha duas
mulheres e os demais eram todos homens.
Ela disse que precisava ter mais mulheres em cargos de liderança no
poder público. (na mesa as deputadas
Rafain e a Ana Julia)
Falou a Cibeli do Projeto Casulo. Atendem em vários municípios da região.
Pela Caritas ligada à Igreja Católica, falou a Marcia
Pontes.
Uma líder das catadoras de recicláveis destacou que estas
fazem um trabalho relevante de interesse público, pois catar e reciclar ajuda
na preservação do meio ambiente e também na saúde pública. Lixo nas ruas é criadouro de mosquitos e
estes são vetores de doenças como dengue etc.
Sugere que as catadoras tenham reconhecimento e recebam por esse
serviço, já que só a venda do material traz uma renda aquém do esforço
dispendido.
Ainda tinha mais umas pessoas na fila das falas, mas pelo
adiantado da hora, pelo meio dia, eu deixei o plenário mas achei que foi um
evento de grande relevância.
Anotações do Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida,
aposentado, sindicalista e rotariano em Curitiba. Zap 41 999172552
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