Terminei de ler hoje, 02-05-13 o livro na edição de bolso, do francês Alexandre Dumas. Como de costume, faço uma resenha daquilo que achei que merecia destacar sob o meu ponto de vista sobre a obra. Vou anotando num caderno à parte durante a leitura e assim, ao encerrar a leitura, a resenha está pronta, sempre manuscrita, porque em caderno não dá "pau" como se diz e como ocorre de vez em quando em texto feito no computador.
(obra escrita em 1850)
Então, vamos ao que destaquei na edição da L&PM Pocket (Porto Alegre - Rio Grande do Sul)
Página 9 - sobre o protagonista Hoffmann, ainda criança. A tia dele predizia... "o gênio e a glória... fez surgir lágrimas nos olhos da mãe, pois ela sabia que o companheiro inseparável do gênio e da glória era a infelicidade".
11 - Cidade alemã de Mannheim .... "teatro famoso por rivalizar com os palcos líricos da França e da Itália.
26 - Mestre Gottlieb, no primeiro contato com o jovem Hoffmann que se apresentava como violinista, antes de ouvi-lo locar: "Outros além de você também acreditaram em sua vocação e perderam a vida arranhando as cordas, e você será mais um entre esses infelizes, em tão grande número, tão inúteis para a sociedade, tão insuportáveis para seus semelhantes".
27 - Pince uma corda, só uma e, se seu ouvido não lhe disser o nome de quem fez o violino, você não será digno de tocá-lo. A resposta do aluno: - É um Antônio Stradivarius.
(luthier que fez violinos entre 1698 e 1728 segundo A.Dumas)
10 - Voltando ao tempo de Hoffmann ainda menino, com seu tio como orientador. Seu tio.... não era um inimigo das artes e da imaginação; até tolerava a música, a poesia e a pintura. Mas... só admitia esses relaxamentos após o jantar... para facilitar a digestão.
O tio organizando a vida do garoto: ... tantas horas para o sono, tantas horas para o estudo de direito, tantos minutos para a música, tantos minutos para a pintura, tantos minutos para a poesia.
47 - O protagonista pedindo a mão da filha do grande Mestre (Maestro), mas não se achando com tantos meios para tê-la consigo.
" - Mas, mestre, o senhor sabe que não tenho fortuna."
- Bah! E os pássaros do tem fortuna? Cantam, acasalam-se, constroem um ninho e Deus os alimenta. Nós, artistas, parecemo-nos muito com os pássaros. Nós cantamos e Deus nos ajuda.
50 - O diálogo com N exigências do pessoal da Alfândega da França, logo após a Revolução, quando o jovem Hoffmann quer ir a Paris para seus estudos. (1793) - descrito em detalhes na referida página.
63 - O museu do Louvre estava fechado logo após a Revolução e a Biblioteca só abria duas vezes por semana. (literatura ou fatos?)
69 - O autor narra uma execução na guilhotina pelos revolucionários. Aqui o autor deixa um pouco de lado o conto que estava narrando e faz uma série de críticas aos revolucionários e suas práticas.
74 - Sobre o que o protagonista presenciou ao visitar o Salão da Ópera em Paris logo após a Revolução. "A sala estava cheia e resplandecente de flores, pedrarias, seda e ombros nus".
84 - Cita o livro "Justine" do Marquês de Sade. (texto citado como indecente no contexto do romance, o que não necessariamente quer dizer que é opinião do autor A.Dumas)
125 - Palais-Royal, com a Revolução mudou para Palais-National... "pois na França a primeira coisa que os revolucionários fazem é mudar os nomes das ruas e das praças."
126 - Cita as providências da Revolução para "imparcializar" as leis... "Como estão vendo, sempre houve na França gente convencida de que cabia a elas esclarecer as massas e de que o resto da humanidade não passava de uma horda absurda.
126-127 - Um apaixonado discurso político, crítico à Revolução Francesa. Não deixa de ser algo importante como opinião de um intelectual, independente da linha que apresenta o tema.
128 - A casa de jogos do número 113, onde tinha sido o Palais Egalité. Ícone dos novos tempos.
"Se o inferno fosse um número, seria o 113".
130 - Faz um perfil brilhante e detalhado do jogador de azar e seu perfil psicológico e sociológico.
131 - Sobre a sorte e o ganho no jogo:
"É uma amante que sempre se promete e jamais se dá. Mata mas não cansa".
136 - Sobre o que se ganha no jogo ou outra forma ilícita: "Vindo de uma fonte corrompida, destina-se a um objetivo impuro".
166 - Já na segunda parte em que enaltece em conto o amigo e escritor Charles Nodier, que seria quem lhe "narrou" o tema do conto acima. Diz um momento estar no mar, embarcado, perto da costa, enxergando ao lado Tunis e Cartago.
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