A FANFARRA DO BENTÃO - BENTO MOSSURUNGA - UMUARAMA - PR - ANOS 70/80
Orlando Lisboa Almeida
Como já disse em crônicas anteriores, cheguei em Umuarama em 1977, aos 27 de idade, morando numa república. Nesses tempos era bastante comum o desfile de fanfarras dos colégios em datas comemorativas, principalmente o Sete de Setembro e o dia do aniversário da cidade. Curiosamente, coincidência ou não, era época do regime militar e parece que eram incentivadas as fanfarras nesse tempo. O fato mesmo é que estas marcaram época, havia festivais/concursos de fanfarras e tudo o mais. No meu tempo de colegial toquei percussão (surdão) numa fanfarra na grande São Paulo.
Pois em Umuarama havia no fim da década de 70, início da década de oitenta, várias fanfarras de colégios e as que mais me lembro eram a do Colégio Estadual e a do Bento Mossurunga. Parece que os estudantes do Bentão eram vistos de certa forma como pessoal da periferia e isso era um desafio a mais para eles ensaiarem muito bem a fanfarra e entrarem na avenida com tudo. Era de tremer o chão!
Lembrando que Bento Mossurunga foi um renomado músico de sua época (Maestro Bento Mussurunga). Compos muitas músicas, inclusive a do Hino do Paraná, cuja letra é de outro autor. E em relação à Fanfarra do Colégio Bento Mossurunga, vale destacar que a Professora Odete Mossurunga participava firme e forte na coordenação da fanfarra nos desfiles na Avenida Paraná em Umuarama. Raça total.
Pena que não tenho fotos disso tudo, mas espero que alguém tenha e poste a foto aqui no nosso Umuarama Memória. Quem tocou numa fanfarra guarda grata recordação desse tempo e mesmo a infinidade de gente que ficou nas calçadas vendo as fanfarras passarem, não deixam por menos. Guardam esses momentos com ternura na memória e no coração.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
EM UMUARAMA - PR VENDO JOGO DO TIGRÃO - ANOS 80
Quem me conhece sabe que não tenho grande paixão pelo futebol. É mais para o gasto, como torcedor. Nos tempos passados, eu ia ver jogo do futebol amador lá em Mauá-SP principalmente nos dias de Festival de Futebol Amador onde os jogos eram de pouca duração e quem perdia ia caindo fora e os que ganhavam jogavam no mesmo dia várias partidas. Até à tardinha ter o dono do caneco. Mas me lembrei aqui, vendo uma postagem do amigoumuaramense Marcos Aquino (ele era fã do Tigrão, o time de Umuarama PR), de duas expressões do arco da velha que eu vi/ouvi sentado na torcida do Tigrão (Umuarama FC) lá nos idos dos anos 80. O jogo já tinha começado e entram umas meninas todas faceiras e começam a transitar entre as arquibancadas e o campo e nada de procurarem um lugar para se acomodar. A torcida não deixou por menos. Era grito de todo jeito. Um gaiato grita: "Aí, suas balangadeiras de moita". O outro emenda: "Senta Miss Piapara". O peixe piapara é comum no Rio Paraná lá na região e há a Festa da Piapara. Mas Miss Piapara.... é gozação.
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Umuarama-PR; crônica; Tigrão; anos 80
A ARTE DO MARTINHO - TROTE NA EXCURSÃO A FOZ - ANOS 80
A ARTE DO MARTINHO - TROTE NA EXCURSÃO A FOZ - ANOS 80
O cronista tem algum poder, mesmo que seja um tiquinho assim, ó! Esta eu vou ter que fundamentar no argumento de um antigo jurado do Silvio Santos (Nelson Rubens, acho que é o nome do jurado) que dizia: Eu aumento, mas não invento. Pois eu uma vez ouvi esta que teria, segundo as versões, sido protagonizada pelo nosso amigo Martinho Petrangelo, de Umuarama-PR.
Comerciários de Umuarama tinham uma convenção de Contabilidade ou de Comerciários em Foz do Iguaçu-PR. A turma da Capital da Amizade freta um ônibus e parte à noite rumo a Foz, para chegar lá cedinho no outro dia. O Martinho, confiando nas velhas amizades com os demais colegas da excursão resolve aprontar uma irreverência com a turma. Faz que chega meio atrasadão, entra no busão com uma enorme tupperware cheia de bolinhos cheirosos, ainda quentinhos. Na dele, senta num dos primeiros bancos e dá uma de quem logo em seguida pega no sono profundo. A viagem segue e o pessoal não demorou a fazer o que achava que era uma baita sacanagem com o dorminhoco. Alguém pega a tupperware, abre e sai aquele cheirinho mágico de fritura que foi preparada a pouco tempo. Não deu outra: Foi distribuindo os bolinhos do primeiro ao último banco para galera. Logo em seguida, o Martinho acorda e vê a turminha, mastiga que mastiga e o bolinho "não se resolvia". Ele cai na risada, pois os bolinhos eram recheados com cubinhos de bucha verde preparada para o trote. Era um mastigar, mastigar e nada. Quando ele falou da bucha foi uma gargalhada geral, pois estava dado o trote. (Orlando Lisboa de Almeida)
Comerciários de Umuarama tinham uma convenção de Contabilidade ou de Comerciários em Foz do Iguaçu-PR. A turma da Capital da Amizade freta um ônibus e parte à noite rumo a Foz, para chegar lá cedinho no outro dia. O Martinho, confiando nas velhas amizades com os demais colegas da excursão resolve aprontar uma irreverência com a turma. Faz que chega meio atrasadão, entra no busão com uma enorme tupperware cheia de bolinhos cheirosos, ainda quentinhos. Na dele, senta num dos primeiros bancos e dá uma de quem logo em seguida pega no sono profundo. A viagem segue e o pessoal não demorou a fazer o que achava que era uma baita sacanagem com o dorminhoco. Alguém pega a tupperware, abre e sai aquele cheirinho mágico de fritura que foi preparada a pouco tempo. Não deu outra: Foi distribuindo os bolinhos do primeiro ao último banco para galera. Logo em seguida, o Martinho acorda e vê a turminha, mastiga que mastiga e o bolinho "não se resolvia". Ele cai na risada, pois os bolinhos eram recheados com cubinhos de bucha verde preparada para o trote. Era um mastigar, mastigar e nada. Quando ele falou da bucha foi uma gargalhada geral, pois estava dado o trote. (Orlando Lisboa de Almeida)
Esta mesma matéria eu coloquei na página do Facebook chamada Umuarama Memoria
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Umuarama-PR; o trote; anos 80
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
UMUARAMA PR - FINAL DOS ANOS 70 - BALADAS, SERENATA E FUTSAL
UMUARAMA - FINAL DOS ANOS 70 - BALADAS, SERENATA E FUTSAL
A juventude na época se espalhava por alguns pontos da cidade como o Tio Patinhas, o Chapelão (que já era na Av.Castelo Branco) e outras lanchonetes pela região central. Ao que parece, não aglomerava tanta gente nos arredores da Faculdade e suponho que se deva ao fato de que naquela época o público que lá estudava era bem pequeno em comparação ao que é na atualidade. Eram outros tempos. Perto da faculdade o lugar movimentado era o Dogão do Marcão e em certo tempo, a Camillo´s Pizza.
O ponto preferido pelo pessoal da minha república para tomar cerveja, rever os amigos e paquerar era o Restaurante Chapelão. Eramos assíduos no pedaço e já tinhamos quase que "mesa cativa" por lá.
O som eletrônico e a dança ficava por conta da Boate Hipopotamus que ficava no prédio de esquina com a Rua Ney Braga, atrás da HM Hermes Macedo.
O futsal era um lazer concorrido na época e os times comumente eram compostos de bancários. Antes do uso dos computadores, havia muito mais gente atuando em bancos como funcionários e assim era comum haver inclusive time A, time B em bancos como Bradesco, Banestado, Itau, Banco do Brasil, Bamerindus. Tempo de craques como Alicate, Bolinha (no gol), Hilario e outros mais. A torcida comparecia em massa.
Quando cheguei em Umuarama em 1977, ainda havia as serenatas e rodas de samba principalmente nos fins de semana, que agitavam a moçada. O violeiro mais frequente era o Romulo, irmão do Vantu. No batuque, o Edmundo do Bradesco e sua turminha. A turma marcava de se reunir num local e ir tocar, beber e cantar na casa de alguém da turma. E lá ia a moçada se divertir até de madrugada. Samba, moda de viola, rock e o que pintasse. Era festa, diversão, paquera, tudo junto e misturado. Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
A juventude na época se espalhava por alguns pontos da cidade como o Tio Patinhas, o Chapelão (que já era na Av.Castelo Branco) e outras lanchonetes pela região central. Ao que parece, não aglomerava tanta gente nos arredores da Faculdade e suponho que se deva ao fato de que naquela época o público que lá estudava era bem pequeno em comparação ao que é na atualidade. Eram outros tempos. Perto da faculdade o lugar movimentado era o Dogão do Marcão e em certo tempo, a Camillo´s Pizza.
O ponto preferido pelo pessoal da minha república para tomar cerveja, rever os amigos e paquerar era o Restaurante Chapelão. Eramos assíduos no pedaço e já tinhamos quase que "mesa cativa" por lá.
O som eletrônico e a dança ficava por conta da Boate Hipopotamus que ficava no prédio de esquina com a Rua Ney Braga, atrás da HM Hermes Macedo.
O futsal era um lazer concorrido na época e os times comumente eram compostos de bancários. Antes do uso dos computadores, havia muito mais gente atuando em bancos como funcionários e assim era comum haver inclusive time A, time B em bancos como Bradesco, Banestado, Itau, Banco do Brasil, Bamerindus. Tempo de craques como Alicate, Bolinha (no gol), Hilario e outros mais. A torcida comparecia em massa.
Quando cheguei em Umuarama em 1977, ainda havia as serenatas e rodas de samba principalmente nos fins de semana, que agitavam a moçada. O violeiro mais frequente era o Romulo, irmão do Vantu. No batuque, o Edmundo do Bradesco e sua turminha. A turma marcava de se reunir num local e ir tocar, beber e cantar na casa de alguém da turma. E lá ia a moçada se divertir até de madrugada. Samba, moda de viola, rock e o que pintasse. Era festa, diversão, paquera, tudo junto e misturado. Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
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Umuarama-PR; serenatas; baladas; anos 70; futsal
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
GRUPO DE POETAS DO SESC - UMUARAMA - PR. ANOS 80
O GRUPO DE POETAS DO SESC DE UMUARAMA - ANOS 80
O SESC nos anos 80 já estava naquele prédio perto do Country Club nessa época. Dentre suas atividades, consta o apoio às atividades culturais dos comerciarios. No meu tempo havia o chamado Grupo de Poetas do SESC porque o mesmo se reunia umas duas vezes por mês no local. O Grupo era informal, sem atas e o que importava era se encontrar, conversar sobre o que cada um andava escrevendo, lendo alguma coisa escrita pelos integrantes do grupo e comentar algo sobre literatura e tudo o mais. A cada dois meses era editado pelo Grupo o jornalzinho cultural chamado Sobrevivência, que tinha até alguns patrocinadores/simpatizantes. Dentre os integrantes do grupo que me ocorre na memória estavam Wanderlei Belini, Brigida B.Lopes, Cida Silva, Ana Marcia Nogueira, Sueli Takada (coordenadora em conjunto com Julio Kobayashi), Adriana Kikuti e tinha um amigo de Pérola que também participava do grupo. Quando o Grupo fez cinco anos, sempre editando o Jornalzinho, o SESC resolveu bancar um livro (coletânea de autores) de 96 páginas com trabalhos em prosa e verso (maior parte em versos, já que a maioria era de poetas). Acabamos por escolher para o nome do livro - Sobrevivência, acompanhando o nome do jornalzinho. Fizemos num dia de grande frio de julho a noite de autógrafos no SESC e o evento foi bem concorrido. Qualquer hora acho aqui uma foto do evento para ilustrar o texto. Como o Grupo era bem conhecido na comunidade, uma vez ia ser lançado em Umuarama o edifício Fernando Pessoa e fomos convidados para participar como jurados de, se me lembro, três categorias de poesias. Pessoas declamando poemas de Fernando Pessoa, outros declamando poesias da própria autoria e outros caracterizados como Fernando Pessoa. Foi marcante para nós e para a comunidade. Bons tempos.
O SESC nos anos 80 já estava naquele prédio perto do Country Club nessa época. Dentre suas atividades, consta o apoio às atividades culturais dos comerciarios. No meu tempo havia o chamado Grupo de Poetas do SESC porque o mesmo se reunia umas duas vezes por mês no local. O Grupo era informal, sem atas e o que importava era se encontrar, conversar sobre o que cada um andava escrevendo, lendo alguma coisa escrita pelos integrantes do grupo e comentar algo sobre literatura e tudo o mais. A cada dois meses era editado pelo Grupo o jornalzinho cultural chamado Sobrevivência, que tinha até alguns patrocinadores/simpatizantes. Dentre os integrantes do grupo que me ocorre na memória estavam Wanderlei Belini, Brigida B.Lopes, Cida Silva, Ana Marcia Nogueira, Sueli Takada (coordenadora em conjunto com Julio Kobayashi), Adriana Kikuti e tinha um amigo de Pérola que também participava do grupo. Quando o Grupo fez cinco anos, sempre editando o Jornalzinho, o SESC resolveu bancar um livro (coletânea de autores) de 96 páginas com trabalhos em prosa e verso (maior parte em versos, já que a maioria era de poetas). Acabamos por escolher para o nome do livro - Sobrevivência, acompanhando o nome do jornalzinho. Fizemos num dia de grande frio de julho a noite de autógrafos no SESC e o evento foi bem concorrido. Qualquer hora acho aqui uma foto do evento para ilustrar o texto. Como o Grupo era bem conhecido na comunidade, uma vez ia ser lançado em Umuarama o edifício Fernando Pessoa e fomos convidados para participar como jurados de, se me lembro, três categorias de poesias. Pessoas declamando poemas de Fernando Pessoa, outros declamando poesias da própria autoria e outros caracterizados como Fernando Pessoa. Foi marcante para nós e para a comunidade. Bons tempos.
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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
SAMBA ENREDO - CARNAVAL DE HERVAL - ESBOÇO DA LETRA
CARNAVAL 2015 - JOAÇABA-SC & HERVAL D´OESTE-SC - TEMA - CHOCOLATE
Nossa torcida aqui é para a UNIDOS DO HERVAL, sempre, sempre!
Nossa torcida aqui é para a UNIDOS DO HERVAL, sempre, sempre!
A VIA LÁCTEA TEM SABOR
(esboço de um samba enredo para a Escola de Samba Unidos do
Herval para o carnaval de 2015 -
Autor: Orlando Lisboa de Almeida
- orlando_lisboa@terra.com.br )
O povo lá das terras mexicanas
Bem antes do
colonizador
Vivia uma vida bem bacana
Com muita alegria e amor
Conhecia o cacau abençoado
Bebida do palácio real
O paladar era muito apreciado
Até mesmo no ato ritual.
Um dia chegaram os espanhóis
Com seu povo aventureiro
Espalhou o chocolate do cacau
Ao mundo inteiro
Nestas nossas terras do Brasil
Com a benção do Criador
O cacau dá frutos aos mil
E chocolate do melhor sabor
Luz e cor
Na Avenida
É o chocolate
Adoçando nossa vida
O chocolate ao leite pras crianças
É o sabor predileto
Chocolate em barra e sorvete
Adoça a vida por completo.
Me dá licença
Eu quero Bis
Uma barrinha
Me faz feliz
(pensei em colocar os dois refrões juntos, quem sabe...)
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