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sábado, 27 de fevereiro de 2010

FATOS DO COTIDIANO I - AS ABELHAS

Numa cidade conhecida por Cidade Canção, no Paraná, ocorre um episódio mais ou menos assim: (repetindo a máxima do Nelson Rubens - magnânimo jurado do Silvio Santos - "eu aumento, mas não invento... ")
Hoje à noite, vou bater uma bolinha com os amigos. Arejar um pouco a moringa.
- Tá bom. Vai, mas leva o guri junto. Nada de sair sozinho por aí.
- Tá bom. Tô indo e o guri vai comigo. Assim ele vai pegando o jeito pro futebol e quem sabe um dia vira um craque feito o pai. Filho de peixe, é peixinho. E lá se vão os dois para a chácara onde o gramado e a turma está se concentrando para a pelada.
O pai vai jogar e você fica aí, direitinho. Sempre na sombra dessas árvores aí do lado do campo, perto daquele pessoalzinho ali, tá vendo? Cuidado para não levar nenhuma bolada perdida. Fica de olho. Tá bão, pai, deixa comigo.
O jogo corre e nosso atleta domingueiro, com os joelhos meia boca, fazendo o que pode e consegue ajudar o time. Depois do jogo, um banho e umas cervejinhas com os amigos. Cerveja é tudo de bom. Gelada, bem gelada, claro!
O guri novo, como toda criança, gosta de ficar conversando com os pais e durante o jogo, de vez em quando, uns gritos para o pai. O jogo está corrido e o pai responde lá não sei o que e pede pro guri ficar quieto que o primeiro tempo logo vai terminar. E nesse dia, o guri grita mais do que o normal. Grita e gesticula. O pai mal tem tempo de bater o olho no filhote e acena com a mão. Calma, o jogo já tá pra acabar! O pai já vai aí. Os gritos do guri continuam...
De repende, não mais que de repente, nosso atleta percebe que todos os atletas esqueceram a bola e saem desesperados, correndo para o meio das árvores. Um enxame de abelhas, daquelas africanizadas, partiu para cima dos atletas. E estes sairam em disparada, batendo os braços pela cabeça, pela orelha, pânico geral. Foi aí que nosso atleta percebeu que seu guri estava é incomodado com as abelhas já dando voltas para atacar.
Foi o tempo de abrir o carro, trazer o filhote para dentro, fechar bem os vidros e partir. E dar um suspiro, afinal, entre mortos e feridos, nenhum dos dois tinha levado nenhuma ferroada. No meio do caminho, uma abelha mais afoita que tinha entrado no carro "no vácuo" dos dois, acha uma orelha do guri e pimba!! Berreiro, orelha inchada e coisa e tal. Nesse dia o futebol terminou assim. Sem nenhuma graça.

2 comentários:

  1. bá, depois d td isto, d toda esta correria, a pessoa ainda foi picada dentro do carro? qdo jah achava q tinha passado o risco? eita abelha malandra
    hehehehe
    bjs

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  2. Orlando, essa é muito boa, e para mim conhecida e vivida, e olha que já faz uns 8 anos. Isso que é lembrança e saudade do guri quando era menor. Valeu, gostei demais!!!

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