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domingo, 18 de abril de 2010

EXERCER A CIDADANIA É PEDREIRA... MAS VALE A PENA!


Eu sempre me interessei pelo bem comum por uma série de razões e uma delas é até de ordem religiosa. Se somos filhos de Deus, temos que nos preocupar com o próximo. E num País tão rico como o nosso onde infelizmente há uma desigualdade social quase sem igual no mundo... Há muito a ser feito. Um exemplo típico, para ficar só num exemplo, tiro pelo dia-a-dia da nossa TV. Em nossa cidade há um Plano de Saúde que anuncia que seus clientes, em caso de necessidade, contam com um avião exclusivo para atendimento de determinadas emergências. Logo aqui que é um centro médico (Maringá-PR) de alto nível.
Quem vê isso na TV sabe que, por outro lado, tem o povo da periferia, de pouco poder aquisitivo, que tem que se arder nas filas do SUS, com atendimento em macas, nos corredores dos hospitais abarrotados. Com isso, como fica o direito à vida, que é uma essência do Direito e até do bom senso? Ora, o direito à vida, expresso na nossa Constituição - nossa Carta Magna - fica meio letra morta diante da injustiça social que faz com que uns tenham atendimento vip e até avião para urgência e outros fiquem esperando meses para uma consulta especializada. A dor e o sofrimento tem que esperar. Será???!!!!
Por estas e muitas outras, que tenho militado desde sempre em Ongs de forma a tentar fazer a minha parte, por menor que seja. Como aquela alegoria do incêndio na floresta em que o beija- flor foi surpreendido voando até o lago, molhando as minúsculas asas e vindo abaná-las para a água cair sobre o fogo do incêndio. Alguém teria perguntado a ele se aquela tão pouca água apagaria o incêndio e ouviu como resposta: Não sei se apagaria, mas estou fazendo a minha parte...
Quando a pessoa resolve se articular em algum tipo de Ong (lembrar que mesmo aquelas ligadas a igrejas, como os Vicentinos, também são Ongs), por mais que se busque atuar pelo bem comum, pode haver conflito com interesses de grupos econômicos, grupos políticos e "otras cositas más". Com tantos anos na batalha, tantas horas dedicadas ao bem comum, reuniões, trabalhos em grupos e por aí vai, que criei até uma máxima sobre tudo isso: Poucos lutam por ideais (inclusive de ajudar o próximo) e muitos lutam por interesses. E não custa lembrar que a luta por ideais em geral é uma luta sem recursos (dinheiro, meios materiais), mas a luta por interesses em geral tem o rolo compressor do dinheiro farto e do poder.
Para fechar o tema de hoje, vamos usar aqui uma frase emprestada de Fernando Pessoa que se referia às Grandes Navegações de Portugal: "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena". orlando_lisboa@terra.com.br

Um comentário:

  1. infelizmente a desigualdade e egoísmo imperam hj. cada um só ker saber d si, como se vivessemos sozinhos

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