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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O QUE ME MOVE AO VOTAR

       

     Acho até que o voto poderia ser facultativo e votariam todos aqueles que acham que isso é importante e deixariam de votar aqueles que achavam que isso não é importante.   Mas a regra do jogo atual no Brasil é a obrigatoriedade do voto.    Mesmo que não fosse obrigatório, eu que gosto de acompanhar o que ocorre no meu mundinho e neste mundão afora, não me conceberia sem o gesto do voto, porque para mim faz parte de um contexto maior.
     Fazendo uma pequena abstração, a gente logo chega à conclusão de que não tem como eu fazer uma estrada só para mim, uma escola só para mim, um hospital, uma praça, uma linha de trem e por aí afora.   Pois bem.   Temos que viver socialmente e compartilhar muita coisa.     E essa muita coisa tem que ser feita de forma coletiva e administrada de forma coletiva.     Se não tem como todo mundo dar pitaco ao mesmo tempo, então o jeito é organizar o baile, criar normas e delegar (aqui mora o perigo!!) a alguns a responsabilidade de agir em nosso nome, fazendo a gestão do bem comum.
     Quando eu era criança meu pai já nos ensinava, a mim e meus seis irmãos, que sempre tínhamos que cuidar bem do que era nosso e melhor ainda o que não nos pertencia.     Pois bem.   Está aí uma regrinha que trago do século passado e que acho bastante razoável, apesar de singela.     Quem cuida do bem comum deveria cuidar de tudo com o zelo maior do que se estivesse cuidando dos próprios bens.
     Como, ao votar, tenho que escolher quem vai nos representar, procuro sempre escolher melhor possível, dentro dos meus critérios.     Sei que os critérios não são uma unanimidade, mas se buscamos o bem comum, há um rumo.        E sempre achei que as pessoas que mais precisam do governo, de uma forma mais direta, são as pessoas de menos posses.   Estas que precisam do posto de saúde, do SUS, do transporte coletivo para ir ao trabalho, da escola pública para os filhos.     E eu sempre acompanho a política e procuro escolher com o olhar de cristão e cidadão, tentando escolher aquelas pessoas que tem mais potencial de acudir essa camada da população que mais precisa do Estado, do governo.       Com meu emprego razoável, meu  bom plano de saúde, um certo conforto de classe média, seria egoísmo da minha parte escolher aquele ou aqueles que iriam trazer benefícios para mim.      
     Espero e torço muito para que as pessoas, ao votarem, se tiverem uma condição de vida mais tranquila, olhem um pouco mais de forma fraterna para aqueles que mais precisam de apoio do Estado.    Isto faz parte da cidadania.           (foto da urna retirada do site www.tse.jus.br)

Um comentário:

  1. Olá, O.L.A...
    VC me engasga, começa com uma análise e termina de modo que deixemos a geral, para embarcar na intermediária...afinal, o fato mais concreto, a meu ver,seria a "não obrigação de votar, o que nos levaria a votar de fato n'aqueles que gostaríamos realmente que nos representasse" Ocorre que no "nosso" brasil, a historia é diferente. Nossos pais foram nossos pais, a juventude é que não faz sua parte, modificando o "esquema". Um abraço, lembrando sempre que isto é um comentário, não uma crítica. jramosdid@gmail.com - l610010-15:50 Hs.

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