Um belo dia eu já devo ter tocado no assunto de como era um computador no meu tempo de universidade (USP) em Piracicaba dos anos setenta. Lá, entidade de vanguarda, já tinha um reator nuclear em funcionamento e um computador para pesquisa. Era tão grande que precisava de uma sala só para ele e a temperatura tinha que ser 19 graus (no ar condicionado) para climatizar o ambiente para a tal máquina. Nesse tempo muitos resultados do computador saiam em "cartões". Cartões com perfurações. Agora vamos ao tempo um da nossa historinha: Ditadura militar, governos nomeados entre os generais, os tais reunidos para escolher mais um. Diz a lenda que botaram vários requisitos do "candidato" e teriam colocado num computador desses de cartão e a máquina rodou, rodou e no resultado: nenhum general com tantos requisitos para ser o presidente do Brasil.
Os generais vão retirando requisitos e consultam a máquina e outras negativas. Até que ficam de saco cheio e botam lá: Diacho, ao menos que o cara seja honesto... A máquina rodou, rodou, rodou e soltou o cartão com esta: O que mais se assemelha ao que foi requisitado é o Ernesto. E assim teriam, segundo a lenda, escolhido um tal de Ernesto Geisel.
Cena dois: no Brasil atual, eis que vários ministros andaram pisando na bola ou - como se diz em Piracicaba - norderam a chumbada e misturaram a grana pública com a grana privada. E deu caca. Tiveram que puxar a cordinha e defenestrar (botar pela janela) os ministros safados. Ontem sai num importante Portal de notícias que o PMDB indicou mais de 50 nomes para que a nossa presidente (ou presidenta, como queiram!) escolha um nome para a pasta do Turismo, já que o velho malaco que cuidava da pasta também mordeu a chumbada. Diz que estão para escolher um da lista "que tenha a ficha limpa", ou seja, mesmo que não tenha outros requisitos para o cargo de ministro. Basta que seja "honesto". Então a coisa empata com aquela antigona quando escolheram o raio do Ernesto...
Muito bom, Orlando!
ResponderExcluirTive a oportunidade de conhecer tais cartões perfurados, na Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul. Você tem muito talento, o triste que esse é o retrato de nossa política ao longo dos tempos.
Um abraço
Paulo Lisbôa
mto bom pai!!
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