Foto de Orlando L.de Almeida (com celular)
Eu sempre gostei da cultura nordestina e já li alguns livrinhos de trovas em Cordel. E um dia ganhei um livro de uma amiga, livro chamado Violeiros e Cantadores, do folclorista Câmara Cascudo, no qual ele documenta muitas trovas e trovadores do cordel nordestino. A expressão cordel vem do fato de que os autores das trovas vendiam os livrinhos principalmente em feiras e esticavam um cordel para pendurar os mesmos.
Entre os mais renomados personagens das trovas nordestinas do tempo do auge dos repentistas, destaque para Cego Aderaldo e Inácio da Catingueira.
Pois bem. Visitando Fortaleza-CE, além de curtir as belas praias, andei em busca do cordel e comprei três livrinhos, um deles contando a história do herói cearense Dragão do Mar. O Centro de Cultura Dragão do Mar, que visitamos, tem muito da cultura do povo local e é um belo e amplo conjunto arquitetônico. Com direito até a um bem montado Planetário, no qual assistimos uma bela seção exibida com aparelho Zeiss (alemão) de última geração. Uma verdadeira viagem virtual pelo universo.
Voltando ao cordel. As revistinhas de cordel sempre foram ilustradas na capa com desenhos geralmente em tinta preta, usando a técnica da Xilogravura, na qual se faz uma matriz em madeira, entalhada em baixo relevo, ficando a parte plana responsável por dar as formas nas figuras que se quer no impresso.
Visitando um prédio histórico que já foi uma cadeia, onde hoje é uma verdadeira feira de artesanato local, numa loja de camisetas, vi a plaquinha acima que é uma matriz para xilogravura. Registrei na câmera do celular para guardar de recordação. Tudo isso faz parte da arte daquele povo que tem uma forte identidade rica em peculiaridades. Muito dez!
orlando_lisboa@terra.com.br
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