Autor: Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida (deste blog) orlando_lisboa@terra.com.br
Vou dar uma modesta opinião a respeito de médicos de fora, inclusive de Cuba, serem incentivados para atuarem em lugares mais afastados dos grandes centros no Brasil. Tenho acompanhado um pouco o tema e lido alguns livros que dão um embasamento melhor. Questão de fontes. Pois bem. Sabemos que as prefeituras das pequenas cidades, inclusive do interior do Paraná, abrem concursos e não conseguem preencher as vagas de médicos que não aceitam o salário ofertado e alegam que não tem aparatos para exames, etc. E nossos médicos estão cuidando mais da Doença do que da Saúde do nosso povo. Cuidar da saúde envolve medidas preventivas, orientação, esclarecer a pessoa inclusive para evitar a doença. Mas não vou me alongar neste pormenor.
Lendo o livro A Ilha (Cuba) do nosso renomado jornalista e escritor Fernando Morais, percebi como aquele país evoluiu na área médica, inclusive com Medicina Preventiva. Eles são craques inclusive em vacinas. O Brasil compra vacinas deles há anos por questão de preço e qualidade.
Lendo o livro Chavez, Nuestro (em espanhol - não sei se tem edição em português), de autoria de dois jornalistas cubanos, também há abordagem sobre a medicina de Cuba e o apoio que os médicos cubanos tem dado a países com graves problemas sociais e na área médica. Apoio humanitário inclusive.
Há muitos médicos cubanos que aceitariam trabalhar no interior do Brasil, em lugares recusados pelos nossos médicos conterrâneos.
Vi uma campanha querendo desqualificar os médicos cubanos sem consultar alguma Fonte adequada. É como dizer que não leu um livro e não gostou. Assim fica difícil trocar idéias.
E para completar, alguns dizem que os médicos cubanos "poderiam" ser aceitos para um prazo de três anos, desde que passassem pelo Revalida que é uma prova para ver se estão aptos. Curiosamente o CRemesp - Conselho de Medicina de São Paulo fiz um provão para os médicos recem formados no Brasil (em São Paulo) e os voluntários que se sujeitaram ao provão, teve 54% de REPROVAÇÃO. Esses dados estão todos acessíveis e é só fazer uma busca básica no Santo Google e eu mesmo já citei por aqui, amarrando com a Fonte. Pois é!
sábado, 22 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
TARIFA DE ÔNIBUS E PACTO SOCIAL PONTUAL
TARIFA DE ÔNIBUS E PACTO SOCIAL PONTUAL - Era muito comum no passado nós vermos aquele desenhinho dos burrinhos amarrados, cada um em uma ponta de uma corda e dois montinhos de feno numa distância entre si, maior que a corda dos burrinhos. No começo, cada um tenta chegar até o feno mas a corda é curta. Insistem e depois se juntam, "trocam idéias" e resolvem. Vão ambos para um mesmo montinho de feno, comem juntos e depois, sempre juntos, comem o outro feno. Seria o bom senso.
Pois bem. Não chegamos inventar a roda, muito pelo contrário, mas aqui no Paraná o pessoal adotou uma solução meio "Salomônica" para uma velha queda de braço entre os produtores de leite (em geral Agricultores Familiares) e a indústria do leite. Os produtores, em grande maioria, mas eram o elo fraco na queda de braço e sempre achava que a indústria ficava com a maior parte do lucro. Depois de muito confabular, com apoio dos Técnicos, chegaram a uma solução interessante. Conseguiram criar o Conseleite, um Conselho para gerir um pacto entre as partes. A UFPr Univ.Federal do Paraná, através da sua área de Agropecuária, foi chamada para criar uma Planilha de Custo que seria aceita pelos integrantes do Conseleite (pelo pacto). A planilha (as planilhas no caso) resultaram de estudos acadêmicos que levantaram o mercado do leite, os tipos de produtos feitos com o leite, a participação de cada produto no mercado, o custo dos produtos, o custo da matéria prima (o leite, etc) e assim se chegou a números que revelam Quem está lucrando e Quanto cada um está lucrando, tanto produzindo leite, como industrializando leite. Assim sendo, as partes então negociam o preço do produto leite entregue pelo produtor, já tendo como referencial a fatia de cada um nesse mercado.
O tal pacto do Conseleite eu chamo de pontual porque é um pacto focado no produto leite no âmbito do Paraná. Outros estados vieram conhecer o Conseleite e alguns países vizinhos, idem. Nos parece uma forma bastante razoável de encarar o mercado.
Quanto às tarifas de ônibus, quem sabe caberia as partes convocarem a Universidade para fazer um estudo técnico sério sobre a famosa Planilha de Custo em torno da qual se chega ao preço da passagem de ônibus. Sabendo quanto custa e quanto é cobrado, ficaria muito mais racional a discussão em torno das tais tarifas. Depois, é saber quem paga cada parte, se o Estado (via subsidio) ou se o custo e o lucro serão pagos pelos usuários. Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida.
Pois bem. Não chegamos inventar a roda, muito pelo contrário, mas aqui no Paraná o pessoal adotou uma solução meio "Salomônica" para uma velha queda de braço entre os produtores de leite (em geral Agricultores Familiares) e a indústria do leite. Os produtores, em grande maioria, mas eram o elo fraco na queda de braço e sempre achava que a indústria ficava com a maior parte do lucro. Depois de muito confabular, com apoio dos Técnicos, chegaram a uma solução interessante. Conseguiram criar o Conseleite, um Conselho para gerir um pacto entre as partes. A UFPr Univ.Federal do Paraná, através da sua área de Agropecuária, foi chamada para criar uma Planilha de Custo que seria aceita pelos integrantes do Conseleite (pelo pacto). A planilha (as planilhas no caso) resultaram de estudos acadêmicos que levantaram o mercado do leite, os tipos de produtos feitos com o leite, a participação de cada produto no mercado, o custo dos produtos, o custo da matéria prima (o leite, etc) e assim se chegou a números que revelam Quem está lucrando e Quanto cada um está lucrando, tanto produzindo leite, como industrializando leite. Assim sendo, as partes então negociam o preço do produto leite entregue pelo produtor, já tendo como referencial a fatia de cada um nesse mercado.
O tal pacto do Conseleite eu chamo de pontual porque é um pacto focado no produto leite no âmbito do Paraná. Outros estados vieram conhecer o Conseleite e alguns países vizinhos, idem. Nos parece uma forma bastante razoável de encarar o mercado.
Quanto às tarifas de ônibus, quem sabe caberia as partes convocarem a Universidade para fazer um estudo técnico sério sobre a famosa Planilha de Custo em torno da qual se chega ao preço da passagem de ônibus. Sabendo quanto custa e quanto é cobrado, ficaria muito mais racional a discussão em torno das tais tarifas. Depois, é saber quem paga cada parte, se o Estado (via subsidio) ou se o custo e o lucro serão pagos pelos usuários. Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
RESENHA DO LIVRO: SABERES GLOBAIS, SABERES LOCAIS 12062013
Autor da Resenha:
Eng.Agr.Orlando Lisboa de Almeida
Autores do
livro: Edgar Morin – participação do
índio Marcos Terena
Editora: Garamond
- Rio de Janeiro – Ano 2000 - 75
páginas
CDS/UNb Centro de Desenvolvimento Sustentável da
UNb.
Data da
leitura: 31-01-13 a 01-02-13
O livro na verdade reproduz uma
Conferência realizada pela Universidade de Brasilia dentro do tema “Idéias
Sustentáveis”.
O Conferencista convidado, Edgar Morin é
francês, octagenário, licenciado em História, Geografia e Direito. Muito empenhado na teoria e na prática dos
temas que envolvem o ser humano.
O outro conferencista convidado foi o
índio Marcos Terena, que é piloto de aeronaves, escritor, professor e
conferencista. A fala de ambos está
expressa neste livro, assim como as perguntas e respostas na parte final das
conferências.
Um dos conselhos do índio Terena: “Vocês não podem abandonar o espírito de
vocês; o espírito é a maior força que o ser humano possui. Se nós não fortalecermos o nosso espírito,
seremos fracos.” (página 63)
Página 65 –
Terena, falando do índio no Brasil frente à pobreza, as injustiças e as
questões ambientais. “Porque a nossa
oração é também para aqueles lugares onde as pessoas não tem o que comer, não
tem o que beber, não tem casa para morar.
É por isso que, quando lutamos pela terra, é para proteger a vida. A vida dos animais, das plantas e do ser
humano”.
Voltando à
página 17 - Atualmente (ano 2000), temos
que do ano de 1500 para cá no Brasil perdemos mais de 700 dos 1.000 povos
indígenas, diz o Terena. Povos que não
existem mais, línguas e culturas que não existem mais.
Atualmente há ao redor de 200 povos
indígenas no Brasil, que falam 180 linguas diferentes.
Página 56 – Morin e a inteligência
artificial humana: ...” penso que há
um limite nesta porque: qual é a
originalidade da inteligência humana? É
a sua relação fundamental com a afetividade e com a emoção.”
Página 59 – Morin, sobre o Ensino, sobre a
Criatividade:
“Ensino não é unicamente uma função, uma
profissão como qualquer outra, onde se pode distribuir, produzir pedaços do
saber: pedaços de geografia, de história, de química. Enfim, Platão disse muito bem: “Para ensinar necessita-se de Eros, que
significa amor, prazer e amor pelo conhecimento, amor pelas pessoas. Se não há isso no ensino, na investigação, no
conhecimento, nenhum resultado é interessante.”
Página 53: Morin, sobre a igualdade na
diversidade: “Pode-se falar de
igualdade porque a diversidade não
significa uma visão hierárquica. A
diversidade é uma pluralidade de possibilidades. Igualdade não significa igualdade entre os
mesmos. Igualdade pode ser entre
pessoas, a igualdade humana dos direitos humanos vale para todas as culturas,
para todas as línguas, para todas as raças...”
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