Autores do
livro: Edgar Morin – participação do
índio Marcos Terena
Editora: Garamond
- Rio de Janeiro – Ano 2000 - 75
páginas
CDS/UNb Centro de Desenvolvimento Sustentável da
UNb.
Data da
leitura: 31-01-13 a 01-02-13
O livro na verdade reproduz uma
Conferência realizada pela Universidade de Brasilia dentro do tema “Idéias
Sustentáveis”.
O Conferencista convidado, Edgar Morin é
francês, octagenário, licenciado em História, Geografia e Direito. Muito empenhado na teoria e na prática dos
temas que envolvem o ser humano.
O outro conferencista convidado foi o
índio Marcos Terena, que é piloto de aeronaves, escritor, professor e
conferencista. A fala de ambos está
expressa neste livro, assim como as perguntas e respostas na parte final das
conferências.
Um dos conselhos do índio Terena: “Vocês não podem abandonar o espírito de
vocês; o espírito é a maior força que o ser humano possui. Se nós não fortalecermos o nosso espírito,
seremos fracos.” (página 63)
Página 65 –
Terena, falando do índio no Brasil frente à pobreza, as injustiças e as
questões ambientais. “Porque a nossa
oração é também para aqueles lugares onde as pessoas não tem o que comer, não
tem o que beber, não tem casa para morar.
É por isso que, quando lutamos pela terra, é para proteger a vida. A vida dos animais, das plantas e do ser
humano”.
Voltando à
página 17 - Atualmente (ano 2000), temos
que do ano de 1500 para cá no Brasil perdemos mais de 700 dos 1.000 povos
indígenas, diz o Terena. Povos que não
existem mais, línguas e culturas que não existem mais.
Atualmente há ao redor de 200 povos
indígenas no Brasil, que falam 180 linguas diferentes.
Página 56 – Morin e a inteligência
artificial humana: ...” penso que há
um limite nesta porque: qual é a
originalidade da inteligência humana? É
a sua relação fundamental com a afetividade e com a emoção.”
Página 59 – Morin, sobre o Ensino, sobre a
Criatividade:
“Ensino não é unicamente uma função, uma
profissão como qualquer outra, onde se pode distribuir, produzir pedaços do
saber: pedaços de geografia, de história, de química. Enfim, Platão disse muito bem: “Para ensinar necessita-se de Eros, que
significa amor, prazer e amor pelo conhecimento, amor pelas pessoas. Se não há isso no ensino, na investigação, no
conhecimento, nenhum resultado é interessante.”
Página 53: Morin, sobre a igualdade na
diversidade: “Pode-se falar de
igualdade porque a diversidade não
significa uma visão hierárquica. A
diversidade é uma pluralidade de possibilidades. Igualdade não significa igualdade entre os
mesmos. Igualdade pode ser entre
pessoas, a igualdade humana dos direitos humanos vale para todas as culturas,
para todas as línguas, para todas as raças...”
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