(a ilustração foi retirada do Mercado Livre)
Nosso colaborador (lá da página Mauá Memória no Facebook) Joao Colalillo Netto postou um gancho de tirar balde de poço e isto me fez
recordar de uma pequena crônica de família.
Fomos morar em Mauá em 1961 na Rua Duque de Caixas, 284, Vila Bocaina,
perto do antigo tanque ao lado da Avenida Itapark. Família de sete irmãos, sendo quatro
marmanjos. E tínhamos o famoso poço em
casa e a água no início era retirada na base do sarilho de metal com catraca
para o balde não "dar ré".
De vez em quando a corda rompia e lá ia o balde para o fundo do
poço. Tinhamos então um gancho para
retirar o balde do fundo do poço. Os
vizinhos sabiam do gancho e vez ou outra, tomavam o equipamento
emprestado. Perto de casa morava uma
mocinha cujos neurônios às vezes confundiam as coisas e ela não batia bem, mas
sabia que em casa havia quatro jovens e "um gancho" para tirar balde
de poço. Pois ela era uma freguesa
relativamente assídua de bater palma em casa para emprestar o gancho ao ponto
do pessoal de casa se referir a ela (entre nós de casa) como a "moça do
Gancho". Meu irmão mais novo era
muito gozador (e ainda é!) e dizia que a moça ao chegar para pedir o gancho
emprestado, ficava encabulada e confundia um tanto as coisas na pedida: O meu gancho caiu no balde e eu vim
emprestar o poço. Ah, não! O meu poço caiu no balde e eu vim emprestar
a água... Sendo ela a moça do gancho,
ficava fácil resolver a parada.
Emprestava o gancho e ela ia feliz pra casa e logo voltava agradecida,
devolvendo o gancho até a próxima demanda.
Coisas da vida.
Autor: Eng.Agr Orlando Lisboa de Almeida
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