Na segunda feira passada, dia 23 de maio, numa tarefa de rotina como engenheiro agrônomo, fui avaliar uma propriedade rural lá em Querência do Norte-PR que fica na divisa com o Mato Grosso do Sul e é banhada pelo Rio Paraná. Naquela região há extensas várzeas do rio e há bastante plantação de arroz irrigado. Em todas as épocas do ano que visitamos a região da várzea, avistamos bastante espécies de aves, incluindo muitos tipos de patos silvestres, garças, gaviões e muito mais. É um espetáculo a céu aberto.
Nesta visita, passando ao lado de uma roça de milho que está na fase de milho verde, notei que havia muita palha desfiada de milho verde em muitos lugares do carreador que faz divisa entre a lavoura e a mata ali do lado, dentro da fazenda. Logo deu para perceber que aquilo era obra dos macacos silvestres que habitam por lá, pois se fosse obra de alguma pessoa, o normal é chegar num canto da roça, colher tantas espigas quanto se queira e ir embora. Mas tinha palha em tiras finas pelo chão, formando carreirinhas, rumo da mata em muitos lugares. Não demorou e um macaquinho saiu da roça com uma espiga e se mandou para a mata.
Colocando os pingos nos is, aquelas terras pertenciam à fauna e os produtos da Mãe Natureza eram para prove-la. Olhando por esse lado, os macaquinhos do pouco da floresta que deixaram na fazenda estão apenas levando um pouquinho do que por direito de tempos insondáveis é deles. Um pequeno dízimo apenas.
orlando_lisboa@terra.com.br
quinta-feira, 26 de maio de 2011
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