Sou um planejador do improviso, principalmente em férias. Se bem que numa viagem, na verdade, temos que planejar as coisas para não ter dor de cabeça. Pois bem! O plano era visitar Paraty e fomos lá conferir tudo, inclusive comprando guia das praias (do Brasil todo) e o encarte que fala da história de Paraty. Num dos dias por lá, resolvemos dar uma esticadinha até Angra dos Reis-RJ e partimos pela BR 101 e logo estávamos chegando. Como vimos no episódio anterior, um pouco antes da entrada de Angra, visitamos de passagem a Usina Nuclear de Angra, que no começo era apelidada de vaga-lume porque acendia e apagava, acendia... Mas depois afinaram as cordas e agora a coisa está lá firme e forte - suponho - vendendo energia para a redondeza.
Entramos em Angra num dia de sol e calor e as ruas são estreitas no centro velho. E olha que Angra é velha pacas. Foi uma das primeiras povoações da "história deste país". Foi um sufoco tentar achar um estacionamento pago para colocar o carro e poder circular pelo centro antigo da cidade. Vaga na rua, nem pensar. Acabamos achando um lugar, estacionamos e fomos logo visitar uma igreja antiga no centro velho. Por lá tem umas igrejas com vários séculos de existência, umas mais preservadas e uma das mais antigas, infelizmente e lamentavelmente, está caindo aos pedaços. É de doer o coração. Um pedaço da nossa história jogado para as traças. Pena que mesmo o povo não dá muita bola para isso e assim fica mais fácil para as autoridades também não ligarem.
Conseguimos visitar uma igreja, que tem um micro cemitério nos fundos, cercado por altos muros. Nos parece que isso era um costume da época. Os mais chegados seriam sepultados ali e ficariam mais garantidos na viagem para o céu, imaginavam. Tivemos acesso a várias dependências internas da igreja e conseguimos subir ao teto, onde tem um quase mirante, de onde o pessoal estrategicamente, no passado bem remoto conseguiam vigiar o mar e se prevenir da possível aproximação de alguma embarcação hostil.
Passamos em frente à Escola Naval, do início do século passado. Prédio muito bem conservado, cercado de bastante verde, de frente para o mar, como fica bem numa escola naval, pois não!
Agora vem a busca às belas praias de Angra. Andamos de carro por lá e não vimos nem os embarcadouros para as ilhas adjacentes, onde ficam os lugares badalados. Apesar que era uma questão de planejar, reservar tempo e grana (boa grana!) para fazer esses passeios por Angra. Nós que só tínhamos um dia e o tempo era curto e a grana idem, desta vez não conseguimos desfrutar esse lado "televisivo" de Angra, esse lado "Caras" de Angra. Por isso digo: Há várias cidades em Angra. Como diz a raposa sobre as uvas: Deixa pra lá, elas estão verdes...
Adorei o blog, Orlando!!!
ResponderExcluirUm grande abraço pro meu amigo contista... desta tua colega perdida (ou achada) aqui na grande "Batiá"!