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Em fevereiro do ano passado (2012) estivemos visitando Maceió-AL para curtir umas praias e aproveitar a ocasião para ver lugares de interesse histórico, cultural. Diga-se de passagem, para quem reside no sul do Brasil, uma viagem ao Nordeste seria quase como atravessar a Europa de cabo a rabo. Dessa forma, é normal que lá na distante Alagoas, o povo tem toda uma identidade cultural, além das belezas naturais que são de cair o queixo. Muitos turistas tem aparecido por lá e vale a pena.
Como fizemos o city tour com uma empresa de turismo especializada, a guia (Nina) foi nos explicando alguns detalhes do lugar e do povo. Maceió teria a ver com um lugar beira mar que era pantanoso e que muito foi aterrado para as construções de onde hoje é a capital do estado. E havia um engenho de açúcar no tempo antigo no local onde hoje é a capital.
Ainda segundo a guia, o Palácio do governo do estado teria o apelido popular de Palácio das Toalhas Molhadas, porque teria havido num passado nem tão distante, um governador que mandava no povo mas devia obediência à sua esposa que era uma fera quando estava enfurecida. Que ela, numa das ocasiões, entrou no gabinete com uma toalha de banho molhada com água do mar para bater no maridão. Consta que a toalha molhada era para doer e a água salgada era para doer mais ainda. Fato ou ficção, está feito o registro. (fiz busca no Santo Google e tem referência ao fato ou ficção)
A cidade fica na planície beira mar e o lugar mais alto é um morro de uns 50 metros de altura, onde fica inclusive a Igreja de São Gonçalo do Amarante, um santo casamenteiro na crença popular. Na crendice popular, nas promessas para casar, a pessoa daria 30 voltas na pequena igreja; para desfazer o casamento, 60 voltas e (rindo, avisa) e para aquelas que querem um namorado com N requisitos, tem que dar 90 voltas na igrejinha, andando de joelho e de costas.... kkk
Ao visitar a igrejinha, de onde tem uma bela vista da cidade e do mar, nos distribuem umas sementinhas vermelhas de piripiri, segundo disse. As sementinhas são para, na forma de simpatia, serem jogadas do muro ao lado da igrejinha, pela ladeira abaixo, sendo que se joga uma de cada vez, com direito a um pedido por sementinha. O turista entra no clima e por que não?
(Das praias vou fazer uns capítulos na sequência...)
No caminho (subida) para chegar à igrejinha, tem uma igreja bem maior que, ainda segundo a guia, era dedicada a São Gonçalo do Amarante (protetor dos que navegam por lá, além de casamenteiro). Consta que no passado, um poderoso comerciante local ficou muito doente e fez uma promessa para Nossa Senhora, que se ficasse curado, traria uma imagem imponente desta para a igreja. Diz que houve a cura e a imagem que ele doou para a igreja não cabia nos altares laterais (menores) e acabaram colocando a Nossa Senhora no altar mor, desbancando São Gonçalo do Amarante para um dos altares laterais.
Os fiéis não gostaram da idéia e por isso teriam construído aquela igrejinha menor da qual foi dito anteriormente e para lá levaram a imagem de São Gonçalo do Amarante para ficar no altar mor conforme achavam que ficava de acordo com a tradição e o costume do povo.
Nos capítulos seguintes vou falar das praias como a Praia do Francês (também há curiosidade histórica além da beleza natural da praia), Maragogi, Carro Quebrado, São Miguel dos Milagres, Foz do Rio São Francisco.
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