Ontem, sábado, dia 24-10-09, houve um belo Show de casa cheia no Teatro Marista que tem espaço para 700 pessoas. O esperado show é elaborado e apresentado pelos Médicos da cidade, ligados à parte cultural da Sociedade Médica de Maringá-PR. Ao que parece, esta foi a décima edição da série anual de shows dos médicos, sendo que eu fui em alguns. No ano passado, foi em homenagem ao Chico Buarque e foi muito lindo, com cenários muito bem elaborados.
Neste ano também o show foi lindo, apresentado na sexta e sábado e nós fomos no sábado, com ingresso comprado antecipadamente, para não correr o risco de ficar de fora.
Durante o show foram cantadas muitas músicas de amplo conhecimento e gosto da platéia que foi estimulada a cantar junto. Como dizia o apresentador-médico: Cantem todos... quem não sabe, enrola.
Na sede da Sociedade Médica, que tem site na internet inclusive, há um pequeno teatro no qual são feitas apresentações de peças teatrais, shows musicais, projeção de filmes alternativos, às vezes com debate ao final. Eu já estive assistindo a peça Aurora da Minha Vida, muito dez. Também fui num show de viola fora de série, num filme sobre sapateado, num filme de Ópera e num filme cujo protagonista era um cego que fotografava certas situações ao seu redor.
A Sociedade Médica faz parte do que chamo circuito cultural da cidade, ao lado do SESC, Luzamor, UEM, Cesumar, Secretaria Municipal de Cultura e outros espaços do gênero. Tenho meu e-mail e endereço cadastrado lá e quando tem programação cultural, sou avisado sempre. Muito bom!
domingo, 25 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
MENTIRA TEM PERNA CURTA
As pisadas na bola ou o ato de "morder a chumbada" como se diz em Piracicaba, geralmente acontecem com os outros, nunca com a gente, claro! Mas as regras estão aí com suas exceções. Era pelo ano 70 e eu estava terminando o colegial noturno no Colégio Viscondão em Mauá-SP e na roda de amigos tinha o Luiz Longo, um dos gêmeos da família, que tinha e tem parentes em Florai-PR que para mim naquela época deveria ficar fora do Brasil, alguns milhares de quilômetros. Hoje, nem tanto. Um dia, jogando conversa fora no intervalo das aulas, o Luiz me convidou para um dia visitar sua Florai, terrinha natal. Eu aceitei a proposta no ato. Vamolámeu! E passa o tempo, chega o fim do ano e eu entro em férias no trabalho e no colegial e saio dar um giro pelo centro de Mauá. Meu mano gozador dizia que Mauá não tinha centro, a não ser o Centro Espírita. Mas tinha o bar ABC que era no olho do furacão da cidade, perto da estação do trem. Formigava de gente cedinho e à noitinha, gente indo e vindo do trabalho do vizinho ABC e em maior número de São Paulo, distante apenas uns trinta quilômetros.
No centro de Mauá, dou de cara com meu amigo Luiz e ele, sabendo que estou em férias, trata de cobrar a ida ao Paraná. Acertamos os detalhes, tomamos o ônibus dali a alguns dias e pimba! Botei o pé pela primeira vez no Paraná, começando por Maringá, vindo descer na velha rodoviária local, que atualmente está lá desativada. No guichê, fomos procurar passagem para Florai, que agora ficava pertinho. Só que ônibus, só amanhã, nos informaram. O jeito era arranjar um hotel simples, pousar em Maringá e partir no outro dia cedo para Florai. Meu amigo vai na banca de revista e fica faceiro porque tinha uma jovem cuidando da banca. Ele pede a informação e ela nos dá a dica de um certo hotel na Av.Herval (H.Touring). Era e é um hotel "bem" simples! Acho que a fachada é de alvenaria e nas laterais parece que as paredes são de tábua. Mas em 70, para dois jovens estudantes... Guardamos as bagagens e antes do banho, nos tira o sossego uma batida policial procurando alguém. Não chegamos a ver os guardas, mas escutamos a prosa. Achamos que o lugar estava de astral muito baixo e voltamos para a portaria e pedimos baixa do hotel e rapamos fora. Meu amigo Luiz resolveu que passaríamos lá na moça da banca e pediríamos a dica de um "bom" hotel, ora bolas!!! Assim decidido e assim foi feito. Ela nos indicou o que suponho ser o fino da raça na época. O Hotel Indaiá, que era bem menor do que é hoje. Partimos para o Indaiá, já à noite. Muitos viajantes no hotel, bom movimento.
Meu amigo Luiz, extrovertido pacas, levou cachimpo na viagem e não fumava. Dava umas baforadas desajeitado, umas tosses e uns abanos na fumaça. Levou um violão e também não sabia tocar o raio do violão, encordoado para pessoa destra, sendo que o Luiz é canhoto desde que veio à luz. Tamamos o banho no hotel e viemos para a beira da calçada ver o movimento da rua e o Luiz com o cachimbo na boca e o violão no braço. Mas nada de música. Os viajantes se aproximaram e pediram umas músicas e nada. Um deles, velho no trecho, perguntou se o amigo poderia emprestar um pouquinho o violão para o Danúbio - seu amigo de viagem - que manjava da arte. Pois o Danúbio também era canhoto e tocava o violão com as cordas invertidas para ele, arranhando as cordas de baixo para cima com uma rara habilidade. O homem sabia tudo de violão. Foi um auê. Ficamos amigos da turminha que estava viajando num Dodge Dart, carro esportivo da época.
Papo vai, papo vem e o cabeça de área do grupinho de viajantes nos perguntou de onde a gente era. Naquele tempo se dizia que gente de Mauá era índio em relação ao pessoal da Capital. Então em algumas ocasiões os de Mauá saiam pela tangente, dizendo que eram de... de... Santo André!!! É isso, de Santo André!
Então veio o inesperado. O viajante falou. Ora, ora, então somos meio vizinhos, de que rua de Santo André vocês são? Nós somos da Editora da Lista Telefônica e conhecemos TODAS as ruas de Santo André.
Eu tinha um tio que era do Corpo de Bombeiros de São Paulo e que morava na Rua Vicente de Carvalho, no bairro Príncipe de Gales em Santo André. Tasquei o nome da Rua e o viajante falou o bairro e disse que a rua ficava ao lado da Faculdade do ABC, como de fato.
Essa foi uma bela lição para os dois novatos. Uma bela pisada na bola!
No centro de Mauá, dou de cara com meu amigo Luiz e ele, sabendo que estou em férias, trata de cobrar a ida ao Paraná. Acertamos os detalhes, tomamos o ônibus dali a alguns dias e pimba! Botei o pé pela primeira vez no Paraná, começando por Maringá, vindo descer na velha rodoviária local, que atualmente está lá desativada. No guichê, fomos procurar passagem para Florai, que agora ficava pertinho. Só que ônibus, só amanhã, nos informaram. O jeito era arranjar um hotel simples, pousar em Maringá e partir no outro dia cedo para Florai. Meu amigo vai na banca de revista e fica faceiro porque tinha uma jovem cuidando da banca. Ele pede a informação e ela nos dá a dica de um certo hotel na Av.Herval (H.Touring). Era e é um hotel "bem" simples! Acho que a fachada é de alvenaria e nas laterais parece que as paredes são de tábua. Mas em 70, para dois jovens estudantes... Guardamos as bagagens e antes do banho, nos tira o sossego uma batida policial procurando alguém. Não chegamos a ver os guardas, mas escutamos a prosa. Achamos que o lugar estava de astral muito baixo e voltamos para a portaria e pedimos baixa do hotel e rapamos fora. Meu amigo Luiz resolveu que passaríamos lá na moça da banca e pediríamos a dica de um "bom" hotel, ora bolas!!! Assim decidido e assim foi feito. Ela nos indicou o que suponho ser o fino da raça na época. O Hotel Indaiá, que era bem menor do que é hoje. Partimos para o Indaiá, já à noite. Muitos viajantes no hotel, bom movimento.
Meu amigo Luiz, extrovertido pacas, levou cachimpo na viagem e não fumava. Dava umas baforadas desajeitado, umas tosses e uns abanos na fumaça. Levou um violão e também não sabia tocar o raio do violão, encordoado para pessoa destra, sendo que o Luiz é canhoto desde que veio à luz. Tamamos o banho no hotel e viemos para a beira da calçada ver o movimento da rua e o Luiz com o cachimbo na boca e o violão no braço. Mas nada de música. Os viajantes se aproximaram e pediram umas músicas e nada. Um deles, velho no trecho, perguntou se o amigo poderia emprestar um pouquinho o violão para o Danúbio - seu amigo de viagem - que manjava da arte. Pois o Danúbio também era canhoto e tocava o violão com as cordas invertidas para ele, arranhando as cordas de baixo para cima com uma rara habilidade. O homem sabia tudo de violão. Foi um auê. Ficamos amigos da turminha que estava viajando num Dodge Dart, carro esportivo da época.
Papo vai, papo vem e o cabeça de área do grupinho de viajantes nos perguntou de onde a gente era. Naquele tempo se dizia que gente de Mauá era índio em relação ao pessoal da Capital. Então em algumas ocasiões os de Mauá saiam pela tangente, dizendo que eram de... de... Santo André!!! É isso, de Santo André!
Então veio o inesperado. O viajante falou. Ora, ora, então somos meio vizinhos, de que rua de Santo André vocês são? Nós somos da Editora da Lista Telefônica e conhecemos TODAS as ruas de Santo André.
Eu tinha um tio que era do Corpo de Bombeiros de São Paulo e que morava na Rua Vicente de Carvalho, no bairro Príncipe de Gales em Santo André. Tasquei o nome da Rua e o viajante falou o bairro e disse que a rua ficava ao lado da Faculdade do ABC, como de fato.
Essa foi uma bela lição para os dois novatos. Uma bela pisada na bola!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
TUM - TEATRO UNIV.DA UEM - PROGRAMAÇÃO
Hoje, 19-10-09, fui assistir a uma peça de teatro promovida pelo SESC. A peça se chama Rito de Passagem e vem sendo apresentada pelo Brasil afora no Projeto Palco Giratório - Rede SESC e Difusão das Artes Plásticas. Fui um belo espetáculo, com um grupo de Manaus. grupo Indios.Com Cia de Dança.
Na saída do Teatro Reviver, um integrante do TUM da UEM Univ.Estadual de Maringá estava panfletando os eventos em cartaz no Teatro da UEM a saber:
22-10 - 21 h Orquestra da UEM - música
23-10 - 21 h - A Divorciada - Teatro - Circo Teatro Sem Lona
24-10 - 21 h - Mundocão - Cia 7 - de Londrina - Teatro
25-10 - 20 h - Barricada - Teatro - Grupo Teatro e Ponto
29-10 - 21 h - Auto dos 99% - Teatro - TUM Teatro Universitário da UEM
30-10 - 21 h - As Estações do Desejo - Teatro - Antonio Busnardo - Curitiba
31-10 - 21 h - As Aves - Teatro - Grupo de Teatro Unipar de Paranavai.
.............................. a programação segue até 15-11-2009......... vou colocar oportunamente o restante da programação aqui no blog. Eu tenho ido de vez em quando assistir aos espetáculos lá no Teatro Oficina da UEM e há espetáculos bastante interessantes. Vale a pena prestigiar.
Na saída do Teatro Reviver, um integrante do TUM da UEM Univ.Estadual de Maringá estava panfletando os eventos em cartaz no Teatro da UEM a saber:
22-10 - 21 h Orquestra da UEM - música
23-10 - 21 h - A Divorciada - Teatro - Circo Teatro Sem Lona
24-10 - 21 h - Mundocão - Cia 7 - de Londrina - Teatro
25-10 - 20 h - Barricada - Teatro - Grupo Teatro e Ponto
29-10 - 21 h - Auto dos 99% - Teatro - TUM Teatro Universitário da UEM
30-10 - 21 h - As Estações do Desejo - Teatro - Antonio Busnardo - Curitiba
31-10 - 21 h - As Aves - Teatro - Grupo de Teatro Unipar de Paranavai.
.............................. a programação segue até 15-11-2009......... vou colocar oportunamente o restante da programação aqui no blog. Eu tenho ido de vez em quando assistir aos espetáculos lá no Teatro Oficina da UEM e há espetáculos bastante interessantes. Vale a pena prestigiar.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ
Autor: Orlando Lisboa de Almeida (escrito antes do advento do Metrô)
Eu me lembro dele desde criança e não poderia ser de outra forma porque era um engenho fascinante! Era um trem enorme, vagões novinhos, tudo inoxidável. Brilhava muito e rodava macio.
Tudo no trem tinha certa ordem. Até o pessoal da estação que orientava o tráfego, sempre fardado, cabelo aparado, quepe azul marinho, tudo certinho.
Os horários dos trens eram cumpridos com rigor e o povo era calmo, apesar de já haver movimento na metrópole São Paulo de algumas décadas atrás. Hoje tudo está mudado: os passageiros aumentaram como praga de gafanhotos; brota gente de todo lado. Gente que tem pressa, que desconfia de tudo e de todos, gente que trabalha, ama e sofre.
Numa cidade cheia de semáforos, por mais vagaroso que seja o trem, ainda é o meio de transporte mais rápido do local. Não há outro jeito de se locomover, enquanto não implantarem o metrô; tem que ser de trem.
Os trens ainda são os mesmos de muitos anos atrás, já desgastados pelo uso intenso. Os alto falantes internos que anunciavam a próxima estação já estão mudos. Os bancos estofados foram tantas vezes furados por pessoas de pouca presença de espírito, que foram substituídos por bancos de resina sintética sem estofado. As janelas, antes de vidro, após tantas depredações foram substituídas por acrílicos transparentes, que o pessoal rabisca sem dó. Verdadeiras tatuagens de mau gosto nos bancos e janelas, com adjetivos depreciativos ao chefe, com o nome da amada, com os corações flexados por Cupido...
O dorso do trem não brilha mais, tanta a poeira da poluição que já formou uma crosta em cima dele, tornando-o pardo, seboso, feio e triste.
Atrasa muito e a maior sinfonia de úlceras da metrópole progride a passos largos. O pai de família que já passou dos quarenta e não tem profissão definida sabe que o trem atrasa, mas o relógio do patrão é pontual e não perdoa. Se chegar atrasado, perde o emprego, que passará a ser ocupado por outro braçal talvez mais jovem e taludo. Só não sabe onde encontrar outro emprego para poder descolar o pão de cada dia para sua família.
Uma cachacinha de vez em quando se torna uma franca necessidade para espantar essa bruxa da ameaça do desemprego.
Todo mundo viaja, ninguém se conversa, todos desconfiam de todos. No trem apinhado de gente, cada um se apoiando no outro, quase todos em pé, não cabe nem pensamento mais no vagão. Há, mesmo assim, os malabaristas que conseguem a proeza de sacar um livro e, braços erguidos e olhos para cima, tentam arranjar jeito para uma leiturinha. Outros pretensiosos, quando conseguem o privilégio de sentar, tentam abrir um jornal especializado em submundo do crime; crime e futebol. As manchetes do jornal dos crimes chamam a atenção da galera toda em volta. Mesmo para quem não sabe ler, resta aquela foto feminina, muita forma e pouca roupa, em evidência na primeira página. O corpo nu é o produto para ajudar a vender o jornal, afinal estamos no mundo capitalista.
Há algumas senhoras que teimam em sacar da bolsa o crochê para tentar passar o tempo e driblar a ansiedade. Decididamente a mulher está abrindo caminho mesmo às cotoveladas, para ao menos participar da população economicamente ativa.
Quem vai indo, quem vem vindo, ninguém sabe. Seja dia, seja noite, o movimento é intenso já que as máquinas das indústrias funcionam sem parada e os empregados se revezam em três turnos. Uns cochilam no trem e passam direto pela sua estação e aí a coisa se complica se for alta hora da noite ou franca madrugada. Pode acontecer de acordar no fim da linha, quando vem o guarda batendo as portas dos vagões, fazendo barulho e avisando que o trem está se recolhendo...
Outros formam grupinhos e jogam palito com moeda que, afinal, tem alguma serventia. Gritam os palpites e riem dos perdedores, os patos do jogo. E olha que precisa de barulho para ser ouvido dentro do trem de aço que circula cambaleante sobre trilhos também de aço. Todos do vagão acompanham o resultado do jogo, queiram ou não...
Tem muita gente que consegue paquerar nessas viagens com paradas freqüentes; paquerar e até se amarrar para sempre em certos casos.
A cada cinco minutos, parada numa estação, quando as portas se abrem e um mundo de gente tenta subir e descer ao mesmo tempo às trombadas, palavrões, empurrões, safanões e até alguns pedidos de desculpas!
E o trem persiste...
Eu me lembro dele desde criança e não poderia ser de outra forma porque era um engenho fascinante! Era um trem enorme, vagões novinhos, tudo inoxidável. Brilhava muito e rodava macio.
Tudo no trem tinha certa ordem. Até o pessoal da estação que orientava o tráfego, sempre fardado, cabelo aparado, quepe azul marinho, tudo certinho.
Os horários dos trens eram cumpridos com rigor e o povo era calmo, apesar de já haver movimento na metrópole São Paulo de algumas décadas atrás. Hoje tudo está mudado: os passageiros aumentaram como praga de gafanhotos; brota gente de todo lado. Gente que tem pressa, que desconfia de tudo e de todos, gente que trabalha, ama e sofre.
Numa cidade cheia de semáforos, por mais vagaroso que seja o trem, ainda é o meio de transporte mais rápido do local. Não há outro jeito de se locomover, enquanto não implantarem o metrô; tem que ser de trem.
Os trens ainda são os mesmos de muitos anos atrás, já desgastados pelo uso intenso. Os alto falantes internos que anunciavam a próxima estação já estão mudos. Os bancos estofados foram tantas vezes furados por pessoas de pouca presença de espírito, que foram substituídos por bancos de resina sintética sem estofado. As janelas, antes de vidro, após tantas depredações foram substituídas por acrílicos transparentes, que o pessoal rabisca sem dó. Verdadeiras tatuagens de mau gosto nos bancos e janelas, com adjetivos depreciativos ao chefe, com o nome da amada, com os corações flexados por Cupido...
O dorso do trem não brilha mais, tanta a poeira da poluição que já formou uma crosta em cima dele, tornando-o pardo, seboso, feio e triste.
Atrasa muito e a maior sinfonia de úlceras da metrópole progride a passos largos. O pai de família que já passou dos quarenta e não tem profissão definida sabe que o trem atrasa, mas o relógio do patrão é pontual e não perdoa. Se chegar atrasado, perde o emprego, que passará a ser ocupado por outro braçal talvez mais jovem e taludo. Só não sabe onde encontrar outro emprego para poder descolar o pão de cada dia para sua família.
Uma cachacinha de vez em quando se torna uma franca necessidade para espantar essa bruxa da ameaça do desemprego.
Todo mundo viaja, ninguém se conversa, todos desconfiam de todos. No trem apinhado de gente, cada um se apoiando no outro, quase todos em pé, não cabe nem pensamento mais no vagão. Há, mesmo assim, os malabaristas que conseguem a proeza de sacar um livro e, braços erguidos e olhos para cima, tentam arranjar jeito para uma leiturinha. Outros pretensiosos, quando conseguem o privilégio de sentar, tentam abrir um jornal especializado em submundo do crime; crime e futebol. As manchetes do jornal dos crimes chamam a atenção da galera toda em volta. Mesmo para quem não sabe ler, resta aquela foto feminina, muita forma e pouca roupa, em evidência na primeira página. O corpo nu é o produto para ajudar a vender o jornal, afinal estamos no mundo capitalista.
Há algumas senhoras que teimam em sacar da bolsa o crochê para tentar passar o tempo e driblar a ansiedade. Decididamente a mulher está abrindo caminho mesmo às cotoveladas, para ao menos participar da população economicamente ativa.
Quem vai indo, quem vem vindo, ninguém sabe. Seja dia, seja noite, o movimento é intenso já que as máquinas das indústrias funcionam sem parada e os empregados se revezam em três turnos. Uns cochilam no trem e passam direto pela sua estação e aí a coisa se complica se for alta hora da noite ou franca madrugada. Pode acontecer de acordar no fim da linha, quando vem o guarda batendo as portas dos vagões, fazendo barulho e avisando que o trem está se recolhendo...
Outros formam grupinhos e jogam palito com moeda que, afinal, tem alguma serventia. Gritam os palpites e riem dos perdedores, os patos do jogo. E olha que precisa de barulho para ser ouvido dentro do trem de aço que circula cambaleante sobre trilhos também de aço. Todos do vagão acompanham o resultado do jogo, queiram ou não...
Tem muita gente que consegue paquerar nessas viagens com paradas freqüentes; paquerar e até se amarrar para sempre em certos casos.
A cada cinco minutos, parada numa estação, quando as portas se abrem e um mundo de gente tenta subir e descer ao mesmo tempo às trombadas, palavrões, empurrões, safanões e até alguns pedidos de desculpas!
E o trem persiste...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
NO LADO DO SINO EU ASSINO
A cidade de Apucarana-PR onde residimos por seis anos, tem a catedral de Nossa Senhora de Lourdes como marco zero, bem na praça central da cidade. Uma bela catedral, com uma imagem da padroeira na parte frontal, no alto. Era mês de agosto e nós participávamos do Lions Club e nesse mês é comemorada a Semana do Excepcional. Aliás, nem sei se a expressão continua sendo esta para as pessoas com necessidades especiais, muitas atendidas pela dedicada APAE com amplo apoio da comunidade.
Nosso Clube, para angariar recursos para a APAE, fazia e acho que ainda faz (atualmente resido fora de Apucarana) um belo jantar que já é esperado pela sociedade local que prestigia em peso o evento. Cada ano nosso clube escolhia o tema de uma Nação e naquele ano, escolhemos um jantar árabe. Além do cardápio, os membros do clube que se habilitavam, ensaiavam por um bom período as danças típicas da Nação representada no jantar e na noite festiva, nosso pessoal que havia ensaiado, dançava com traje típico. Era algo que gerava uma enorme expectativa no pessoal do Lions local e nos nossos convidados para o jantar, afinal a gente fazia todo o esforço para agradar os convidados.
Para animar a dança, nosso clube conseguiu contratar um conjunto típico de dança árabe, aí incluidas umas bailarinas para a dança do ventre. Conjunto que viria de São Paulo, especialmente para o evento esperado.
Em agosto também se comemora o Dia do Soldado e na nossa Catedral, os soldados do BIM Batalhão de Infantaria Motorizada, colocaram uma estrutura de cordas para rappel, propiciando que alguns soldados fizessem demonstrações diárias de descida da catedral na base do rappel. Ajuntava gente que só, para ver aquela coisa inusitada. Num desses dias, eu estava escalado para ser o sicerone do conjunto de música árabe que viria tocar no nosso jantar dançante, que já estava hospedado no hotel e que poderia querer dar uma volta para conhecer a cidade. Fazer um city tour, uai! Quando chegamos na Catedral, o pessoal do conjunto já quis ver de mais perto aquela do rappel. Subimos por dentro da Catedral as escadarias todas para chegar no topo, onde fica o sino de bronze. De passagem, vi ali do lado do sino um caquinho de tijolo com o qual aluns raros turistas já tinham deixado suas iniciais discretamente no sino. Olhei para os lados, ninguém sacando, deixo lá minhas iniciais sorrateiramente e continuo a escalada. Ao olhar na janelinha lá em cima, de onde "partia" o rappel, só de olhar eu sentia um frio na sola dos pés e um vazio na barriga. Eu não nasci para altura!!!
Acontece que os do Conjunto de música árabe disseram que queriam descer de rappel. Queriam porque queriam. Sendo uns forasteiros, era natural que o milico mais graduado ali resolvesse fazer algumas perguntas para se certificar das condições deles para a descida. Eles usaram um argumento que deixou o milico convencido da capacidade do grupo de músicos.
- Nós somos do Líbano e viemos de lá faz pouco tempo e estávamos em combate, engajados, até pouco tempo atrás. Estamos preparados para a descida.
Dito isto, credenciados, desceram de rappel calmos e serenos. Quem sabe, sabe!!
Quanto ao Jantar árabe, foi um sucesso e a arrecadação foi das melhores e a APAE mais uma vez ficou grata. E nós do Lions, com a alegria do dever cumprido.
Nosso Clube, para angariar recursos para a APAE, fazia e acho que ainda faz (atualmente resido fora de Apucarana) um belo jantar que já é esperado pela sociedade local que prestigia em peso o evento. Cada ano nosso clube escolhia o tema de uma Nação e naquele ano, escolhemos um jantar árabe. Além do cardápio, os membros do clube que se habilitavam, ensaiavam por um bom período as danças típicas da Nação representada no jantar e na noite festiva, nosso pessoal que havia ensaiado, dançava com traje típico. Era algo que gerava uma enorme expectativa no pessoal do Lions local e nos nossos convidados para o jantar, afinal a gente fazia todo o esforço para agradar os convidados.
Para animar a dança, nosso clube conseguiu contratar um conjunto típico de dança árabe, aí incluidas umas bailarinas para a dança do ventre. Conjunto que viria de São Paulo, especialmente para o evento esperado.
Em agosto também se comemora o Dia do Soldado e na nossa Catedral, os soldados do BIM Batalhão de Infantaria Motorizada, colocaram uma estrutura de cordas para rappel, propiciando que alguns soldados fizessem demonstrações diárias de descida da catedral na base do rappel. Ajuntava gente que só, para ver aquela coisa inusitada. Num desses dias, eu estava escalado para ser o sicerone do conjunto de música árabe que viria tocar no nosso jantar dançante, que já estava hospedado no hotel e que poderia querer dar uma volta para conhecer a cidade. Fazer um city tour, uai! Quando chegamos na Catedral, o pessoal do conjunto já quis ver de mais perto aquela do rappel. Subimos por dentro da Catedral as escadarias todas para chegar no topo, onde fica o sino de bronze. De passagem, vi ali do lado do sino um caquinho de tijolo com o qual aluns raros turistas já tinham deixado suas iniciais discretamente no sino. Olhei para os lados, ninguém sacando, deixo lá minhas iniciais sorrateiramente e continuo a escalada. Ao olhar na janelinha lá em cima, de onde "partia" o rappel, só de olhar eu sentia um frio na sola dos pés e um vazio na barriga. Eu não nasci para altura!!!
Acontece que os do Conjunto de música árabe disseram que queriam descer de rappel. Queriam porque queriam. Sendo uns forasteiros, era natural que o milico mais graduado ali resolvesse fazer algumas perguntas para se certificar das condições deles para a descida. Eles usaram um argumento que deixou o milico convencido da capacidade do grupo de músicos.
- Nós somos do Líbano e viemos de lá faz pouco tempo e estávamos em combate, engajados, até pouco tempo atrás. Estamos preparados para a descida.
Dito isto, credenciados, desceram de rappel calmos e serenos. Quem sabe, sabe!!
Quanto ao Jantar árabe, foi um sucesso e a arrecadação foi das melhores e a APAE mais uma vez ficou grata. E nós do Lions, com a alegria do dever cumprido.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
RETALHOS DO COTIDIANO
1 - Retalhos do Cotidiano
Os jornais tem as notícias, humor e muito mais. Na Folha de SP a coluna do Zé Simão sempre tem verdadeiras pérolas. Ele tem vasta experiência no ramo e um fino humor. Um dia ele tinha que fazer um comentário sobre a TV brasileira e para isso estava matutando e não saia uma síntese legal. Acaba pedindo uma opinião da sua copeira que seria uma pequena amostra do nosso povo que assiste TV. Pois ela, ao responder o que achava da TV brasileira saiu com algo do tipo:
- A TV brasileira é uma droga. Só tem bunda e morena loira.
Estava feita uma bela síntese!
2 - Retalhos do Cotidiano
Ainda algo que "deu"na TV, no noticiário nacional. Um rapaz de Belo Horizonte, que morava em apartamento, estava incomodando muito os vizinhos porque mantinha um cão de certo porte e fama de ser feroz. Uma raça norte americana, trazida com ele do exterior recentemente.
Reclamação de cá, rusga de lá e o caldo entornou, indo parar o caso na polícia. Ao ser interrogado, o rapaz tenta argumentar que seu cão é de raça feroz, mas é treinado e muito obediente, com uma ressalva. O cão foi treinado em "inglês" e só atende nesse idioma. Portanto, o cão não atende a qualquer um...
3 - Retalhos do Cotidiano
Trova de improviso, mas nem tanto...
Falar que o pessoal de rodeio é machista é chover no molhado. Aqui em Maringá - PR todo ano, no início de maio há a Expoingá, com muito gado, shows e gente para todo lado. Um famoso locutor de rodeio, sempre com frases prontas, buscando fazer graça e agradar o povão. Um dia, casa cheia, ou melhor, arena de rodeios cheia, o locutor me sai com esta trovinha para animar a galera:
Quando olho um jovem de brinco
Eu vejo e fico contente
Quanto mais homem de brinco
Mais mulher sobra pra gente...
domingo, 4 de outubro de 2009
INTERNET E O CHAVÃO - PAPEL ACEITA TUDO
Já no tempo da minha querida avó Magdalena, quando se lia algo meio absurdo em jornal, revista ou livro, se ela achava que aquilo não tinha cabimento, usava a frase que era e ainda é um ditado popular: O papel aceita tudo. Claro que esse ditado conseguiu vencer os tempos e mesmo com as opções de mídia atual, ele continua mais válido do que nunca, firme e forte.
Ontem eu recebi um dos incontáveis e-mailes dos amigos, tipo - tô repassando... enviar a todos... O nome da mensagem era: A FOTO DO MILIONÁRIO ou algo parecido, em ppt. Tela azul, tudo bonitinho. Um anônimo denunciava o "escândalo" da compra de uma fazenda milionária no interior de SP por um dos filhos do nosso presidente da república. E dá-lhe verbo. E eu ali lendo para ver até onde o gaiato ia chegar, mas eis que tinha a foto da "sede" da fazenda milionária. E a foto era, nada mais nada menos, que o prédio principal da minha Gloriosa (assim chamada carinhosamente) ESALQ-USP lá de Piracicaba-SP, com bandeira hasteada e tudo. Meu amigo que me enviou o e-mail em dúvida se o assunto era vero ou não e eu respondi para ele sugerindo que faça uma busca no Google com o nome da ESALQ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e veja as fotos. Sem medo de ser feliz.
É claro que todo navegante na internet cotidianamente tem o aborrecimento de ver coisas anônimas circulando na rede mundial e muitos ainda clicam no "enviar a todos". É um estrago e uma perda de tempo. O particular desta vez foi que a foto me era estremamente familiar e deu para ver que o caluniador é sempre um covarde, que se esconde no anonimato. Ao meu amigo, respondi explicando sobre a foto e Assinei em baixo, com nome e sobrenome. Abraço aos amigos.
Ontem eu recebi um dos incontáveis e-mailes dos amigos, tipo - tô repassando... enviar a todos... O nome da mensagem era: A FOTO DO MILIONÁRIO ou algo parecido, em ppt. Tela azul, tudo bonitinho. Um anônimo denunciava o "escândalo" da compra de uma fazenda milionária no interior de SP por um dos filhos do nosso presidente da república. E dá-lhe verbo. E eu ali lendo para ver até onde o gaiato ia chegar, mas eis que tinha a foto da "sede" da fazenda milionária. E a foto era, nada mais nada menos, que o prédio principal da minha Gloriosa (assim chamada carinhosamente) ESALQ-USP lá de Piracicaba-SP, com bandeira hasteada e tudo. Meu amigo que me enviou o e-mail em dúvida se o assunto era vero ou não e eu respondi para ele sugerindo que faça uma busca no Google com o nome da ESALQ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz e veja as fotos. Sem medo de ser feliz.
É claro que todo navegante na internet cotidianamente tem o aborrecimento de ver coisas anônimas circulando na rede mundial e muitos ainda clicam no "enviar a todos". É um estrago e uma perda de tempo. O particular desta vez foi que a foto me era estremamente familiar e deu para ver que o caluniador é sempre um covarde, que se esconde no anonimato. Ao meu amigo, respondi explicando sobre a foto e Assinei em baixo, com nome e sobrenome. Abraço aos amigos.
Continho Futebolístico ou... Mãe é Mãe
Piracicaba-SP, ano de 1974, em plena Copa do Mundo, Brasil no meio, claro! Eu cursando agronomia na ESALQ-USP, morando no Bairro São Dimas e convivendo com a galera do bairro nas horas vagas. Ao lado da Igreja, na esquina, o Bar do Japa, quartel general do SDFC São Dimas Futebol Clube, amador daqueles dos caras levarem, cada um a sua, camisa de jogador para ser lavada em casa depois de cada partida. Depois de cada jogo, perdendo ou ganhando, concentração total do Bar do Japa, onde guardavam os troféus, para a prosa solta e cada vez mais animada com cerveja gelada.
Todos do time tinham seus apelidos - Abobrinha, Pão, Pica, Caçador, Celita e por aí vai...
Um dia até foram na disputa do Desafio ao Galo, em São Paulo, num desafio de perde, cai fora, transmitido pela TV Gazeta, a que era a cara do esporte, dividindo o ramo com a Band. Pois o Celita, além de goleiro do São Dimas, é irmão do famoso Chicão, zagueirão de vasto bigode, que defendeu por muito tempo a zaga do São Paulo Futebol Clube. A fama do Chicão era do "aqui ninguém passa..." pauleira mesmo. Ao ponto de um dia uma jovem reporter perguntar se ele não se achava meio exagerado na pancadaria e ele respondeu de forma definitiva, pra acabar com o teretetê: - Futebol é jogo pra macho..
Pois um dia de 74 nós estávamos assistindo a uma partida sofrida contra um time latino, que não me lembro se era Argentina ou Uruguai. Jogo catimbado, duro. Chicão no banco de reserva e o técnico de olho nas pancadas do adversário. Até que certo momento o técnico resolveu colocar o Chicão pra botar ordem na zaga.
Na casa do Chicão, nós na sala assistindo o jogo, pela primeira vez na casa do amigo Celita e a santa mãe deles, uma senhora alta, simpática e muito humilde, ficava enconstada no batente da porta que dividia a cozinha da sala, como se nós fóssemos os da casa e ela a visita arredia. Ela ali em pé, avental molhado, sempre enxugando a mão no avental para acalmar o nervo. Ali deve ter acumulado timidez, desespero pela partida e tudo mais. Nós de olho na partida e ela, sabe... coisa de mãe.
Eis que numa das primeiras bolas que o Chicão entrou dividindo, numa autêntica voadora, colocou no chão logo uns dois hermanos. E ele também, na voadora, acabou aterrissando dentro da lei da física. Nessa hora a santa mãe do Chicão, num insitinto de mãe colocou as mãos na cabeça e falou desesperada... Meu Deus... vão machucar meu Chiquinho...
Para a mãe, os carrascos são os outros e o filho é um santinho. Daí que: Mãe é Mãe...
Piracicaba-SP, ano de 1974, em plena Copa do Mundo, Brasil no meio, claro! Eu cursando agronomia na ESALQ-USP, morando no Bairro São Dimas e convivendo com a galera do bairro nas horas vagas. Ao lado da Igreja, na esquina, o Bar do Japa, quartel general do SDFC São Dimas Futebol Clube, amador daqueles dos caras levarem, cada um a sua, camisa de jogador para ser lavada em casa depois de cada partida. Depois de cada jogo, perdendo ou ganhando, concentração total do Bar do Japa, onde guardavam os troféus, para a prosa solta e cada vez mais animada com cerveja gelada.
Todos do time tinham seus apelidos - Abobrinha, Pão, Pica, Caçador, Celita e por aí vai...
Um dia até foram na disputa do Desafio ao Galo, em São Paulo, num desafio de perde, cai fora, transmitido pela TV Gazeta, a que era a cara do esporte, dividindo o ramo com a Band. Pois o Celita, além de goleiro do São Dimas, é irmão do famoso Chicão, zagueirão de vasto bigode, que defendeu por muito tempo a zaga do São Paulo Futebol Clube. A fama do Chicão era do "aqui ninguém passa..." pauleira mesmo. Ao ponto de um dia uma jovem reporter perguntar se ele não se achava meio exagerado na pancadaria e ele respondeu de forma definitiva, pra acabar com o teretetê: - Futebol é jogo pra macho..
Pois um dia de 74 nós estávamos assistindo a uma partida sofrida contra um time latino, que não me lembro se era Argentina ou Uruguai. Jogo catimbado, duro. Chicão no banco de reserva e o técnico de olho nas pancadas do adversário. Até que certo momento o técnico resolveu colocar o Chicão pra botar ordem na zaga.
Na casa do Chicão, nós na sala assistindo o jogo, pela primeira vez na casa do amigo Celita e a santa mãe deles, uma senhora alta, simpática e muito humilde, ficava enconstada no batente da porta que dividia a cozinha da sala, como se nós fóssemos os da casa e ela a visita arredia. Ela ali em pé, avental molhado, sempre enxugando a mão no avental para acalmar o nervo. Ali deve ter acumulado timidez, desespero pela partida e tudo mais. Nós de olho na partida e ela, sabe... coisa de mãe.
Eis que numa das primeiras bolas que o Chicão entrou dividindo, numa autêntica voadora, colocou no chão logo uns dois hermanos. E ele também, na voadora, acabou aterrissando dentro da lei da física. Nessa hora a santa mãe do Chicão, num insitinto de mãe colocou as mãos na cabeça e falou desesperada... Meu Deus... vão machucar meu Chiquinho...
Para a mãe, os carrascos são os outros e o filho é um santinho. Daí que: Mãe é Mãe...
sábado, 3 de outubro de 2009
Cobaia de Primeira viagem como blogueiro
Eu gosto muito da área cultural como um todo, mas sou um leitor razoável. Leio um pouco de tudo e escrevo meus rabiscos. Como atuo na profissão de Eng.Agrônomo, nos momentos de reciclagem através de palestras, tenho o hábito de anotar o que posso e depois passo tudo a limpo no Word. Depois que tudo está no Word, pela Internet, tenho o hábito de colocar os relatos para que os colegas tenham acesso. É uma forma de democratizar o acesso à informação.
Na área cultural, gosto de ir ao teatro, assistir espetáculos de dança, corais, música em geral (até lírica, por que não?). Também nas viagens, busco visitar museus, ler antes sobre o lugar e depois aproveitar ao máximo as visitas. Lazer e cultura juntos, sempre que possível. Assim tem sido. Alguns contos breves, eu escrevo, de quando em vez. Ainda na ativa na profissão, aos 59 de idade, quando me aposentar, que será logo, devo ter um pouco mais de tempo para rabiscar uns contos.
Para o blog, quando eu pegar o jeito, devo ir postando algumas coisas dos 6 cadernos manuscritos com apontamentos culturais de leitura, de visita a museus, de apresentações culturais e etc.e tal. Vamos ver. Abraço aos blogueiros!!!! Maringá - PR 03-10-2009
Na área cultural, gosto de ir ao teatro, assistir espetáculos de dança, corais, música em geral (até lírica, por que não?). Também nas viagens, busco visitar museus, ler antes sobre o lugar e depois aproveitar ao máximo as visitas. Lazer e cultura juntos, sempre que possível. Assim tem sido. Alguns contos breves, eu escrevo, de quando em vez. Ainda na ativa na profissão, aos 59 de idade, quando me aposentar, que será logo, devo ter um pouco mais de tempo para rabiscar uns contos.
Para o blog, quando eu pegar o jeito, devo ir postando algumas coisas dos 6 cadernos manuscritos com apontamentos culturais de leitura, de visita a museus, de apresentações culturais e etc.e tal. Vamos ver. Abraço aos blogueiros!!!! Maringá - PR 03-10-2009
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