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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TURISMO NOS LENÇOIS MARANHENSES (I)




     Viajamos direto de Natal-RN onde passamos uma semana, para São Luis do Maranhão e um dos objetivos era conhecer os famosos Lençois Maranhenses.       Para visitar os Lençois optamos por um pacote turístico de dois dias, com uma pernoite em Barreirinhas-MA que é o portal dos Lençois.    De São Luis a Barreirinhas são 260 km de asfalto bom, apesar de alguns trechos com muita lombada que na minha região é chamada de quebra-molas.   Isto principalmente perto de Morros, que é um município a 110 km de São Luis e 150 de Barreirinhas.     São quatro horas de Van, com uma parada para lanche em Morros.    Saimos cedo do hotel e fomos almoçar já em Barreirinhas.   Lá pegamos os veículos tipo caminhonete com tração nas quatro rodas, bancos na carroceria coberta com toldo e vamos cortar os areiões por uns 30 a 40 km, com uma balsa no percurso, para chegar aos Lençois.   É um conjunto imenso (deu para ver do avião) de dunas de areia e entre elas, nas águas se formam lagoas com água de chuva.  Água doce limpa e cristalina.    Dá para se banhar à vontade e em segurança.   
     Os Lençois ocupam uma área de 155.000 ha e me parece que abrange parte de três municípios da região.   Consta que chega a ter mais de mil lagoas no tempo das águas.    O povo local diz que lá é o único deserto em que a pessoa não morre de sede.
     O lugar é de deixar o turista de queixo caido de tão lindo que é.   Recebe turistas do Brasil e do mundo, que ouve falar e vai lá conferir.  Como vale a pena!
     Vale dizer que por questão de preservação ambiental os veículos que levam os turistas aos Lençois, deixam-nos à margem destes e o turista faz os passeios à pé, seguindo o guia e assim sendo aproveita os melhores lugares e mais seguros para apreciar a paisagem.    Fomos lá na parte da tarde e nesse caso é praxe se esperar o Por do Sol nas dunas.   No caso dos casais - novos ou nem tanto - voltam à condição de namorados, sentados na areia, contemplando um por de sol num capricho da natureza como é o local.   Não dá para esquecer jamais.

     No segundo capítulo vou abordar o Passeio pelo Rio Preguiça, que também parte de Barreirinhas e que no nosso caso foi feito no outro dia pela manhã.   Esse passeio é de barco (a voadeira) e também é muito lindo.   Vejamos no próximo capítulo.

                 orlando_lisboa@terra.com.br

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

TURISMO EM NATAL (RN) - DE BUGUE ATÉ GENIPABU (V)

                                                 
   


     Fizemos um pacote de um dia de passeio de Natal até as Dunas de Genipabu numa viagem de bugue, sendo dois casais de turistas e o motorista do veículo.    O passeio em sua maior parte foi por praia e caminhos fora de estrada, com  muita areia e bela vista para o mar.    Passamos inclusive ao lado da Fortaleza dos Reis Magos (de 1596) e pela famosa e moderna ponte estaiada (1.800 m) sobre o Rio Potengi.    Um passeio das oito às dezesseis horas.   
     Em Genipabu há lindas dunas das quais se avistam abaixo lagoas, áreas verdes, pequenos povoados beira mar e uma boa parte da costa marítima com belas praias.        Num local há tirolesas para o pessoal descer pendurados na corda até dentro de uma lagoa de água doce.    Lá em baixo a pessoa é resgatada pelo pessoal de apoio em um pequeno barco.     Para subir de volta, uma engenhoca com duas cadeirinhas, sobre trilhos, é puxada para cima com o que parece ser um motor de Brasilia.   Brasilia era um carro bastante popular nos anos 70-80.   Digo isto porque a Brasilia mais conhecida hoje é uma capital e seu nome soa meio de forma pejorativa por causa de alguns políticos....
     Em outro local do passeio também tem uma bela lagoa de água doce com lanchonetes e chalés até um pouco sobre a água rasa.   Pessoas tomam banho ou mesmo ficam nas cadeiras com os pés na água para sentir esse pedacinho de natureza mais de perto.     É uma forma de recarregar as energias.
     No percurso, passamos pela que o guia disse que era uma Balsa Japonesa.    Uma pequena balsa que cabia pouco mais que o carro para passar sobre um pequeno rio bem raso.  Coisa de uns dois metros de profundidade.    A balsa é movida KAVARA.     O balseiro usa uma vara comprida e com esta, tocando o fundo do rio, faz força e movimenta lentamente a balsa até o outro lado do rio levando sobre a embarcação o bugue e os viajantes.
     A região é tão concorrida e os passeios de bugue são tão disputados, que o pessoal dos bugues tem cooperativa e sindicato de classe.   Organização é muito importante e cooperação, idem.
     Em cima das dunas de Genipabu tem um empreendimento único em termos de Brasil.   Um empreendedor conta com cinco dromedários (aqueles de uma só corcova) para os turistas darem voltinhas de 15 minutos, puxados por um tratador para que haja segurança no passeio.    Achamos o preço muito salgado e só tiramos fotos e não vimos, no tempo que ficamos no local, ninguém pilotando os dromedários.  
     Depois de rodar no asfalto e na areia por bom tempo, ver monumentos históricos, natureza, praias, dunas, lagoas e tudo o mais, a volta para o hotel, sempre tomando o agradável vento no rosto num passeio de deixar saudade.   Valeu!!!

                              orlando_lisboa@terra.com.br

       (PS - Passeio de bugue:  180,00 por casal;  passeio de dromedário:  45,00 por pessoa por 15 minutos; almoço e lanches   N reais... vai longe)

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

CENTRO HISTÓRICO - NATAL - RN (IV)

   

                           Igreja Nossa Senhora da Apresentação - Natal - RN
                        foto by: http://www.flickr.com/photos/gleyse_vieira/sets/72157624340850516/detail/

     Como já havia dito, Natal-RN, além de praias, tem muita história.  Foi fundada em 1599.   Nas proximidades, tem a Fortaleza dos Reis Magos que é mais antiga ainda: 1596 e é uma raridade e é uma visita imperdível para quem gosta de história.
     Mas vamos ao centro histórico de Natal.     No dia do City Tour, passamos de Van pelas construções e o guia foi falando o básico sobre cada uma delas.     Num dos dias, depois da ida à praia, fomos por conta própria de Ponta Negra ao centro da cidade, onde se concentram os prédios históricos.  Optamos por ir de ônibus urbano e deu tudo certinho.    
     IGREJA DE NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO - Igreja construida em 1862, sólida e simples nos detalhes.   Batentes de pedra nas portas e janelas.   Paredes bem largas.    Consta que a imagem original foi achada no leito do Rio Potengi.   Esta igreja foi a primeira Catedral de Natal e agora que a cidade tem uma nova catedral, a imagem original foi levado para a nova.      Por outro lado, a Igreja de N.Sra.da Apresentação está em atividade normal com missas e tudo o mais.
     CENTRO CULTURAL - FOLCLORE  -   O Centro Cultural, ao lado da igreja citada acima, tem como patrono o grande folclorista potiguar Luis Câmara Cascudo.    Devemos a ele a catalogação de muitas coisas da arte popular do nordeste.     Havia muita arte expressa de forma oral e ele catalogou muito disso, caso contrário haveria se perdido no tempo.    Eu mesmo li de sua autoria o livro Vaqueiros e Cantadores, que retrata os embates dos repentistas do passado como Cego Aderaldo, Inácio da Catingueira e outros.   Uma joia da cultura popular.
     Visitamos o Centro Cultural que estava expondo peças com ênfase no Mês do Folclore, que ocorre em agosto.    O prédio do Centro Cultural é um casarão da época do Brasil Colonial.   
     IGREJA DE SANTO ANTONIO -  Datada de 1766   -   Um prédio muito bem conservado, tendo ao centro a igreja em si, do lado direito um pequeno museu sacro com várias peças interessantes, porém com poucos detalhes sobre os mesmos.    Poderia haver mais legendas para facilitar a apreciação das peças.   Mas já é um avanço haver o museu aberto ao público, por outro lado.
     Do lado esquerdo da Igreja de Santo Antonio fica um convento em atividade.     A Igreja de Santo Antonio também é conhecida por Igreja do Galo, pois tem uma figura da ave que é um símbolo em Portugal, colocada acima do topo da torre da igreja.
     ANTIGO PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE -   Datado de 1868, muito bem conservado, aberto à visitação pública.      Um prédio amplo, de frente para uma praça, com acervo interessante, desde mobiliário até obras de arte regionais.    Está mobiliada inclusive a sala que foi o gabinete do governador no passado.      Tem em uma de suas salas uma pinacoteca, com telas de artistas locais de diversas épocas.
     PRÉDIO HISTÓRICO DA PREFEITURA DE NATAL -   O prédio fica na esquina da mesma praça do antigo Palácio do Governo.   No prédio da prefeitura funciona ainda a sede do governo municipal da cidade, sendo o prédio bem conservado pelo que se vê pelo lado de fora.   Não visitamos a prefeitura por dentro, no horário de expediente ao público.
    PRÉDIO DA CAPITANIA DAS ARTES  -   Era o prédio da Capitania dos Portos e depois foi restaurado e destinado a atividades culturais.   Um prédio muito lindo, por sinal.     
    Como os prédios históricos ficam muito próximos entre si, em duas horas dá para visitá-los todos com algum detalhe e vale a pena.    

                 orlando_lisboa@terra.com.br

TURISMO EM NATAL - RN - PARTICULARIDADES (III)

   

Palácio Felipe Camarão - sede da Prefeitura de Natal-RN

  Natal fica num ponto estratégico da América do Sul, sendo o de menor distância em relação à África.   Por esta razão, na época da segunda guerra mundial, os americanos construiram uma grande base aérea para servir de suporte à seu arsenal.     Consta que Natal fica mais perto da costa da África do que de Curitiba, por exemplo.      Em razão dessa base aérea, ainda o aparato da Aeronáutica em Natal é bastante significativo.    Eles têm inclusive um local de lançamento de foguetes chamado de Barreira do Inferno.    Diz o guia que o nome viria dos pescadores que, olhando para a costa na região da estação de lançamento, o morro vermelho dava um brilho forte de atrapalhar a vista, parecendo que estava pegando fogo e então, Barreira do Inferno.
     Área Preservada pela Aeronáutica -   Há colada à cidade de Natal uma imensa área preservada com suas matas e dunas, totalizando 1.172 ha (segundo o guia), e esta seria a segunda maior área verde em zona urbana, só perdendo para a Floresta da Tijuca no Rio de Janeiro.     O Morro do Careca, que é um cartão postal de Natal está numa área de Preservação Permanente, sob controle militar.   As pessoas, há quinze anos, estão impedidas de entrar na duna do Morro do Careca, visando a preservação do mesmo.
     Voltando à base aérea, consta que ao final da Guerra Mundial (1945) Natal teria ao redor de 60.000 habitantes e quando os americanos desativaram suas ações na base, ao redor de 2.500 americanos optaram por permanecer morando em Natal-RN.   Um contingente grande em relação à população local.
     Atualmente Natal teria ao redor de 800.000 habitantes e é a única capital com menos de 1 milhão de habitantes que vai sediar jogos da Copa do Mundo 2014.    Pelo porte do seu estádio - a Arena das Dunas, com capacidade para 44.000 torcedores, só comporta jogos da primeira fase (4 jogos).    Lá os dois times da capital e conta com dois times na série C do Campeonato Brasileiro, sendo o ABC e o  América, ambos lá em baixo da tabela.
     Sobre o futebol, o guia brincou:   Nós aqui desmanchamos um estádio que tinha capacidade para 40 mil torcedores e foi construido no lugar um novo com capacidade para 44.000 torcedores.   Tipo trocar seis por meia dúzia.
     Rodovia BR 101, que liga o Nordeste com o Sul do Brasil.   Dito que liga o Ó Xente com o Chê, do RN ao RS.
     Terra do grande folclorista Luis Câmara Cascudo, que tem um museu no centro histórico em homenagem ao mesmo.     Também terra de Augusto Severo, que seria contemporâneo de Santos Dumont e é considerado por eles um heroi regional, tendo projetado e construido vários dirigíveis que inclusive voaram em Paris, o local onde os inventos eram consagrados.    O heroi morreu na explosão de um dos seus balões por lá.
     A cidade tem belas construções históricas, principalmente do tempo do Brasil Colônia, já que foi fundada em 1599.    Belas Igrejas, Museu Sacro, Palácio do Governo, Capitania dos Portos e outros prédios da época.
     Na parte moderna, belos edifícios e o Shopping que tem como âncora a Riachuelo que é da região, cujo grupo empregaria no Brasil ao redor de 20.000 pessoas.   Visitamos o Shopping que é bastante amplo e moderno e tem um teatro (Teatro Riachuelo) com capacidade para 1.500 pessoas.   
     Em resumo, Natal tem muito mais que sol e mar.   Tem praias, tem áreas preservadas, lindas dunas, um importante centro histórico, um conjunto imponente de edifícios e ótima rede hoteleira.

              orlando_lisboa@terra.com.br



terça-feira, 27 de agosto de 2013

TURISMO EM NATAL - RN - CITY TOUR (II)




fonte das fotos:


    O nosso city tour não nos levou à parte central da cidade de Natal que data de 1599.   Nós fizemos uma visita ao centro histórico da cidade em outro dia, que será narrado em outro capítulo.     O que vimos no city tour então, saindo de Ponta Negra  (pedras negras na praia - arrecifes de corais), foram a Fortaleza dos Reis Magos (de 1596) - Patrimônio Histórico Nacional, o Rio Pirangi com sua moderna ponte estaiada, o maior cajueiro do mundo e uma visita ao Shopping do Artesanato regional.
     A Fortaleza dos Reis Magos é uma construção na areia da praia, onde esta recebe a foz do Rio Pirangi.   Tem paredes maciças de 14 metros de largura, feitas de pedras e é aberta à visitação.   Para quem gosta de história, é algo imperdível.   Tem os canhões na parte superior e na parte interna tem capela, dependências, celas, etc.     Para subir à parte onde ficam os canhões, há a escada do "Menos Um".   Consta que em caso de invasão, os soldados da guarda dos canhões ficavam de tocaia no topo da escada e de surpresa atacavam os invasores que estavam quase completando a subida da escala e estes despencavam num tombo fatal.   Menos um...
     PONTE ESTAIADA NO RIO POTENGI  -  O Rio Potengi seria o rio que tem caranguejos na linguagem indígena e o povo Potiguar (como se chama o povo do Rio Grande do Norte) seria o povo que come caranguejo, na linguagem indígena.      Muito perto da Fortaleza se avista a Ponte Estaiada bem moderna, que tem um vão em elevação para o meio, para permitir a passagem de navios pelo local.  Essa parte mais elevada (ao redor de 59 metros) é estaiada, ou seja, tem aqueles cabos de aço enormes que ajudam a dar sustentação aos blocos de concreto da ponte.    Um contraste interessante entre a fortaleza de 400  anos e a ponte de menos de dez anos.    A ponte tem uns 2.000 metros.
     O MAIOR CAJUEIRO -   Um só cajueiro, por uma anomalia genética, cresceu e ocupa uma área aproximada de 8.200 m2. e virou um parque ecológico, devidamente cercado, com portal, vigilância e passarelas para se caminhar por baixo da árvore.    Há também um mirante de madeira sendo que o turista subindo no mirante enxerga todo o cajueiro, seu entorno e o mar logo ali do lado.    Muito interessante.  
     Eu que gosto muito de história, só a Fortaleza de 1596 já valeu o passeio do city tour.

TURISMO EM NATAL - RN - PRAIA DA PIPA (I)

  

   Passamos seis dias (agosto-13) em Natal-RN e região passeando, curtindo a cidade, as praias, os aspectos históricos da cidade e anotei alguns aspectos pitorescos na versão dos guias turísticos locais.
    Num resumo inicial, ficamos em Ponta Negra, que concentra os hoteis turísticos à beira mar e visitamos por dois dias a praia da Pipa, um dia visitamos Jenipabu e no city tour visitamos inclusive o maior cajueiro do mundo (está no Guinnes Book), o centro histórico da cidade que é de 1599 e a Fortaleza dos Reis Magos, patrimônio histórico, datada de 1596.
     Vamos aos destaques que anotei durante a viagem.    
     PRAIA DA PIPA     teria esse nome por causa dos portugueses terem visto no mar costeiro uma pedra que se parecia com um barril ou pipa.  Assim teria ficado Praia da Pipa.   Versão do guia local.
     Do aeroporto até a praia da Pipa que fica no município de Tibau-RN são ao redor de 80 km de asfalto, passando inclusive dentro de Goianinha.   Estradinhas estreitas, mas sem buracos.     Chegamos na pousada pela meia noite, cansados.   No outro dia cedo fomos ver a Praia do Centro.   Acho que não dá mil metros de praia e logo tem falesias - paredões sem acesso por terra à esquerda.   À direita, andando na maré baixa, desviando das pedras pretas, dá para se chegar a outra prainha que deve ser a Praia dos Sonhos.   Vimos essa prainha de longe mas não fizemos a caminhada à pé até lá.  
     A praia do Centro, de Pipa, tem uma faixa de areia pequena na maré baixa e na alta, a água chega quase até os barzinhos da orla.    Barzinhos que não podem ter WC segundo um deles informou, por questão de ficar muito próximo do mar, sem esgoto.   Tomar cerveja por lá, não sei como - ou se virar na água.   
     A paisagem é bonita, mas o banhista não consegue quase entrar na água porque no "piso" tem muita pedra daquelas tipo arrecife.    Tentei e quase não consegui sair do lugar.   É como andar no escuro, andar num lugar que havia areia e de repente surgem lugares cheios de pedras.    Seguir qual rumo?
     Então fica assim.    A praia é bonita, mas não "dá praia" para banhista.  
     Resta colocar na programação a visita à Baia dos Golfinhos.    Como nós não conhecíamos esses detalhes acima, a idéia era chegar à noite, passar o outro dia descansando da viagem na Praia da Pipa e no outro dia voltar para Natal-RN, como fizemos.   Só que não incluimos a visita à Baia dos Golfinhos que segundo consta é perto, se vai de barco e daria mergulhos em lugares rasos, com piscinas naturais.  Então pode ser que "fomos" e não "fomos" em Pipa, isto se o melhor estava na Baia dos Golfinhos.  
     Consta que em Pipa teria sido gravado cena ou cenas da novela Flor do Caribe.    Claro que isto ajuda a chamar turistas.     Em resumo o passeio completo seria a Praia do Centro - Pipa e a visita de barco à Baia dos Golfinhos.
                                                 orlando_lisboa@terra.com.br 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

MINICONTO DO MEU JEITO - SUPER PAI



                         A ilustração - by:   www.oiwo.com


   Autor:   Orlando Lisboa de Almeida

Pai, cem pratas pra balada.   O pai, gerente de banco, cinco filhos estudantes e mesadeiros:  Sou mais que pai, sou um super pai, um verdadeiro "paiaço".

(Dando nome ao pai:  Hirofumi Sato, BB, Umuarama-PR, anos 70)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

MEMÓRIA DO PARQUE DAS AMÉRICAS – MAUÁ – SP

MEMÓRIA DO PARQUE DAS AMÉRICAS – MAUÁ – SP   (ANOS 60/70)

             Orlando Lisboa de Almeida         orlando_lisboa@terra.com.br


     Tenho dito que cheguei aos 11 em Mauá no ano de 61.      Digamos que lá pelo ano de 1965 já dava umas voltas pela vizinhança.    Já fiz uma crônica sobre as Avenidas Rio Branco e Avenida Itapark dos anos 60,  no que consegui me recordar.   Desta vez, vou pegar o trecho de onde tem o viaduto da Saudade, cujo nome se liga à Avenida da Saudade, na Vila Vitória, que passa pelo cemitério com o mesmo nome.   Por falar nisso, bom lembrar que em frente ao Cemitério da Saudade tinha um quarteirão desocupado e lá era o campo de futebol do Vila Vitória, time amador de grande tradição na Vila.    Nos domingos, campo sem gramado, tinha jogo quase o dia todo.   Não tinha como maltratar o gramado.
     Voltando à rua que segue ali pela Indústria Pigmentos (Uniroyal) no rumo do Jardim Santa Lídia e na sequência, Parque das Américas.    À direita da rua, a linha do trem que não era cercada no passado.    Havia no trecho entre o local de onde hoje tem o viaduto, até lá perto da Porcelana Real, ao menos três pontos onde os pedestres atravessavam a linha para ir à Vila Vitória.   Um local era para ter acesso à Avenida da Saudade, outro era um pouco depois da Indústria de Pigmentos e o terceiro era lá perto do Bar do Carlão, já bem perto da Porcelana Real.     Lembrando que o Córrego Tamanduateí passa por ali e então era atravessar a linha do trem e a pinguela sobre o córrego, que já era  bem poluído, inclusive com pó branco da louça da Porcelana Real.
     Após a Pigmentos, a rua tinha do lado direito a linha do trem e do lado esquerdo, uma série de casas de alvenaria bem antigas, cujas paredes eram na divisa com a rua.  E por ali, um lugar baixo, perto do córrego, bastava chover para ficar um punhado de dias cheio de poças  de água.     E tinha até um senhor que criava um pequeno rebanho de cabras nesse trechinho de rua, bem perto da Pigmentos.   Era a Mauá de 30.000 habitantes dos anos 60.
     A cidade era povoada mesmo até o Jardim Santa Lidia nesse trecho, digamos até a direção da Porcelana Real.     Depois da Porcelana, seguindo no rumo de Ribeirão Pires, ainda havia muito verde, chácaras diversas, quase nada de casas e comércio.   Era o Guapituba, quase uma zona rural.
     Voltando ao trecho da Pigmentos seguindo rumo ao Santa Lidia, como foi dito, após a Porcelana Real, onde hoje é o Parque das Américas, era mato e córregos.   Mato que se estendia à frente e à esquerda e se ligava ao Mato da Aliança, lá pelos lados da Avenida Itapark, na curva desta, depois do Falchi e Jardim Salgueiro.
     Por falar em mato e córregos, às vezes eu ia por lá cortar capim para o cavalo que meu pai mantinha na Vila Bocaina nesse tempo.    Pois tinha no local onde hoje é o Parque das Américas uns córregos pequenos e bem rasos, de água cristalina na qual se via com muita freqüência, os girinos dos sapos, nadando em bando.   E chegamos a ver, para nossa surpresa, pequenos camarões de água doce, de aproximadamente um centímetro e meio.    Até então não sabia que havia camarão que vive na água doce.   Hoje por lá os córregos devem estar poluídos e canalizados, mas é o preço da ocupação, se bem que na atualidade a lei exige que se preserve os chamados Fundos de Vale, para preservar a água, a flora e fauna.

     Suponho que foi no início da década de setenta que abriram o loteamento do Parque das Américas e aquilo foi um furor.   Num instante a mata foi sendo ocupada por casas e mais casas, o comércio foi florescendo também por lá e em poucos anos o lugar tomou a forma  que evoluiu para o que temos na atualidade.     Não é à toa que, segundo dados da  Prefeitura de Mauá, em 1950, a cidade tinha 9.472 habitantes; em 1960, 28.924 habitantes; em 1970, 101.726 habitantes e 1980 eram 206.700 habitantes.   Grosso modo, triplicou de 50 a 60, também triplicou de 60 a 70 e duplicou de 70 a 80.    A olhos vistos, até 1970 a cidade se espalhava pelas partes mais baixas e começava a se expandir pelas encostas dos morros, mas os morros em geral ainda eram cobertos pela mata.   Se via isso olhando do centro para o lado do Magine, na entrada do Zaíra, para os morros da esquerda e direita e assim por diante.   Depois as moradias escalaram os morros e não sobrou lugar nem para os córregos correrem sossegados.   Como diria o personagem Chicó:    “Só sei que foi assim”.           

domingo, 4 de agosto de 2013

RECORDANDO MAUÁ - SP DOS ANOS 60





CAMINHANDO À PÉ PELAS AVENIDAS RIO BRANCO E ITAPARK EM 1965
         Orlando Lisboa de Almeida        orlando_lisboa@terra.com.br
Eu morava na Vila Bocaina em Mauá-SP nessa época.    Vamos dar uma pequena caminhada no tempo para relembrar um pouco das lembranças que tenho desse percurso da Estação de Mauá até onde eu morava, que ficava ao lado de onde tinha um tanque do lado direito da Avenida Itapark, após o chamado barrancão.    Percurso tentando resgatar como era esse percurso visto no dia-a-dia da época.     A Avenida Rio Branco já era feita com calçamento de paralelepípedos (pedras justapostas), que eram comuns nas pedreiras de Mauá da época.  Era calçada porque fica na região central e por ser “corredor” de ônibus urbano.   A Avenida Itapark que segue na continuação da Avenida Rio Branco ainda não tinha nem calçamento.  Era chão batido mesmo.   Poeira quando estava seco e barro nos tempos das chuvas e garoas.  E olha que garoava em Mauá quando tinha muito mais mata por lá.
     Então vamos andando.   A Estação era e deve ser quase o marco zero da nossa cidade e ao lado dela tinha o Ponto de Taxi número 1.   Os carros pretos mais antigos já estavam sendo substituídos pelos DKV Vemag se minha memória não falha.    Na Rio Branco, quarteirão da Estação, havia casas “amarelas” da RFFSA Rede Ferroviária Federal S.A.   Casas dos empregados da Estrada de Ferro, cada uma com o recuo da rua, jardim na frente, espaço nas laterais e quintal.  Coisa rara na Mauá de hoje.
     Ainda nesse primeiro quarteirão, do lado oposto à Estação, ficava a garagem da Turismo Bozatto, cujos ônibus usualmente faziam principalmente as linhas fretadas de levar os trabalhadores às grandes indústrias da região.
     Em seguida, a Concha Acústica da Praça XXII de Novembro e logo em seguida, uma ponte sobre o Rio ou Córrego Tamanduateí que nesse ponto saia do terreno da ferrovia e passava pela Praça XX de Novembro e seguia adiante.    Na praça, dos dois lados do córrego, carreiras de Chorão, aquelas árvores de galhos pendentes quase até o chão. 
     Ao lado da praça, os pontos de ônibus para ligar o trem com o acesso aos bairros.
     Seguindo a Avenida Rio Branco, logo após a praça, do lado direito, espaço da calçada, só que em chão batido, havia uma barraquinha de vender doces.   Era uma barraca pra lá de tosca e nunca me encorajei de comprar algo lá, mas a barraca era parte da paisagem.    E por ali a Rio Branco segue meio que divisando com a ferrovia e havia uma cerca de tela que sempre tinha lugares com cipó de flores azuladas ou violetas, planta silvestre, que estava sempre presente na cerca.   Do outro lado da cerca (hoje é tudo muro) se via o Córrego que tinha em sua margem o chamado Capim Fino, muito comum na beira da água na região.
     As casas de moradia e comércio desse lado da Avenida Rio Branco começava pelo Bar do Avelino.    Seguindo um pouco mais, antes do que hoje é o viaduto da Saudade, do lado direito de quem sobre centro-bairro, havia um grupo de casas de alvenaria muito antigas e uma delas era dos Brancalion.   Lá morava o Laercio Brancalion, nosso conhecido.   Por ali tinha o Mercado do Delpoio e mais algum comércio.   Nesse trecho antes do atual viaduto, do lado esquerdo, tinha um barranco elevado e havia o resto da construção de uma estrutura que me parece que foi de uma pedreira.   Ali haveria no passado uma máquina britadora de pedras.
Logo em seguida, à direita, a quase chácara onde moravam duas senhoras da família Pantano, ambas doceiras.   Faziam divisa com o terreno onde ficava a Indústria Brasileira de Pigmentos, que soltava uma fumaça carregada de enxofre que era o Caldeirão do Capeta.   A fábrica ficava abaixo do nível da Avenida (que ali já seria Itapark, eu acho) uns oito metros e a fumaça saia das chaminés lá em baixo e pegava a gente passando  à pé na avenida, no maior sufoco.  No tempo chuvoso ou de garoa ficava mais difícil a fumaça subir e sufocava mais ainda.    Nem mato nascia no barranco do lado esquerdo da avenida ao lado da Pigmentos.
     Terminando o terreno da Pigmentos, à direita, havia um local onde nasciam pequenas nascentes (atual mercado Onitsuka, suponho) e eram terrenos baldios, com caminhos para passar à pé.   Era o caminho mais comum para quem ida da Vila Bocaina à Porcelana Real.
     A Rua General Osório, que desce do Viscondinho até a Avenida Rio Branco nesse trecho era de chão batido.   Nem calçamento de paralelepípedo tinha, pois por ali não passava ônibus.
     Depois vinha o Depósito de Materiais de Construção do Coppini, Bar do Renzo com o campo de bocha, bem frequentado pela terceira idade da época.    Em seguida, o Barrancão, sendo que houve corte de barranco no passado (ali seria trilho de vagões para transporte de pedras em outros tempos) e a Avenida Itapark passava pelo trecho com alto barranco dos dois lados.  Em seguida, umas casas do lado direito e um tanque que teria surgido quando aterraram o local para ficar plano e então represou a baixada do lado direito, formando o tanque.  Quando eu conheci o local, já tinha o tanque que posteriormente foi aterrado e chegou a ser pátio de uma Companhia de Limpeza Urbana.     A Pioneira, que meu mano, pelo odor que o local tinha, chamava a empresa de “Pioieira”.      
     Nesse percurso passava ônibus e seguia adiante rumo ao Falchi e outros bairros, contornando à esquerda lá na frente, passando por outros bairros até sair na Avenida Barão de Mauá lá no rumo de quem vai para o Itapeva.    
     Em resumo, esse era um cenário que tínhamos na época em que eu tinha lá pelos 15 anos de idade e ia à pé da Rua Duque de Caixas, quase esquina com a Avenida Itapark, até o Viscondão, num percurso de uns dois ou mais quilômetros, com poeira, barro e muita garoa e ruas não tão iluminadas.   Foi um período duro, mas foi uma fase da juventude onde as amizades foram formadas e valeu a pena tudo isso, com toda certeza.