Fizemos um pacote de um dia de passeio de Natal até as Dunas de Genipabu numa viagem de bugue, sendo dois casais de turistas e o motorista do veículo. O passeio em sua maior parte foi por praia e caminhos fora de estrada, com muita areia e bela vista para o mar. Passamos inclusive ao lado da Fortaleza dos Reis Magos (de 1596) e pela famosa e moderna ponte estaiada (1.800 m) sobre o Rio Potengi. Um passeio das oito às dezesseis horas.
Em Genipabu há lindas dunas das quais se avistam abaixo lagoas, áreas verdes, pequenos povoados beira mar e uma boa parte da costa marítima com belas praias. Num local há tirolesas para o pessoal descer pendurados na corda até dentro de uma lagoa de água doce. Lá em baixo a pessoa é resgatada pelo pessoal de apoio em um pequeno barco. Para subir de volta, uma engenhoca com duas cadeirinhas, sobre trilhos, é puxada para cima com o que parece ser um motor de Brasilia. Brasilia era um carro bastante popular nos anos 70-80. Digo isto porque a Brasilia mais conhecida hoje é uma capital e seu nome soa meio de forma pejorativa por causa de alguns políticos....
Em outro local do passeio também tem uma bela lagoa de água doce com lanchonetes e chalés até um pouco sobre a água rasa. Pessoas tomam banho ou mesmo ficam nas cadeiras com os pés na água para sentir esse pedacinho de natureza mais de perto. É uma forma de recarregar as energias.
No percurso, passamos pela que o guia disse que era uma Balsa Japonesa. Uma pequena balsa que cabia pouco mais que o carro para passar sobre um pequeno rio bem raso. Coisa de uns dois metros de profundidade. A balsa é movida KAVARA. O balseiro usa uma vara comprida e com esta, tocando o fundo do rio, faz força e movimenta lentamente a balsa até o outro lado do rio levando sobre a embarcação o bugue e os viajantes.
A região é tão concorrida e os passeios de bugue são tão disputados, que o pessoal dos bugues tem cooperativa e sindicato de classe. Organização é muito importante e cooperação, idem.
Em cima das dunas de Genipabu tem um empreendimento único em termos de Brasil. Um empreendedor conta com cinco dromedários (aqueles de uma só corcova) para os turistas darem voltinhas de 15 minutos, puxados por um tratador para que haja segurança no passeio. Achamos o preço muito salgado e só tiramos fotos e não vimos, no tempo que ficamos no local, ninguém pilotando os dromedários.
Depois de rodar no asfalto e na areia por bom tempo, ver monumentos históricos, natureza, praias, dunas, lagoas e tudo o mais, a volta para o hotel, sempre tomando o agradável vento no rosto num passeio de deixar saudade. Valeu!!!
orlando_lisboa@terra.com.br
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