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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FORTALEZA - PRAIA DE CANOA QUEBRADA (VI)


                     crédito da foto:   site baixaki

     A praia de Canoa Quebrada fica distante ao redor de 170 km de Fortaleza e o acesso é por asfalto, no sentido sul da costa.  Fica no município de Aracati-CE.   Para ir lá passamos inclusive pelo município de Cascavel-CE.   Pouco mais de duas horas de ônibus fretado, com conforto e a eficiência do Guia Ávila, que conhece tudo do ramo e da região.
     No local onde fica a praia de Canoa Quebrada tem um povoado cujo centro tem a Avenida Broadway e isto é uma curiosidade local.  Fotos mil do lugar e da placa que fica num pedestal alto e bem visível.
     A Praia de Canoa Quebrada tem as chamadas falésias, que são aqueles barrancos típicos, com um tipo de solo arenito agregado formando paredões naturais com cores variando do marron escuro ao cinza, passando para tons de amarelo e chegando ao branco.    Muito interessante.    Por lá o pessoal faz aqueles artesanatos colocando areia colorida em vidros com paisagens formadas pelos diferentes tons da areia.  
     Próximo à praia são vistos moinhos de vento (usinas eólicas) modernos, cujas pás que rodam tem o comprimento de 35 metros de raio, formando um diâmetro total de 70 metros.    Pás que giram sobre uma estrutura de 100 metros de altura, segundo consta.
    São poucas barracas na praia, mas são suficientes para atender o público que por lá aparece para curtir o ambiente lindo por natureza.    As barracas (restaurantes) servem pratos variados, sendo que os peixes e lagostas são parte integrante do cardápio, sempre produtos frescos pescados na região.
     Há opção de passeio de jangada, além dos tradicionais banhos de mar na praia que é muito limpa e tem a areia de cor amarela.
     Num paredão da falésia perto da barraca, um conjunto de símbolos esculpidos na rocha arenosa, sol e lua, que segundo consta estão ligados à cultura árabe e a crença em Maomé e a respectiva religião.   Tem uma colônia árabe na região de Fortaleza, sólida e influente no mundo dos negócios.    Os Jereissati, segundo o guia, são descendentes de árabes, por exemplo.
     O lugar é pequeno e tem uma colônia de pesadores que atuam na região.    Vimos um pescador e sua família limpando duas arraias de uns 6 kg de peso e uns 40 cm de diâmetro, sendo limpas para serem preparadas para as refeições dos turistas.     Por sinal, havia turistas do Brasil e do exterior por lá.
     Gostamos muito da praia de Canoa Quebrada e achamos que valeu a pena pular meio cedo da cama no hotel, tomar um café da manhã reforçado e em seguida pegar na frente do hotel o ônibus fretado rumo à praia.   

                   orlando_lisboa@terra.com.br     




quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

TURISMO EM FORTALEZA - PRAIA DO MUNDAU (V)



     Sob a batuta do guia Heraldo, fizemos a viagem em ônibus fretado com destino ao município de Trairi-CE, distante ao redor de 150 km de Fortaleza.    Valeu a viagem até lá, pois a praia que recebe o nome do Rio Mundaú que no local desagua no mar, é muito linda.    Linda e tranquila por ficar um tanto mais retirada da capital e assim menos acessível ao turista um pouco mais comodista.   Valeu até levantar meio cedo no hotel, tomar o café reforçado e esperar o ônibus de turismo nos pegar no hotel com destino a Mundaú.
     Tem um belo Resort beira mar e os turistas, dependendo do pacote adquirido, podem ter acesso a alguns itens do Resort, inclusive para tomar refeições e o serviço de bar, etc.
     Um dos itens indispensáveis no passeio a Mundaú é o passeio no catamarã, que é um tipo de barco de piso reto, laterais baixas, relativamente largo e amplo, que comporta uns 50 turistas por vez.    Embarcação para águas mansas como as do Rio Mundaú que desce suave até o mar, passando por manguezais onde avistamos de muito perto muitos caranguejos no mangue à beira do rio.
     Para ir até o local onde embarcamos no catamarã, os turistas embarcam num caminhão com bancos na carroceria de madeira, imitando os famosos paus-de-arara do passado, que transportavam os nordestinos em enormes viagens fugindo da seca ou migrando para o sul.    O trajeto no pau-de-arara é de alguns minutos, mais para sentir o exotismo do tipo de transporte.   Muito legal.    E tem o contato interessante com os povos nativos do lugar que muito bem recebem os turistas.
     O lugar sendo também uma colônia de pescadores, tem muitas jangadas com as quais os pescadores saem para pescar e mais recentemente, alguns fazem uns extras levando turistas para um passeio de jangada que é sempre muito interessante.   É botar colete salva-vidas, roupa de banho (que espirra água das ondas de vez em quando), filtro solar sempre e tudo muito seguro.  Belas fotos, principalmente tiradas por quem fica em terra.   Tendo cuidado com a câmera e esta não sendo muito sofisticada, pode ser que dê para arriscar levar à bordo.   No meu caso, optei pela foto feita pela torcida que ficou em terra.
     Dunas lindas, apesar de não muito altas, com coqueiros nas mesmas e na região.    Pés de coco, de manga, de caju, este bastante típico da região.
     Na volta à capital, um show na Lupus Bier, uma casa de shows muito ampla e moderna, onde jantamos assistindo um show com os stand up Adamastor Pitaco e Rosicléa.    Os nordestinos são ótimos para receber turistas e craques como ninguém no humor.     E como costumo dizer:  A vida sem humor perde muito do valor.          Recomendo.

                 orlando_lisboa@terra.com.br

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TURISMO EM FORTALEZA (IV) - MORRO BRANCO



  Photo by:  http://guiadolitoral.uol.com.br/fotosdepraia-beberibemorrobranco-ce-1294.html

  Na noite anterior ao passeio até Morro Branco, visitamos um prédio muito antigo e muito bem conservado que outrora foi uma prisão e agora funciona como um mercado de artesanato.  As paredes do prédio devem ter mais de meio metro de largura.  Lindo o prédio e lindos os artesanatos locais.   Compramos inclusive umas camisetas com desenhos feitos com a arte da xilogravura, tipo que se usava para ilustrar os livrinhos de cordel.   Entalha-se na madeira em relevo o que se quer do desenho e depois passa tinta nessa tabuinha esculpida e ao colocar a mesma como se fosse carimbar a camiseta, sai o desenho feito pela tinta e os relevos.   Muito interessante.   Vejam um exemplar abaixo.

  Gravura de: http://blog.teatrodope.com.br/2007/05/09/literatura-de-cordel-xilogravura-temas-e-ensino/

     A praia de Morro Branco tem falésias, que são paredões de um tipo de rocha arenosa colorida, com vários tons de cores, do branco, para o cinza, para o amarelo, vermelho, marron.     
     A praia, como as demais é muito linda.    Alugamos um bugue e demos voltas pelas dunas e fomos até uma lagoa de água doce.   Um passeio muito agradável, com paisagens especiais.   Sol sim, mas sempre um ventinho leve, refrescando o ambiente.
     No almoço optamos por um peixe chamado pargo assado, que estava do nosso gosto.   Muito bom!   Muitos estrangeiros por lá na ocasião, tanto que numa mesa com bastante gente do nosso lado, uma turma de franceses, em outra, uma turma de coreanos.    Muita gente do próprio nordeste passeando e também do sudeste e sul.   O Brasil passa por lá, já que sol e mar são garantidos de segunda a segunda, quase sempre.
     Consta (diz a guia) que por lá gravaram episódios de No Limite, aquele que foi ganho por uma cabeleireira, há tempos.   Foi cenário de um dos filmes do Renato Aragão e alguns outros programas de TV.
     Morro Branco porque os pescadores se afastavam bastante da costa, em alto mar para a pesca e de longe só viam as pontas das dunas, bem branquinhas e então ficou Morro Branco.    Lá tem um dos raros Faróis de orientação náutica feito com a torre quadrangular e não circular como as usuais.  (Guia Regina Lima).
     No trajeto de ônibus de Fortaleza a Morro Branco, ainda na capital, passamos pela casa onde nasceu José de Alencar, que era filho de um religioso.      O passeio sempre tem o lado de descanso, praia com sol e mar e também dá para dar uns pitacos para conhecer um pouco mais da cultura local.    E o Nordeste é muito rico em Natureza e Cultura.


domingo, 9 de dezembro de 2012

TURISMO EM FORTALEZA - PRAIA DO CUMBUCO (III)


   
     crédito da foto:    http://www.meuceara.com.br/praia-de-cumbuco-caucaia-ce/

     Fiz um texto sobre a visita a esta praia na matéria logo abaixo.    Abraço a todos e haverá ainda matéria sobre as praias de Morro Branco, Mundaú, Canoa Quebrada, Lagoinha.

                orlando_lisboa@terra.com.br

       

TURISMO EM FORTALEZA (III) E CUMBUCO

     Tivemos a sorte de contar com guias de turismo de alto gabarito em Fortaleza e um deles foi o Ávila, que deu uma boa panorâmica da vida da cidade e da região.
     No Centro de Fortaleza tem o Palácio da Abolição, que é a sede administrativa do governo do estado.  Ao lado do palácio tem uma obra de arte da arquitetura que é o Mausoleu a Castello Brannco, marechal que foi presidente do Brasil no tempo do governo militar.     Eu até já fiz um comentário no blog, específico sobre esse mausoleu porque tem um estilo sui generis:    o prédio é todo apoiado em um só lado e se expande "no ar" a meia altura do solo e conta com um espelho d´água em baixo e dormentes assentados em volta com um rejuntado de pedras, para simbolizar a caatinga na seca.    Depois tem um gramado verde que representa o agreste mais úmido e cheio de vegetais.    O arquiteto que bolou a obra é do Rio de Janeiro, com passagem pela Itália e premiado no ramo.   Vale fazer ao menos uma busca pelo Google em nome do Mausoleu a Castello Branco e conferir as fotos.  (seriam 36 metros de obra suspensas por um só lado)
     Consta que no sertão cearense há muitos minerais raros, sendo que a região é muito antiga geologicamente e há muitos lugares cuja altitude é abaixo do nível do mar.    Consta que há pequenos terremotos frequentes nessa região.
     No calçadão da praia de Iracema, um monumento inusitado em forma de um tique com caneta ao conferir algo num texto.   A parte menor do tique de tubo-monumento é preta e a maior, branca e simbolizaria o tratamento do esgoto da cidade.   Preto para a fase antes do tratamento e o branco para o esgoto já tratado.   Mas o guia diz que as más linguas chamam o monumento de chifrão.   

http://nikipiadia.blogspot.com.br/2012/02/monumentos-e-esculturas-beira-mar.html  (crédito das fotos)


          Uma curiosidade que notei por lá na capital (Fortaleza) e mesmo nas pequenas cidades vizinhas:  As casas, por mais simples que sejam, em geral tem as telhas de barro, ou telhas cerâmicas.  Estas são duráveis, tem um ótimo nível de isolante térmico contra o calor e não são espalhadas por vento como ocorre em telhas de cimento amianto, esta última que também não resiste a uma chuva de granizo.    

     CUMBUCO

     Fomos de ônibus fretado a Caucaia-CE (Serra do Araripe) e visitamos a Praia do Cumbuco que é muito bonita.     Lá passeamos de jangada, andamos de bugue nas dunas e visitamos uma bela lagoa de água doce, além de curtir a praia e seus arrecifes.         
     Lá nas dunas tem um lugar onde a pessoa pode descer de "esquibunda" duna abaixo, terminando a descida numa linda lagoa.   Mesmo quem não sabe nadar, dá para controlar e ficar sem o banho de lagoa, como no meu caso.     Descer é uma beleza e subir, tem como se apoiar num corrimão de corda que serve de apoio na subida.   Muito legal.  Algo diferente.

      Voltando a Fortaleza no começo da noite, fomos visitar o Centro Cultural O Dragão do Mar.    O nome 
é uma homenagem a um heroi popular local que lutou contra a escravidão.   Vale a pena visitar o Dragão do Mar.  Costuma haver várias exposições por lá.









   



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

FORTALEZA -CE - TURISMO NO BEACH PARK


              credito da foto:  site abaixo     (Tobogã "Insano")
http://www.beachpark.com.br/site/pt/imagens_/beach-park-atracoes/beachpark-atracoes-insano01.jpg



     Este é o segundo artigo sobre nossa visita a Fortaleza e região.   Fomos através de uma agência de turismo e lá resolvemos fechar um pacote completo com uns cinco passeios por diferentes praias ao norte e ao sul da costa cearense.   
    Em tempo, duas curiosidades pela cidade e região:   No calçadão da Praia de Iracema, no centro de Fortaleza, guardas urbanos andando sobre a "coisa", aqueles tipo patinetes motorizados.  Bem modernos.   A outra foi por conta dos postos da Polícia Rodoviária Estadual.    Postos em prédios super modernos, com revestimentos que parecem ser de pedra, com vidros blindex fumê, muito chiques.     E as viaturas que vimos foram caminhonetes Hilux com tração nas quatro rodas.   Razoável!    
     No caminho, perto do Beach Park, há uma série de Geradores de energia eólica com seus enormes cataventos girando e aproveitando o vento constante.   
     
     Primeiro passeio fora de Fortaleza:    BEACH PARK. 

    O Beach Park fica no local chamado Porto das Dunas, município de Aquiraz-CE distante menos de 20 km de Fortaleza.     
     Fomos em ônibus fretado até o Beach Park que é um belo parque aquático ao lado de uma praia.   Lá tem as piscinas de água doce e o ponto alto (põe alto nisso!) é o tobogã chamado de Insano, com seus 40 metros de altura ou mais.   Esse eu não encarei, pois acho que é para os mais jovens.    O "passaporte" para um dia no Parque eu achei meio salgado, a R$.130,00 por pessoa.    Pode ser um custo/benefício aceitável para quem está em forma ao ponto de poder brincar nos brinquedos radicais como o Insano e coisa e tal.    
    Da nossa parte, tivemos direito, por estar em pacote turístico, de ter acesso a várias benfeitorias do Parque, como quiosques para alimentação e bebidas, sombra e água fresca, banheiros e lojinhas de artesanatos e demais lembrancinhas.     Almoçamos por lá  em banquinhos bem confortáveis debaixo de um coqueiral plantado na praia, ao lado da lanchonete, vendo o mar e as ondas, tomando a brisa que vem com o vento.   Tudo de bom!
     Se minha memória não falha, perto do Beach Park há falésias, que são rochas de perfil quase vertical com uma formação de solo colorido com várias cores do branco ao rosado, alaranjado e indo até o marron.  Muito interessante.     O pessoal tirava areia colorida das rochas para fazer artesanato, mas consta que atualmente os artesãos estariam colorindo a areia da praia para usar nos artesanatos visando preservar as falésias que são parte da Natureza.    Um bom argumento. 
     Gostamos muito do passeio em si e da comida servida no local, além da excelente infra estrutura, mesmo para quem não comprou o passaporte para o Parque, mas que estava em pacote de companhia de turismo que tem convênio com o local.

sábado, 1 de dezembro de 2012

O EXERCÍCIO DA CIDADANIA, O BÊBADO E O POSTE


O EXERCÍCIO DA CIDADANIA, O BÊBADO E O POSTE. Primeiro vamos à piadinha do bebado e o poste. Consta que o bêbado estava tão mal que se abraçou num poste para não cair. Estava lá com o mundo rodando na cabeça e já não aguentava mais. Ouviu prosa de um grupo de pessoas que passava na rua e tascou: - Sai de perto que eu vou largar essa merda aqui... Como se o poste fosse cair e não o bêbado.
Pois bem. Ontem tinha aqui na cidade um bom espetáculo de fim de ano de uma renomada Academia de Dança (Daisa Poltronieri) e eu até pensava em ir lá prestigiar o evento, inclusive pelo fato de que estava sendo usado no cenário o mote do livro Terra Crua, de um autor local, falando da Maringá dos anos 50. Mas no mesmo horário tinha a reunião do condomínio do meu prédio e o assunto era a exposição do trabalho de dois engenheiros sobre manutenção Civil e Elétrica do prédio. Optei por cuidar do nosso prédio. Após o trabalho, aula de in
glês já em seguida e depois, sem janta, direto da aula de inglês para a dita cuja reunião. Para discutir e decidir tudo fomos das 20 até perto das 23 h. Hoje cedo estou descendo o elevador e um jovem casal vizinho perguntou para uma amiga minha que também mora no prédio, sobre como foi a reunião. Antes dela responder, ele disse: Como sempre o pessoal não decide nada, não resolve nada. Eu argumentei que a reunião houve e foi bastante produtiva. Decidimos as obras a fazer, os custos a arcar, a ordem das obras, as pessoas que acompanharão as mesmas e a chamada de capital. Então é assim: a gente sua a camisa para que as coisas sejam feitas com capricho e alguém que não tem noção do trabalho que deu e dá e vem criticar como no caso do livro que a pessoa não leu e não gostou. Um cara desses tem que ir plantar batatas, para não ser mais deselegante! E olha que está cheio de gente que só critica e nada faz. Inclusive no Facebook!!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

LANÇADA EM MARIALVA-PR NOVA UVA SEM SEMENTE

 

         Foto -João Dimas Garcia Maia/Embrapa Uva e Vinho

   Hoje teve pela manhã (30-11-12) um Dia de Campo para o lançamento de uma nova cultivar de Uva Sem Semente pela Embrapa Uva e Vinho.   Esta unidade da Embrapa fica em Bento Gonçalves-RS e seus pesquisadores estiveram em Marialva-PR para lançar a cultivar BRS Vitória, que tem os cachos de alta qualidade e sabor.   É um produto nobre inclusive por ser sem semente, o que agrada a uma gama bastante ampla de consumidores.
     Na parte da manhã, o evento foi para o pessoal da área técnica (Engenheiros Agrônomos e Técnicos em Agropecuária) da região.    Na parte da tarde, o evento será com os produtores (viticultores) da região, que são os que tem potencial de adotar a nova tecnologia que tem amplo mercado.
    Para se chegar ao Dia de Campo que acontece junto ao pomar, anos antes um produtor, apoiando a pesquisa, plantou um pouco dessa nova cultivar de uva e agora a mesma está com uns três anos e já em plena produção.   Belo trabalho da Embrapa.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

TURISMO EM FORTALEZA - MARAVILHA!!!

                           foto de:   www.pordosoltur.com   


   Fomos a Fortaleza-CE através de uma agência de turismo e me lembro de uma observação interessante do meu agente de turismo onde compro as passagens:   Turismo é coisa séria e nós trabalhamos duro, com responsabilidade para que os turistas passeiem tranquilos, sem sobressaltos.   Acho que é bem assim.
     Ao chegar ao aeroporto local, como de praxe das agências de turismo, tinha gente da agência com uma Van nos esperando para o city tour e nos deixar no hotel reservado.     A agência de turismo que utilizamos tem guias muito bem preparados, que inclusive conhecem a história do lugar a ao fazerem o city tour, vão nos dando dicas das particularidades do lugar.
     Fica de cara uma dica importante, pois nós pegamos o lado "não" da maré para ver melhor as piscinas naturais da costa cearense.    Ocorre que há períodos em que o mar está mais baixo e se formam verdadeiras piscinas naturais perto dos recifes que ficam próximos da costa marítima.     Isto dá para se saber com antecedência e se a pessoa conseguir fazer o passeio nas datas quando a maré está mais favorável, o passeio pelas piscinas naturais fica melhor.     Se bem que mesmo na maré desfavorável, ainda tem alguns lugares onde dá para curtir piscinas naturais afastadas mais de mil metros da costa, com acesso por barco e que tem profundidade menos que 1,5 metro e dá para curtir como se estivesse na praia.  A Praia da Bruna é assim.
     Um pouco de Fortaleza que nos foi passado pelo guia turístico durante o city tour:   A cidade tem ao redor de 3 milhões de habitantes.   O Ceará teve pouco escravo negro e foi um dos estados a abolir o trabalho escravo antes dos demais.   Segundo o guia, havia restrições para os não portugueses explorarem as melhores terras de mata atlântica do litoral cearense e então imigrantes como árabes, judeus e outros mais, se embrenharam pelo sertão e conseguiram sucesso junto com o povo local.     A cidade de Sobral-CE segundo consta tem ao redor de 200.000 habitantes e tem até metrô de superfície e um Portal parecido com o de Paris.
     Em Fortaleza muitas construções do início da colonização perto da costa eram voltadas para o continente e não de frente para o mar.   Consta que para o povo de então, o mar era risco de ataque de inimigos, incerteza, mistério.
    Os holandeses tentaram colonizar a região, mas foram "indenizados" e banidos pelos portugueses e partiram para as Antilhas em busca de terra propícia para o plantio da cana e a produção de açúcar.
    O guia disse que José de Alencar colocou o nome de Iracema em seu livro, para representar a América, pois as duas palavras tem praticamente as mesmas letras, meio invertidas.
    Ao longo de uma semana, fizemos uns cinco passeios programados por praias da região e também visitamos na cidade de Fortaleza, alguns pontos turísticos como o Mercado, o Dragão do Mar (centro cultural), o Palácio do governo e ao lado do mesmo o mausoleu em homenagem ao Presidente Castelo Branco.     

sábado, 27 de outubro de 2012

JOAQUIM PRESIDENTE (FICÇÃO - POESIA)


JOAQUIM PRESIDENTE    (ficção - poesia)

Autor:   Orlando Lisboa de Almeida    27-10-2012


Vou convidar o Joaquim
Amigo de tanta gente
Até parece pra mim
Que ele quer ser presidente

Se é isso que ele quer
Tem que seguir o riscado
Escolhe um partido qualquer
E se deixe ser fichado

Se o partido for nanico
É mais fácil ter espaço
Mas se é fácil por o bico
O duro é o outro passo

Nos partidos bem pequenos
Há pouca estrutura
Terá recurso de menos
E a disputa é mais dura

Nos partidos mais parrudos
Tem recurso, tem cascalho
Mas tem muitos topetudos
A usar cartas do baralho

Então vamos para a eleição
Joaquim no partido nanico
Onde gente de montão
Quer vê-lo subir no pico

Assumir a presidência
Desta imensa Nação
Que é rica em carência
E riqueza, por que não!

Pronto! Ganhou no voto
Dentro da regra do jogo
Ficou muito bem na foto
Mas o arrocho vem logo

Forma um secretariado
Escolhido com critério
Gente de caráter ilibado
Pra ocupar o Ministério
  
Agora, tudo ajeitado
Faixa no peito e discurso
Festa de posse empombado
E depois seguir o curso

Vai começar a gestão
E lembra do outro poder
Que pra gastar um tostão
O Congresso tem que saber

Saber e dar seu aval
Sobre o tal orçamento
Carimbo das verbas e tal
Aí começa o tormento

Olha quem está no Congresso!
Olha quem colocaram lá!
Colocaram uns egressos
Da ala do Boitatá

Tudo que chega no Congresso
Depende de confabulação
Como pode haver progresso
Sem consenso nem razão

No plagio mais triste do mundo
Tiraram de Francisco de Assis
O ditado mais profundo
E mudaram pela raiz

É dando que se recebe
É no toma-lá-dá-cá
Senão a onça não bebe
A água do Paranoá

Então e agora Joaquim
Dirá o que será de mim
Se eu fosse um Querubim
Talvez fosse menos ruim
(isto me lembra Drummond..) !!!

Mas certamente que não
Resolveria a situação
Seria apenas uma rima
que não melhoraria o clima

A máquina aperreou
E a tal é federal
O trem do PIB parou
E agora me dei mal

Negocio apoio na Casa
Do tapete azul ou vermelho?
E se a noticia vaza?
O caldo vai ficar feio

Estou no beco sem saída
Nem cavalo pro galope
Como o José  nessa lida
Sem arreio nesse trote.

Escutei um relógio tocando
Acho que estou atrasado
Estive esta noite sonhando
Que bom estar acordado!!

Vou esquecer esse sonho
De um dia ser Presidente
Não quero conchavo bisonho
Prefiro a toga pendente.

Nesta praia da Alta Corte
Nado de braçada forte
Tiro aqui tudo de letra
Sou dono da minha sorte.


(Esta é uma obra de ficção e nada pode nem deve se parecer com algum personagem real nem imaginário desta nossa querida Nação e o que se parecer com alguma citação meio oblíqua do poema E Agora José – do Drummond de Andrade não é coincidência e espero que ele não me venha reclamar nem puxar meu pé, pobre que sou)

  


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SOBRE O LIVRO - ALMAS MORTAS - N.GOGOL


       Anotações pelo Orlando Lisboa de Almeida     

     Eu não conhecia nenhuma obra de Gogol e fui presenteado por um amigo que gosta de leitura, com a obra Almas Mortas do ucraniano nascido em  1.809 e que viveu um trecho da vida na Rússia e escreveu vários livros.
     Como de costume (desde 1994), faço uns rabiscos com aquilo que achei de mais interessante na obra para servir de lembrança e que, aqui publicados, espero que sirvam de aperitivo e que despertem em outras pessoas a curiosidade por ler esta bela obra que foi publicada segundo consta, em 1842.
     O livro que li é da editora Nova Cultural – SP – 2003 e tem 494 páginas – 1ª edição.   Digo isso porque vou citar as páginas onde fiz os destaques e sem os dados da edição o número da página não diz nada.   
     28 – Casa com animais abrigados no térreo;
     30 – Homens que se beijam ao cumprimentar.  Costume russo;
     34 – O regime na Rússia e o requinte do francês:  piano, artes manuais...;
     36 – Fala de um governador que borda nas horas de lazer.
     61 – Lá também tem os pardais, pássaros que migraram para a Europa e foram trazidos até para o Brasil, aqui para tentar controlar larvas de insetos vetores de doenças. O pardal não era do ramo, mas se adaptou bem ao Novo Mundo.
     62 – Remédio com banha de porco e “óleo canforado” que, diga-se de passagem, o óleo com cânfora era usado na zona rural de onde nasci e passei a infância (Cerquilho-SP).
     63 – passagem interessante que fala do comportamento humano diante da hierarquia.
     68 – A palavra “encasquetar”.    Esta e outras que destaco curiosamente (coisa do tradutor), são muito comuns na minha terrinha de origem, meu berço e minha época.
     85 – Porqueira – outra da terrinha.
     92 – Outra citação importante do comportamento humano.    Visão superficial dos outros – alguém bem vestido engana.
     120 – Balalaica – instrumento musical primitivo com duas cordas.   (hoje é marca de vodka barata por aqui, ao que parece)
     125 – Receita de nhanha, um prato típico da Rússia.
     136 – Unha de fome – fominha – expressão típica da minha terrinha
     144 – Cambaio – idem
     152 – Herdeira – filha mais velha ?    será que é ou era isto o usual por lá?
     170-171 – Drama do escritor “realista”.
     182 – Esgueirar
     195 – Chusma
     195 – Cita Goethe e o livro (que li e gostei) .. “Os sofrimentos do Jovem Werther”
     231 – “Deus nos livre e guarde”   (típica da terrinha minha)
     232 – Outra passagem interessante falando da hierarquia
     256 -  Formando uma entidade assistencial.  Gasta tudo (ou rouba) nos meios e chegam centavos ao fim.
     269 – A pessoa se afogando e não pensa em nada; se apega até com uma palha...
     271 – O ser humano é sábio sobre os outros, mas sobre si...
     274 – Expressão – Já não era sem tempo.   (típica da minha terra, de novo!)
     279 – Encóspias – formas de madeira para alargar sapato novo (para lacear)
     284 – Saracotear – destaque da terrinha.   (preciso saber o nome e a biografia do ou da tradutor (a)}.
     292 – Conselhos malucos do pai do personagem.
     323 – Atarantado;
     331 -  Sem dó nem piedade (expressão típica da terrinha, de novo – me perdoem)
     336 – Pândega – idem
     335-336 – Métodos de um eficiente professor   (preciso rever para citar o milagre!)
     339 – São Petersburgo – frio de até trinta graus negativos.
     341 –  Consta que antes da Revolução (Russa) a pessoa se preocupava com o próximo, com a nação
     360 -  ervilhas – uso por lá.
     373 – desenxabidas – expressão curiosa de novo
     394 – empachar  (barriga estufada ..)
     398 – Caçoando
     400 – Deu na veneta
     412 – algo fundamental – conferir lendo ...
     416 – enriquecer rápido...
     416 -  O autor faz uma grande defesa do homem do campo
     417 – Charrua – arado de tração animal com uma aiveca – parte de ferro que corta o solo.
     419 – lá tem rouxinol, cotovia.
     421- começar as obras pelo começo e não pelo meio...(também na profissão)
     423 – Sobre Administração Rural
     429 – gostar da paisagem
     431 – empanzinar
     451 – desembestaram
     494 – Para encerrar, outra pérola da minha terrinha:   mal e mal   (malemá)

     O livro é uma ficção que trata de um vigarista que começa a correr o trecho pelo interior se hospedando, fingindo ser gente do comércio, gente de bem, e vai ludibriando as pessoas.   O mais interessante é que a cada contato com boa vida, é feita uma descrição do lugar, dos costumes e do comportamento das pessoas.   Mostra que o ser humano tem lá suas virtudes e seus defeitos que são meio transcendentes no tempo e no espaço.   Vale conferir.                  orlando_lisboa@terra.com.br






sábado, 20 de outubro de 2012

CRISE DE IDENTIDADE - BRASILEIRO NO JAPÃO



                foto do templo Budista de Maringá - PR        (in www.maringacvb.com.br)   


Um pequeno flagrante da rua de Maringá, cidade com 370 mil almas, das quais 10% são de origem nipônica. De japonês a nissei, sansei e "não sei": Passo por um desses que estava no corredor de um shopping popular conversando. Eu já trabalhei vinte anos no Japão, só que lá eu sou Brasileiro e aqui, sou Japones. (crise de identidade).

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

BRASIL, UNIVERSIDADE, EXTENSÃO E TECNOLOGIA

No fim da semana passada, estive por dois dias e meio assistindo uma série de palestras com especialistas no tema do gado de leite. Mas a palestra que achei mais fundamental e que explica um tanto da nossa defasagem histórica em termos de adoção de tecnologia, foi uma proferida por um gestor de uma área do CNPq Conselho Nacional de Pesquisa Científica. O dirigente é da área voltada para o setor da Agropecuária do Brasil. O CNPq é um orgão ligado ao Ministério da Ciência e Tenologia e sua missão é financiar projetos na área científica. Atualmente essa verdadeira agência de financiamento tem recurso de mais de 1,5 bi de reais para projetos que sejam importantes para o desenvolvimento nacional, desde a área de petróleo, ferrovia, metalurgia e tudo o mais. O foco da fala dele é sobre a missão de toda Universidade, que tem que cumprir com o famoso tripé: ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO. A esmagadora maioria das nossas universidades
 em geral está focada no ensino (e olha lá!), deixando de lado a Pesquisa e deixando "inextistente" a Extensão que é exatamente o que faz o link entre o Conhecimento gerado e o público a que se destina. Não se fazendo extensão, formamos doutores a peso de ouro, montamos teses e mais teses, aqui e no exterior e depois tudo vai para o currículo Lattes dos doutores e para a prateleira de cima, dos ácaros, das bibliotecas. Enquanto isso no chão da fábrica, estamos beirando a pedra lascada. Pior que isto é generalizado em nosso meio em todas as áreas do conhecimento, praticamente.
Por falar nisso, um pequeno exemplo diferente. Um dia o governo federal criou o ITA Instituto Tecnológico da Aeronáutica, com missão definida e fez o conhecimento virar aviões, Embraer e tudo o mais. Aqui está uma questão estrutural que pode mudar o rumo da história do nosso País que tem gente com um potencial incalculável de produzir conhecimento. Basta dar um direcionamento e fazer a coisa rodar. E o CNPq tem dinheiro à espera de bons projetos. Principalmente os que venham de encontro às maiores carências do País. Eng.Agr.Orlando Lisboa de Almeida. orlando_lisboa@terra.com.br (Evento: Seminário V Leite Sul - Maringá - PR)
Há um livro que é o Anal do evento e da minha parte fiz um apanhado de oito laudas com uma resenha de tudo que foi dito. Está à disposição de quem se interessar possa. Abraço

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

JOGO DE FUTEBOL BRASIL VERSUS ARGENTINA

     Recentemente estávamos esperando pelo jogo na disputa de um título entre as Seleções de Futebol do Brasil e da Argentina.   A Seleção do Mano contra a dos Hermanos.   Pois o resultado foi o mais escalafobético possível.  
Não deu Vitória do Brasil
Não deu Vitória da Argentina
Não deu empate
Não deu WO quando um dos times não aparece para jogar.
Deu apagão e ficou todo mundo com cara de tacho como se diz na minha terrinha.    Por falar na minha terrinha, sou paulista de Cerquilho-SP, cidade que fica à margem da Rodovia Castello Branco e que tem esse nome porque era local de pouso dos tropeiros no tempo do tropeirismo na rota que seguia do Rio Grande do Sul a Sorocaba-SP que era o grande centro de compra e venda de tropas e mercadorias diversas.                         orlando_lisboa@terra.com.br

domingo, 23 de setembro de 2012

NOVA ESPERANÇA, O JATOBÁ, O RAFINHA E PAULO FREIRE




              ilustração in :    www.biologo.com.br                    

Nova Esperança é uma cidade pequena que tem a particularidade de ter bastante criação de bicho da seda (que se alimenta de folhas de amoreira)  e fica perto de Maringá-PR.  Visitando Nova Esperança a serviço, no escritório da Emater cuja equipe  técnica da área de agropecuária orienta os pequenos produtores rurais do município.    Pois lá no pátio da Emater tem um frondoso pé de jatobá, que dá aquele fruto de casca preta, dura.  A árvore é muito bonita e o nome é indígena.
     Vendo dias trás o pé de jatobá lá na Emater, me lembrei de um episódio quando meu sobrinho Rafael, então Rafinha, tinha uns quatro anos e morava na Grande São Paulo.  Morava e ainda mora.     Indo visitá-los numas férias, levei por acaso um fruto de jatobá e dei de presente ao sobrinho que ficou curioso com o fruto raro.    Expliquei tudo que sabia sobre o fruto, que uns chamam de jataí, outros de jatobá, que o nome é indígena, que a árvore é grande e bonita, que os índios usam a casca do jatobá para fazer canoa e tudo o mais.
     Pois o Rafinha ficou encantado com o jatobá e colocou o troféu na bolsa de escola e lá se foi para o maternal.    Chegando lá, já em sala, mostrou o misterioso fruto para a criançada e foi um alvoroço.   Todo mundo queria saber detalhes daquele fruto alienígena, pela aparência.    E o bravo Rafinha já estava dando as primeiras explicações quando a professora deu um basta e confiscou o fruto e colocou o mesmo em cima de um alto armário.   Como alento, disse que iria devolver no fim da aula.     – Nada de tumultuar a aula, teria dito.        Lembrar que era turma de Maternal e criança de quatro anos não está lá para beabá, nem para dividir e somar!     
     Nem precisa dizer que o Rafinha ficou indignado e teve que cumprir a ordem superior, fazer o quê!      Ao chegar em casa, contou a vitória do agito frente aos amiguinhos e a frustração pela ação da professora.
     Daí me vem a imagem e os ensinamentos de uma figura ímpar na nossa história meio recente, na pessoa do grande educador Paulo Freire.    Ah! Se a professora tivesse assistido a ou as aulas que tratavam do método do Paulo Freire.    Bem que ela poderia aproveitar o entusiasmo do Rafinha e da criançada frente à novidade e deixar, quem sabe, o menino “dar a aula” em mesa redonda com os amiguinhos.    Uma aula que certamente jamais seria esquecida por todos e nesse todos poderia estar incluída até a professora que pode e deve ensinar e pode também aprender em sala e na vivência pois o que é a vida?

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

UM CARTUNISTA BRASILEIRO NA CHINA


                        a ilustração acima está disponível no site:
           
     Resumo feito pelo leitor:    Orlando Lisboa de Almeida    -  setembro de 2012


     Conforme já disse algumas vezes, das leituras que faço de 94 para cá, coloco aquilo que achei mais marcante num caderno que depois fica na sequência na estante junto com os livros.    Quando resolvo ir revisitar o tema, a essência está lá, sempre dentro do meu ponto de vista.
     Vamos ao caderninho, volume VIII, páginas 16 a 22.     Diga-se de passagem, uso computador mas não confio muito nos arquivos virtuais que podem ir para o espaço e eu não quero correr risco, então uso o rabisco no caderno para o caso.
     Livro:  Henfil na China (Antes da Coca Cola)
     Autor: Cartunista Henfil  (era hemofílico e faleceu cedo)
     Editora:  Record – Rio de Janeiro – Brasil
     Edição – 18ª. – ano 1987   - 310 páginas, com ilustrações do autor.

     Ele foi lá pelo ano de 1977 para a China por paixão política e missão de trabalho como repórter de jornal.     Primeiro voou até Paris e de lá seguiu para a China com escala no Paquistão.    No Paquistão viu, mesmo no aeroporto, a precariedade da vida do povo local.     Falta de muita coisa, de sanidade, sendo que viu até guardas de pés descalços.   
     Ele cita uma das diferenças culturais até para reflexão:  viu homens de mãos dadas no Paquistão e fez um paralelo.  Há vários povos que tem esse hábito pelo mundo, inclusive certos índios brasileiros e destacou que o andar de mãos dadas não afetou a masculinidade dos homens.    Temos que respeitar as diferentes culturas.
      A China tem 55 Nações.   As minorias, após a Revolução Comunista, passaram a ser atendidas pelo Estado.   E estas tem direito a representantes no Parlamento Chinês.   Sobre essa representação das minorias, fez uma reflexão sobre o Brasil.   Por quê não temos representantes das diversas Nações que compõem o nosso Brasil no Congresso?  Índios, por que não?    Ele faz uma esmerada justificativa dessa tese no contexto (na página 33 da edição citada).
     33 – “A autonomia da língua é o nó vital da autonomia cultural”.
     34 – “ Os costumes, os hábitos, as festas tradicionais e a religião das minorias nacionais são respeitados (na China).”
     34 – O Instituto das Minorias Nacionais e toda a sua estrutura...      “é como se ensinar o índio a ser índio”.   Resgatar a cultura local em sua diversidade.
     35 -  Só trabalhar ou só estudar.  Na China  (1977) a pessoa trabalha e estuda.  Costuma-se estudar no tema em que se trabalha e trabalhar no tema em que se estuda.
     35 – Não tem controle de natalidade para as minorias.  Só há para os Han, que são os majoritários na China em termos de quantidade de pessoas.
   36 – Se desestimula casamentos dos Han com as minorias.   As 54 minorias tem 6% da população chinesa e ocupam 50% do território chinês.    Procura-se que os Han não “invadam” (aspa minha) os territórios das minorias.
     36 – “Estrada nenhuma pode ficar estradando,  madeireira madeirando e multinacionais multinacionando por lá a torto e direito”.
     36 – Fala dos prédios toscos das escolas (1977), afinal não faz tantos anos que  houve a revolução comunista e a pobreza era muito maior por lá.   Diz que o mais relevante é o que se aprende nelas e não os prédios.
     37 – As privadas são para uso de cócoras.   Sem contato com o assento.   Mais natural e menos risco de doenças.   “evita até prisão de ventre”.
     47 – Fezes e urina humanos são coletados e tratados para fertilização de lavouras, afinal passa de um bilhão a população chinesa e não se pode desperdiçar nada.
     50 – Camas sem colchão; uso do tipo de tatame sobre a cama, algo como uma esteira.    Travesseiro de madeira ou de porcelana e nada de problema de coluna, etc.
     62  - Hotel bom  sem chaves nas portas dos quartos dos hóspedes.  Ninguém mexe em nada.    Índice de roubos e furtos é relativamente muito baixo por lá e este é um ponto que os ocidentais não costumam destacar.
     65 – Operários trabalham e estudam.   Fábrica tem creche, biblioteca, escola, etc.
     65 – Mulheres operárias:   1/3 da mão de obra das fábricas.  Quando ficam grávidas, passam para serviço mais leve.   No parto, 56 dias de licença maternidade e depois, 1 hora por dia para amamentar o bebê na creche da fábrica.
     65 – Na fábrica, no ano (77) que visitou lá, o salário variava entre 33 yuans e 108 yuans, portanto não há muita discrepância entre os mesmos.
     65 – No pátio das fábricas, homens e mulheres operários treinam com fuzil meia hora por dia para estarem preparados para a defesa do País.
     68 – Idosos ajudando a cuidar (e repassar valores) às crianças nas creches.  Bom para os pais, bom para as crianças e uma terapia ocupacional para os idosos que se sentem valorizados.    O trabalho dos idosos é voluntário (não remunerado).
     70 – A mulher se aposenta (1977) aos 50 anos e o homem aos 60 anos nas fábricas.
     70 – Não tem férias.   Tem um curto período para viajar e visitar parentes distantes, afinal houve muita migração interna de lugares distantes e do campo para a cidade.
     70 – O administrador (ou a administradora) da fábrica em geral conhece um ou dois dos ofícios que se pratica na mesma.   A pessoa do comando pode mesclar seu trabalho com períodos de retorno à linha de produção, pegando no pesado como os demais operários.   Quem manda, sabe fazer e também tem maior respeito dos colegas.
     71 – Lá o camponês é visto como um pouco inferior aos operários da cidade.   Mas o autor disse que em geral são mais alegres que os empregados das fábricas.
     71 – Adulto não toma leite por lá.    É uma questão cultural inclusive pelo fato de que o organismo do asiático adulto não se dá bem com o leite.
     73 – Crianças nas escolas vão uma vez por ano ao campo fazer serviços leves como arrancar matos da lavoura, colher frutas, etc.    Assim aprendem algo sobre o modo de vida na zona rural e respeitam mais o povo da agropecuária.
      75 – Revista China Ilustrada é editada em 15 idiomas.
     85 – Luto na China é branco, não preto.   O mausoléu de Mao Tse Tsung é branco.

     Estes foram os destaques que anotei do livro que segue adiante com uma série de informações com ênfase na parte educacional do povo chinês.    Lendo o livro, apesar de ser de 1977, já consegue dar uma noção de que o sistema lá adotado iria alavancar a China a uma posição de destaque no cenário mundial.
    Depois desta obra li Laowai, da jornalista Sonia Bridi (Rede Globo de Televisão), já este livro, baseado no tempo de permanência de dois ou três anos lá como correspondente da Globo.      Ela tem uma visão mais superficial e meio debochada do povo chinês.       Pretendo também passar uma resenha deste livro dela em momento oportuno.       Se o livro é controverso, ao menos tem uma boa entrevista com o Dalai Lama que se estende por umas doze páginas.    O livro tem muitas fotos produzidas pelo esposo da Sonia Bridi, ele que é repórter fotográfico.



     

terça-feira, 11 de setembro de 2012

CAFÉ - UMA BEBIDA DA CHINA

   
                                  ilustração :      sindrof.com.br

  UMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAFÉ PARA QUEM GOSTA E CONHECE MAIS NA XÍCARA, NA HORA DE TOMAR

              Autor:  Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida - Maringá - PR

     Já vou alertando que não vou fazer nenhum tratado acadêmico sobre café.   Vou colocar algumas coisas básicas sobre esta bebida tão popular no Brasil e em grande parte do mundo.    Muitos países, principalmente de clima frio, mesmo não produzindo café, tomam o produto com gosto e em quantidade bem acima do que o brasileiro toma.    E olha que o brasileiro toma um "bocadinho" de café.
     No Brasil se produz café basicamente de duas espécies de plantas, sendo que a mais usual por aqui é o chamado café Arábica, mas produzimos em menor escala o chamado café Robusta ou africano ou conillon.
     O café Arábica tem um paladar melhor e é mais usual para o popular cafezinho e o café expresso.  Já o Robusta é mais usual como matéria prima para café solúvel, que também tem bom mercado no Brasil e no exterior.
     Vamos falar principalmente de como o café é colhido no Brasil e como isto influi em sua bebida.   O cafezal produz várias floradas na primavera (média de três) até para preservar a espécie e fugir de alguma adversidade do clima.    Em decorrência disto, no outono, num mesmo cafezal, teremos café seco, maduro (vermelho ou amarelo dependendo da variedade) e verde.    Mais comumente, no Brasil o café é colhido de uma só vez no sistema de derriça, onde a pessoa puxa com a mão todos os grãos que estão em cada ramo e assim vem misturados grãos secos, maduros e verdes.
     Um sistema muito comum é levar todo esse café misturado (seco, maduro e verde) para o terreiro de secagem em conjunto, ao sol.    Isto de certa forma nivela por baixo a qualidade da bebida do café, pois o café que já estava seco já foi um pouco atacado por fungos que, apesar de não tornar o grão impróprio para consumo, vai afetar o sabor da bebida negativamente.    Os grãos verdes podem estar em parte imaturos e no momento de torrar tudo misturado, também estes grãos derrubam um pouco a qualidade do produto final.
     Acima está demonstrado de forma geral uma forma muito usual de secar café e as consequências na bebida que será oriunda desse café.
     Outra forma é levar o café colhido na derriça (tudo de uma só vez) para o terreiro onde haverá secos, maduros e verdes.     Se usarmos o processo de colocarmos esse café, já que chega do campo, numa caixa de água, o café seco boia, ficando então separado do maduro e do verde que afundam.   Aí já temos uma forma de melhorar a bebida do maduro e do verde que foram separados do seco.     Depois de separar o seco, pode o café passar já em seguida por uma máquina simples, na propriedade rural, que descasca o café maduro e não descasca (e separa) o mesmo dos verdes.   Então teremos no caso três tipos de café, cada um com sua qualidade.    Espera-se que o seco é de menor qualidade de bebida, o verde, de qualidade intermediária e o maduro, da melhor qualidade.      Nesta forma, cada fração (verde, maduro e seco) é colocada para secar ao sol ou em secador em separado.      
     Sobre as bebidas resultantes do café, costumamos chamar de forma resumida em bebida mole (e suas variações), dura e rio.       Rio porque era comum no passado mais remoto exportar café em quantidade por um porto do Rio e o local era muito úmido e o café lá estocado era em parte afetado por fungos que alteravam para pior a qualidade do café.
     O café mole é tão suave na bebida que em geral nós não estamos habituados a degustar e por isso, quando provamos, tendemos a achar que não tem o sabor típico do cafezinho do dia-a-dia.    É um café para os iniciados na arte, que não é bem o meu caso.  (  E tem alta cotação na exportação.)
     O café duro, é de muito bom sabor, afinado com o paladar brasileiro e de grande aceitação no mercado interno e externo.      Paladar que vai sofrendo alguma mudança imposta pela mistura que tem sido um tanto comum no setor para o mercado interno, visando baratear o custo e nivelar por baixo o popular cafezinho.  Estão misturando o café arábica com o africano (robusta), este que custa uns 60% do valor do arábica.    Por isso tem gente, com boa razão, que defende a tese de que se há mistura, que esta esteja estampada no rótulo do café que compramos no mercado.    Se eu quero café 100% arábica, que tende a ter melhor bebida, que eu possa comprá-lo com essa característica.    Se aceito o misturado, questão de gosto do freguês.
     Agora uma palavrinha sobre o café da Colômbia, bem comentado no setor.     Não sou um profundo conhecedor do café daquele país, mas consta que se trata do café arábica e que, sendo plantado mais perto da linha do Equador, não tem um período de queda de temperatura como o nosso café Tropical e por isso a lavoura floresce num período muito maior do ano.    Assim sendo, eles tem café maduro em grande parte do ano e usam colher o café maduro, a dedo, grão por grão.       Colhendo sempre o maduro não deixando que o café fique no pé até secar, tende a bebida a ser de qualidade.    Claro que o custo de colher o café a dedo, só os grãos maduros, tem um custo mas também tem um benefício.    Para o colombiano compensa a equação e eles tem um preço muito diferenciado por essa forma específica de colher e secar o café.    Não conheço no Brasil algum estudo sobre o custo e benefício de colher o café a dedo, só os maduros.   Se isto fosse feito, teríamos por aqui também uma elevação da qualidade do produto colhido e precisariamos criar um nicho de mercado para a nossa nova forma de manipular o café.
     Espero ter contribuído para que as pessoas que não são versadas no assunto do café na lavoura, tenham uma idéia das formas de processamento do produto.

                 orlando_lisboa@terra.com.br

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MINI CONTO - VOZES DA RUA

     As três caminhavam pela calçada e tagarelavam sobre paqueras.   Pela idade, já com ampla cancha.
     - Ele sabe que você gosta dele?
     - Não!
     - Ora boba!   Se você gosta dele, por que não paquera, namora e casa com ele???!!!!



MARINGÁ - GAROTA DO FANTÁSTICO 2012

                               foto tirada pelo celular por Orlando Lisboa de Almeida    24-08-12

     Em frente ao correio na Avenida XV de Novembro (Maringá - PR), o ônibus da Menina do Fantástico e a fila de candidatas.   Um punhado de curiosos "na sombra", ocupados em conferir as da fila.
     Pelo raro do flagrante, fiz um pit stop na caminhada à pé para uma olhada e uma foto com o celular.
     Um dos curiosos que estava numa rodinha de amigos sai com esta:
     - Já sim!    Já provaram umas par delas lá dentro do ônibus.    Risos da turminha.

MINI CONTO - PROJETO RONDON E PENÚRIA

     Nós, estudantes universitários no Projeto Rondon, divulgando uma campanha de vacinação infantil no interior do município de Itanhaém-SP, região de bananais na planície litorânea.  Ano 75.   Patrões ricos de doer, empregados na miséria de dar dó.
     Os estudantes da área de saúde, dando dicas de profilaxia de doenças da pele que eram muito comuns principalmente nas crianças das fazendas dos bananais.
     - Olha mãe, ferva as roupas das suas crianças para acabar com essas doenças de pele delas.
     - Tá bom, doutor.   Quando eu tiver uma vasilha que caibam as roupas, eu vou botar elas pra ferver.



PENÚRIA    II       - PROJETO RONDON - ITANHAÉM  - SP -    ANO 1975

     Nós, estudantes, visitando famílias carentes nas fazendas dos bananais.   Viagem de barco, pois na região dos bananais a planície lá é quase no nível do mar e as principais "estradas" são os rios e córregos e o acesso era de barco.   Nosso local de hospedagem era a Colônia de Férias da Polícia Militar, cedida ao Projeto Rondon para acolher os voluntários.
     No trajeto de barco, o velho piloto diz para os estudantes:
     - Ih!  Vocês vão ver o que é pobreza lá, moçada.   Já estive por lá pelos bananais em várias enchentes.  De lá só se sai de barco numa enchente.     Numa dessas enchentes "brabas" socorri muita gente de lá.    Além das pessoas, deem um palpite sobre o que mais eles pediam pra gente acudir e colocar  no barco.
     Muitos palpites.
     - Nada disso!   Eles pediam para salvar a família e o cachorro de estimação.   Mais nada.

MINI CONTO - VOZES DOS AMIGOS

     Campanha Collor x Lula.   No emprego, o grosso da turma era Lula, mas na cidade (Umuarama-PR) o grosso era Collor.   Rodinha de amigos na cantina do local de trabalho:   - Acha!   Meu marido vota no Collor!!
     - Poxa vida!  Tira essa idéia maluca da cabeça dele!
     -É. Vocês não sabem o cabeça dura que eu tenho em casa.
      O Zé Bernardi dá a dica:
     - Argumenta com ele.
     - Já tentei...
     - Deixa ele de jejum de amor
     - Não deu certo
     - Ameaça deixá-lo então!
     Riso geral na rodinha de prosa e vamos voltar ao trabalho que vida de bancário é hard.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

IGREJA EM BENTO GONÇALVES - FORMA DE TONEL

                                       foto de Orlando e família - férias 2012

     Fizemos um passeio em férias pela Serra Gaucha, visitando Canela, Gramado e depois no retorno passamos dois dias em Bento Gonçalves-RS onde visitamos o Memorial da Colônia Italiana, fizemos um tour pela cidade e o passeio de trem Maria Fumaça que liga Bento Gonçalves a Garibaldi e Carlos Barbosa, município este que tem uma grande fábrica da Tramontina, que por sinal patrocina uma forte equipe de futebol de salão de projeção nacional recente.
     No trem movido a vapor, como nos velhos tempos, shows musicais com músicas típicas da velha Itália e nas paradas nas estações de Carlos Barbosa e Garibaldi, degustação de vinhos, espumantes e suco de uva. Algumas cenas do Quatrilho foram gravadas por lá, inclusive no trem.
     A igreja matriz de Bento Gonçalves-RS que não é a que aparece acima, tem duas peculiaridades, sendo uma delas, que a pintura da fachada tem umas faixas de cor vinho que dão um toque especial na igreja.   O outro detalhe é que o antigo salão paroquial ao lado direito da igreja virou um supermercado.     
     A curiosidade maior ficou por conta da igreja retratada acima, em que a forma lembra, certamente não por acaso, um grande tonel de depositar vinho.   Lá é uma terra de muitas vinícolas e o vinho está incorporado desde sempre na cultura local, então por que não?    Amém!!   

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

UMA FOTO DE DESIGNER POPULAR GAUCHO

Foto tirada pelo celular, por mim, em frente a uma loja em Tapejara-RS.   Simples, criativa e coerente com a cultura local.   Achei interessante:
                 orlando_lisboa@terra.com.br

LUGARES E CULTURAS DIFERENTES - TAPEJARA-RS

     Viajar sempre é muito agradável e é comum haver surpresas, pois acabamos tendo contato não só com novas paisagens, mas com outras nuances dos elementos da cultura regional.  Alguns exemplos para um paulista do interior que vive há décadas no interior do Paraná e viaja para SC e RS e vem parar em Tapejara, por sinal uma cidade pequena, jovem e pujante.   Solo roxo, solo rico, produtor de grãos e riqueza.     Nem setenta ano como cidade e já tem lá sua história.  
     Algumas coisas pitorescas que vi por aqui e que acabam sendo destaque por serem diferentes do nosso referencial. Uma diferença é o fato do pessoal aqui na cidade fechar o comércio na hora do almoço e numa região de clima frio, vem a calhar.   Quem quiser fazer compras, que compre antes ou depois do almoço, pois!
     Outra coisa é o tal fogão econômico ou fogão de lenha, metálico, comum nas lojas que vendem a linha branca por aqui.   São fogões em que se coloca lenha em pequenos pedaços no fogão e as panelas ficam sobre uma chapa de ferro grosso.  Costume do tempo dos colonos europeus por aqui, ainda é adotado em algumas casas no sítio e mesmo em muitas casas na cidade que mesmo tendo para uso diário o fogão à gas, não dispensam o fogão da tradição da família e tem em um canto próprio o fogão a lenha para algum uso especial.
     Outra está ligada à cultura regional, que por aqui é bem forte.  Meio mundo toma seu chimarrão e até no saguão do hotel tem uma cuia já preparada com erva e a bomba e a garrafa térmica com água quente.  É sentar (se abancar) e entrar na vez.   Tomar até "roncar" a cuia - acabar a água da cuia - como manda o figurino da tradição.
    Para finalizar a fala de hoje, tem aqui em cartaz no momento o show com o Porca Véia.    Pois é um gaiteiro dos bons por aqui e que toca inclusive em muitas outras regiões, já que os CTG Centro de Tradições Gauchas estão espalhados Brasil afora.    Não é só em CTG que se ouve o Porca Véia que está em N videos do Youtube com sua arte.  

    Isto por hoje.                      orlando_lisboa@terra.com.br

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CASCATA DO CARACOL - CANELA - RS

                           

                                                               foto por Orlando e família                              

     Hoje (10-08-12) estivemos visitando em Canela-RS a chamada Cascata do Caracol.   Segundo consultei na internet, é a terceira queda mais alta do Brasil, depois de uma em Ubatuba-SP (180 m), uma em Goiás (168 m), esta do Caracol tem 131 metros de queda de água.     Fica muito perto da cidade, acesso por asfalto muito bom e local adequado para estacionar.   O local é dotado de muito boa infraestrutura e tem algumas opções para se admirar esta beleza da Natureza.   Uma delas é por um mirante que é uma pequena rampa de concreto da qual se vê  a cascata lá embaixo.   Outra é por um mirante com elevador, muito confortável, que sobe acima do nível das árvores à beira do penhasco e dá uma vista muito bela da cascata e todo o entorno que é pura floresta com araucárias pelo meio.    A forma mais radical de ver as quedas, e usamos todas as formas, foi descer mais de 730 degraus de escada de ferro muito boa e ver as quedas lá de perto de onde a água cai lá embaixo.   Percurso com direito a uns seis locais de parada com banco para a pessoa se sentar e tomar um fôlego.      Chegar lá embaixo e ver a água caindo e as andorinhas alçando voo da pedras quase debaixo da água, deixam o lugar mais lindo ainda.    Vale a pena, vale o cansaço nas pernas na descida e subida.  
                Canela e Gramado são duas cidades distantes apenas 6 km entre si.   Se Gramado é maior e tem mais glamour na área urbana (incluindo a atual 40ª edição do Festival de Cinema), Canela tem essa beleza da natureza sem igual.   Vale a pena então conhecer Gramado e Canela.
                                orlando_lisboa@terra.com.br

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O CANTAR DO PERU E DO TIZIU, ALGUÉM OUVIU?

                   Foto do site   fazenda passaredo    - autor da foto:  Marcelo Pires  (RJ)    - siriema

 Dias atrás eu estava vendo um programa de TV que tratava do assunto de uma granja de criação de perus.    Sendo do ramo, fiquei antenado e num momento, no fim da reportagem, o reporter não aguentou e quebrou o protocolo:   Deu um sonoro assobio e todos os perus, em coro, respoderam o famoso:   glu-glu-glu...        Eu que nasci na zona rural, já conhecia essa parte do DNA dos perus ou, se queiram de forma mais moderna, do chip dos perus.     É assobiar e ele ou eles respodem de imediato.   
     Disto me lembrei de mais dois casos, sendo um de carater geral, coisa de DNA e outro que pode ser um caso particular.   Vamos ao caso do tiziu.    Pois essa pequena ave, menor que um pardal, de cor preta (o macho) ou marron (a fêmea), tem uma particularidade que eu sempre achei interessante e admirei no meu tempo de morador na zona rural, na infância.    O tiziu gosta de pousar em cima de moirões de cerca ou nos talos do capim alto e cantam algo como "tiziu", de onde vem o nome deles.   Cantam e ao mesmo tempo, dão um pulinho até alto, no mesmo ritmo do canto.       Se houver alguém mais curioso, recomendo fazer a busca num site do ramo e procurar o canto dessas aves.
     Para completar, o caso de uma siriema  que pertencia aos freis capuchinhos de Umuarama-PR.    O frei Clemente Vendramin, conhecedor da natureza das aves, sabia um jeito de provocar o canto da siriema do seu quintal.   Ele batia um martelo no metal e aquele som era sempre respondido pela siriema com seu canto que lembra mato, campo, distância e lugar bucólico.      Neste caso não sei se a reação da siriema é um caso especial ou se o som do metal provocaria a resposta das aves da espécie também de forma geral na Natureza.     Bom é preservar a natureza, deixar as siriemas frequentarem os campos, caçar seus pequenos mamíferos e répteis e nos alegrarem com seu canto.   

                                      orlando_lisboa@terra.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2012

TENHO LEITORES NO QUIRGUISTÃO!!!!

     Fiquei surpreso pela diversidade do pessoal que tem visitado meu blog.   Desde que o dito cujo foi lançado, já foram mais de 13.000 acessos.    Gente de muito perto a muito longe.   Ver os leitores destes últimos sete dias:

Brasil
87
Estados Unidos
19
Índia
16
Rússia
4
Arábia Saudita
4
França
2
Quirguistão
2
Reino Unido
1
Holanda
1


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