quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Paris - O Moulin Rouge e o Café famoso - Cap.XII
No alto da única colina daquela região, perto da Igreja do Sacré Coeur, ficam a praça dos artistas e outras verdadeiras atrações para turistas. Na praça dos artistas, vários deles com seus cavaletes e demais apetrechos, pintando suas telas em plena praça, rodeados por turistas.
Ali perto, visitamos um Café que ficou mais notável depois que foi cenário de uma locação do filme O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Quando passamos por lá para dar uma bebericada, no ambiente climatizado, em pleno zero grau (estava caindo uma neve suave lá fora...), havia bastante gente no local e muitas fotos sendo tiradas no exato local onde uma das cenas do filme foi feita com a protagonista. Quem assistiu ao filme, não deixou por menos e pousou para a foto. Um bom Café, tradicional, com bastante gente e o atrativo ligado ao filme. Um belo passeio.
Ainda muito perto da Igreja do Sacré Coeur (Sagrado Coração), visitamos o saguão do Moulin Rouge, o Moinho Vermelho. Consta que naquela região alta (uma colina) chegou a haver no passado mais de trinta moinhos de vento para moer cereais e o Moulin Rouge foi um deles. Depois foi transformado em uma casa de espetáculos que virou quase uma lenda. É muito procurado pelos turistas. Visitamos o Moulin Rouge e conferimos a programação de shows do local, mas não havia no roteiro nosso o acesso a nenhum show, até porque visitamos o local em plena luz do dia. Shows geralmente rolam à noite...
O metrô de Paris é muito bem ramificado e integrado, de forma que a pessoa consegue junto à empresa que explora a atividade, um folheto com os roteiros dos trens do metrô e os pontos turísticos acessíveis. Dá para se visitar quase tudo por lá indo de metrô e andando um pouco à pé. Aliás, andar à pé sempre dá uma visão melhor do lugar, das fachadas, das pessoas, do movimento em si.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Paris e suas Igrejas - capitulo XI
Independentemente da fé, visitar as centenárias igrejas de Paris é uma atração à parte, já que seus prédios são muito sólidos, de arquitetura arrojada para a época que foram construidos e a maioria continua servindo de templo para a população local.
O curioso - que já destaquei antes - é que na maioria delas há no lugar de bancos, cadeiras lado a lado, com encosto e assento de palha trançada, todas fixadas no local por uma ripa de madeira na altura do encosto das mesmas, por trás. Suponho que é para preservar algum costume antigo.
A Catedral de Notre-Dame é um capítulo à parte, que já foi abordado. Mas vale destacar que há outras igrejas maravilhosas em Paris.
Uma das igrejas visitadas é a da Basilica do Sacré-Coeur ou do Sagrado Coração. Fica no topo da única colina (pequeno morro) que vi em Paris e se destaca com sua arquitetura. Não é uma igreja tão grande nem tão antiga, mas tem história e é muito linda. Em frente, tem uma escadaria ampla, que sai numa pequena praça e logo em seguida, ruas de comércio bastante movimentado por turistas procurando os "suvenir", as lembrancinhas para os amigos.
A Igreja de Santa Madalena que fica perto da Ópera Garnier tem um detalhe marcante que são colunas enormes do lado de fora, fazendo lembrar aquelas imagens dos templos gregos da antiguidade. Para o leigo como eu, a lembrança que se tem é daqueles templos milenares da Grécia antiga. No interior desta igreja vi um daqueles orgãos de tubos metálicos enormes num local elevado, acima do altar mor. O som daqueles instrumentos é maravilhoso. Há uma agenda local informando datas e horários nos quais se pode ver o orgão sendo tocado. Consegui ver numa igreja de Koblenz (Alemanha) meio por acaso, um ensaio com um orgão daquele tipo. É uma experiência ímpar.
A Igreja de Saint Paul-Saint Louis não é tão grande, mas é bem antiga e o destaque fica por conta de duas obras de De La Croix à esquerda do altar mor. Nesta igreja também há um orgão de tubos como o da outra igreja de S.Madalena.
Fomos visitar a Capela onde houve a aparição de Nossa Senhora das Graças, mas estava em reforma e as Irmãs religiosas que são daquela Ordem estão atendendo por uns tempos na Igreja de São Vicente de Paula, que fica perto da Capela. Diga-se de passagem, na Igreja de São Vicente de Paula, acima do altar, acessível por uma escada estreita, a gente visita uma urna com tampo de vidro, com uma "réplica" do Santo que, segundo consta, está sepultado na mesma igreja. É uma igreja relativamente pequena e bem iluminada, comparativamente a outras mais antigas, maiores e menos providas de luz natural.
A Igreja de Saint Sulpice tem em frente, uma pracinha com o monumento com estátuas de leões. Suas colunas enormes são de seção quadrada. Dentro dela, duas obras do pintor De La Croix. Esta igreja, se me recordo bem, se insere no enredo do filme do Código da Vinci.
A Igereja de Saint Germain é a mais antiga da cidade e por dentro é bem escura. No passado, chegou a ser destruida parcialmente e depois foi restaurada. No interior da igreja de Saint Germain, repousam os restos mortais de Rene Decartes.
Um marco interessante é a Torre de Saint Jac. A Igreja ruiu ou foi destruida e só restou a torre estreita e alta, toda trabalhada e muito bem iluminada à noite, o que dá uma visão super interessante do local.
A Igreja de Saint Merry, muito antiga, tem um detalhe curioso também. Algum artista teve a idéia de colocar umas duas ou três cadeiras coladas por um dos pés ao teto, lá nas alturas. Além do bizarro do local, as cadeiras estão sempre meio em diagonal, aumentando a curiosidade da cena. Esta igreja fica bem pertinho do Centro Pompidou, que é um museu moderno, cujo prédio arrojado já dá o tom do que o mesmo abriga.
Acho que de igrejas, já está de bom tamanho. Recomendo...
domingo, 27 de dezembro de 2009
Museu D´Orsay e a Casa de Hictor Hugo (cap.X)
Neste capítulo sobre o passeio por Paris, vou falar um pouco de dois locais visitados em dias diferentes. O Museu D´Orsay fica à margem do Rio Sena, bem próximo do Museu do Louvre. O prédio que abriga o D´Orsay foi construido para ser uma estação ferroviária por volta do ano 1.900. Acho que foi o prédio mais lindo que eu vi por lá na cidade, apesar de ter sido projetado para um uso prosaico, por assim dizer. A antiga estação de trem então um dia virou museu e abriga muitos quadros de pintores famosos da França e de outros países, principalmente dos dois últimos séculos. Vale lembrar que o Louvre, com suas raridades, tem quadros geralmente bem mais antigos. De certa forma, em termos cronológicos, grosso modo, os mais antigos estão no Louvre e os mais recentes (1848 a 1914) estão no D´Orsay e em outros museus espalhados por Paris, sendo que não deu para visitar a maioria. No D´Orsay, se destacam telas de Millet,Corbet, Manet, Monet, Renoir, Cézanne, Pissarro, Degas, Van Gogh e muitos outros. Há também esculturas em quantidade, inclusive do pintor Renoir.
Eu que sempre gostei de ver as obras de arte, mesmo que fosse através de gravuras em livros ou revistas, nem preciso dizer que fiquei emocionado vendo ali exposto em frente um quadro original dos pintores que entraram para a história no mundo todo por suas obras de arte.
Algo no D´Orsay que não dá para passar em branco por ninguém é um relógio enorme, dourado, que suponho ser do tempo que o local era estação ferroviária. O relógio acabou virando um ícone do próprio museu e se há fotos do local, com certeza uma delas será do relógio, que é marcante.
Num outro passeio, fomos parar na Place des Vosgues, onde fica o sobrado ou apartamento onde viveu Victor Hugo, um dos maiores escritores franceses, cuja obra prima é "Os Miseráveis", se eu não estiver enganado. Afinal, não sou crítico literário e até andei lendo alguns franceses (Balzac, Marguerite Duras...), mas coincidentemente, não li ainda obra de Victor Hugo.
A casa dele virou museu com seus apatrechos, suas obras de arte, seus livros na versão datilografada, com as anotações manuscritas do autor, nos ajustes da obra. Há o original de "Os Miseráveis", mas não era permitido fotografar a obra exposta. A casa ou apartamento ou sobrado tem três pavimentos e fica numa verdadeira Vila de um quarteirão bem antigo. Os prédios são todos em três pavimentos, geminados, com fachadas parecidas, em torno de uma praça central com apenas um local de acesso através de um portal, acima do qual também há casas edificadas no padrão do local. É um conjunto arquitetônico muito interessante. Quem gosta da leitura, depois de visitar a "casa" de um autor famoso do passado, acaba ficando curioso para ler pelo menos a obra prima do dito cujo. Um dia destes devo ler "Os Miseráveis". Que tal a idéia??!!
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Paris e o Palácio de Versalhes - capítulo IX
O Palácio de Versalhes fica um pouco retirado da cidade de Paris. Fomos para lá de trem, numa viagem que suponho deva ter demorado uma meia hora. É uma obra enorme, de arquitetura interessante e cheia de história. Visitar o Palácio com suas incontáveis dependências e jardins é um esforço físico razoável. Visitamos o Palácio num dia em tempo integral. Me parece que no inverno, que o dia demora mais para clarear, abre por volta das 10 horas. Chegamos lá na abertura, pagamos os ingressos e vamos caminhar. Lá há um sistema de áudio com opção de alguns idiomas e a gente bota os fones no ouvido e a cada peça, com seu número, a gente digita no aparelhinho e escuta a descrição da peça ou objeto. Só que na prática, se a gente ficar ouvindo todos os detalhes, acaba não saindo de lá num dia todo. Então o macro é saber de cada dependência, o seu significado e olhar as pinturas, mobilias, etc. Por falar em mobílias, não há muitas no Palácio, porque depois do final meio trágico da monarquia o povo estava muito indignado com os monarcas depostos e acabou dispersando muitos móveis suntuosos que foram amealhados à custa do povo. Dá até para compreender uma situação dessas.
Um detalhe da Capela do palácio que é de altura maior que o conjunto do prédio e consta que seria para indicar que a importância de Deus seria maior que a dos monarcas... Não sei se avisaram os monarcas desse detalhe, pois um deles de denominava Rei Sol.
Nos incontáveis salões, muitas pinturas de artistas famosos, muitas esculturas, muitas peças em mármore, muita tapeçaria.
O Salão dos espelhos é muito amplo, com amplas janelas para os jardins do Palácio. Lugar para festas, bailes de gala e outras amenidades da corte.
Ao lado do Palácio, 100 ha. (cada ha equivale a 10.000 m2) de jardins com sua simetria no traçado. No inverno as plantas não estão tão belas e não há flores. Os jardins tem vários lagos artificiais com chafarizes e estatuetas de bronze espalhadas pelos mesmos. No comprimento, passam de um quilômetro. Há até um sistema de bondinho (puxado por veículo) para levar o pessoal pelos jardins e pelos palácios anexos, o Grande Trianon e o Pequeno Trianon que ficam na parte final dos jardins. Nesses jardins o que me marcou foi um enorme pé de cedro do Líbano, que reina majestoso no jardim que foi real. Como agrônomo, achei a árvore de uma majestade de merecer reverência!
O Palácio Grande Trianon é relativamente pequeno em relação ao Palácio principal de Versalhes, mas o interessante é que tem o mobiliário mais completo e isto o deixa mais atrativo. Não se deve deixar de visitá-lo. O Pequeno Trianon, logo ali do lado, palácio da rainha, também tem bastante mobília e é interessante por dar uma idéia de como vivia aquela "gentalha". Ao lado direito do P.Trianon, o pé de cedro do Líbano. Mais retirado um pouco, o "Chalé" da rainha estrangeira que tinha um refúgio com horta e tudo, um pouco retirado da badalação do Palácio. Andamos até as 17 horas para ver o máximo que pudemos, com uns 45 minutos para um lanche bem reforçado no almoço, nas dependências do próprio palácio principal de Versalhes.
Então fica assim: lá tudo é muito belo, mas haja energia para caminhar...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Paris e a Majestosa Catedral de Notre-Dame (VIII)
A Catedral de Notre-Dame, Nossa Senhora para nós, é um caso à parte. Concluida sua obra logo após o ano 1.300 dC, tem mais de setecentos anos. Fica numa pequena ilha do Rio Sena, no coração de Paris. Visitamos a mesma duas ocasiões na viagem, sendo a primeira com a esposa e a segunda com a esposa e a filha Denise, que depois se juntou ao grupo, ela que vinha da Alemanha onde estava fazendo estágio.
O nosso acesso à Catedral foi pelo lado dos fundos da mesma e nessa perspectiva se destacam detalhes do estilo gótico de construção, segundo consta. Detalhes que dão uma beleza sem par à obra. A fachada da frente é linda, mas bem diferente do estilo do fundo. Dentro da Catedral, encanta ver a altura das colunas e saber que tudo aquilo foi edificado quando não existia maquinário motorizado. É de se ficar pensando como se ergueram na época colunas tão altas, tão bem esculpidas, com aquela altura toda. Os vitrais então, com seu colorido e tamanho dão um toque especial a tudo. Há um vitral redondo que consta ter um diâmetro de treze metros, mas está em harmonia com o porte da Catedral.
O número de turistas que visitam a Catedral de Notre-Dame é enorme e sabe-se que Paris é uma das cidades que mais recebe turistas no mundo.
Vimos um presépio montado dentro da Catedral e este tinha como detalhes, pontos de luz azulada e no fundo do cenário, telões com projeção de nuvens em movimento. Parecia que a gente estava em outro plano, bem pertinho do céu.
Na frente da Catedral, uma cena curiosa. Uma velha senhora, que certamente já é figurinha carimbada do local, aparece com um punhado de comida para passarinhos na mão e os passarinhos que já estão acostumados com ela, fazem revoada e vêm comer na mão dela, que fica rodeada de turistas para ver e fotografar tudo. Vale até uma gorjeta eventual.
Notre-Dame é um local inesquecível.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
VII - Paris e Edificações do Império Romano na cidade
O Império Romano no seu auge abrangia uma enorme parte do mundo conhecido na época. O local onde se situa Paris já foi parte do Império Romano e foi a antiga cidade de Lutèce (hoje Paris). Através de consulta aos guias turísticos, fiquei sabendo que há em Paris algumas ruinas desse tempo do Império e fiz questão de ir visitar ao menos duas das três obras. A mais marcante é a Arena de Lutece, que fica na região central da cidade, praticamente encravada atrás da fachada de um Hotel atual. A obra foi restaurada e é como se fosse uma pequena praça aberta ao público e a criançada inclusive bate uma bolinha por lá como lazer. Entrar na arena de dois milênios, imaginar o que se passou por lá, sentar na arquibancada e ficar imaginando...
Construção circular com paredes de pedras e arquibancadas também de pedras justapostas. Num lado, algo como um pequeno jardim com paredes de quase um metro de espessura, todas trabalhadas e ornadas com estatuetas antigas. Tudo muito lindo.
Perto da Universidade de Sorbonne, há uma ruina do que foi um Banho público do tempo do Império Romano, num nível abaixo do solo. Fica numa esquina movimentada e está em fase de restauração. Mesmo sem poder circular pela obra, pelo vão da grade de ferro, dá para ver detalhes do banho, que também tem seus milênios de história.
Uma terceira ruina fica no sub solo do pátrio frontal da Catedral de Notre-Dame e tem horário certo para visitação. Estivemos na escada de acesso a esta ruina mas no momento estava fechada e não deu para visitá-la por dentro. E sendo abaixo do nível do solo, nem dava para "espiar pela grade de ferro"...
O interessante é que ao menos dois milênios de história estão lá para se ver e curtir. Principalmente para quem gosta de história, claro!
domingo, 20 de dezembro de 2009
VI - Viagem a Paris - Lojas - Galeries Lafayette
Lojas famosas são abundantes em Paris. Das que me lembro de ter visitado, acho que o destaque fica para o verdadeiro Shopping que fica na chamada Galeries Lafayette. O prédio é de um luxo de cair o queixo. É antigo e pela forma circular, deve ter sido um teatro no passado e hoje nas suas galerias, ficam as lojas, muitas lojas de joias, perfumes, roupas, brinquedos e muito mais. No inverno rigoroso, ficar andando por aquelas lojas com ar condicionado, temperatura agradável, é de esquecer o tempo. Nas lojas de artigos de beleza, grande variedade de marcas famosas de produtos e muitas balconistas demonstradoras para divulgar os produtos e a aplicação. Para a mulherada, parada obrigatória. E os marmanjos aproveitam a ocasião para ver as modelos sendo maquiadas, que ninguém é de ferro!
Já na Au Bon Marchê, um conjunto de lojas com jóias, roupas, perfumes, etc.também a gente fez um pit stop para dar uma olhada nas mercadorias expostas. Uma das peças que estavam expostas na vitrine de uma joalheria era um bracelete de brilhantes pela bagatela de 18.000 euros. As peças de maior valor, acho que eles nem colocam ali em evidência, pois consta que há lojas que atendem só por visitas agendadas. Não dá para o "coco", aquele que só vai olhar, curtir as mercadorias... Não é para os comuns mortais.
As lojas e galerias das grandes grifes em geral estão em prédios de arquitetura que dá gosto de olhar. Prédios antigos, com muitos detalhes, muito bem conservados.
Na região do centro financeiro de Paris, onde se concentram os bancos e onde fica a Biblioteca Nacional, há um aglomerado de edifícios altos, modernos, que contrastam com a maioria da paisagem da cidade que, conforme já citei, em geral é plana e tem edifícios em geral de menos de cinco andares, antigos, com janelões, paredes com fachadas trabalhadas (com detalhes) e a cor amarelo palha "padrão". Nessa região do centro financeiro visitamos uma moderna e ampla loja de artigos esportivos que tinha uma variedade enorme de artigos do ramo, inclusive para esportes na neve. Consegui até comprar algumas amenidades por lá.
sábado, 19 de dezembro de 2009
V Passeio em Paris - A Torre Eiffel
A Torre Eiffel é o ícone de Paris. É o que destaca a cidade no País e no mundo todo. É uma magnífica obra da engenharia do início do século passado, toda feita em ferro sobre sólidas bases de concreto. A torre tem quase 400 metros de altura e há "bondinhos" que são do tamanho de um cômodo normal (4x4 m), digamos, que cabe uma porção de gente de cada vez. Compra-se o ingresso, fica na fila, passa por uma revista pelos guardas e, na vez, subir, subir... Sem medo de ser feliz.
A torre fica do lado do Rio Sena e de lá de cima dá para ver quase a cidade toda. Há proteção de vidro no mirante lá de cima, porque na altura é comum ventar bastante e a proteção ajuda e dá mais sensação de segurança.
Quem sobe a torre tem duas opções de altura. Há um patamar aos 100 metros, onde fica uma parada. Nesse patamar tem uma verdadeira praça com um pequeno cinema, lanchonete e sacada por todos os lados para ver a cidade de forma panorâmica. Mas a imensa maioria do pessoal não faz esta parada e vai direto para o topo, de onde a vista é mais abrangente. Não vou contar que eu só fui na parada dos 100 metros e amarelei. A Lourdinha e a filha Denise radicalizaram e foram até o topo. Fazer o quê! Só de pensar de ir até lá em cima, me esfriavam as solas do pé...
Mas de qualquer forma, valeu a pena.
Também contribuiu para minha falta de coragem nós chegarmos na torre meio tarde, perto da hora de escurecer e ventava um pouco e garoava também. O que não impediu da gente conseguir fazer o passeio (ao nosso modo) e tirar fotos para recordação.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
IV - Viagem a Paris - O Museu do Louvre
Antes de falar no que vi no Museu do Louvre, não custa lembrar alguns detalhes principais da história do Museu. Onde hoje é Paris, havia povoado há mais de dois mil anos e há ruinas de arenas romanas, do tempo do Império Romano. E no exato lugar onde hoje é o Louvre, já antes do ano 1.200 dC, havia uma fortaleza com prisão. Por volta do ano de 1984 foram feitas escavações em parte do que hoje é o subsolo do Louvre e ficou à mostra uma parte das muralhas dessa fortaleza. É aberta ao público que ingressa no Museu e vale a pena dar uma olhadinha para uma obra tão antiga. Antes de visitar a cidade, comprei aqui no Brasil o livro da National Geographic, em português, chamdo de Guia de Viagem - França. Vale a pena e a gente aproveita bem mais o passeio e o lado cultural do mesmo.
Voltemos ao Museu do Louvre. Depois de fortaleza, o prédio foi passando por adaptações e expansões e foi palácio de vários reis da França. Só deixou de ser palácio real quando em 1.682 a corte real se mudou para o majestoso palácio de Versalhes, que fica meio retirado da cidade de Paris. Teremos um capítulo à parte sobre a visita a Versalhes.
O Museu do Louvre é enorme. Um dia todo de visita bem planejado, com um roteiro na mão, dá para ver um pouquinho do seu acervo. Há roteiro em vários idiomas e o mais acessível para mim era em espanhol. O Museu é composto de uma ala frontal e duas laterais, com sub solo, térreo e mais dois andares. A entrada ao museu é pela Pirâmide de Vidro, aquela que se destaca na frente do Museu e é cercada por uma lâmina d´água com pontos de água que jorra.
O ingresso me parece que era 18 euros por pessoa, com direito a guardar os agasalhos pesados num compartimento especial, tudo muito bem organizado, para evitar que a pessoa enfrente o local climatizado carregando o pesado capote no braço o dia todo. E haja caminhada.
Estive lá duas vezes. Na primeira, visitei parte das obras, com destaque para esculturas gregas, romanas, árabes, fenícias e muito mais. Muitas múmias do tempo dos faraós; muitas peças de antigas civilizações.
Na parte de artes plásticas, na parte de pinturas, quadros de célebres pintores do passado. O interessante é que no Museu do Louvre estão pinturas desde a antiguidade, até por volta do século XVIII. Depois disso, as obras ficam concentradas no Museu D´Orsay, que fica bem próximo do Louvre, do outro lado do Rio Sena, sendo que de um museu se enxerga o prédio do outro.
Quem vai ao Louvre procura uns ícones como o Monalisa de Leonardo da Vinci e a Venus de Milus. Para quem não leu alguns detalhes do quadro da Monalisa, pode haver um certo desapontamento com o "tamanho" da obra. Deve ter uns 45 x 65 cm. Mas é impressionante! Saber que um gênio fez aquela obra de arte ímpar lá pelo ano de 1.500. Meio século nos separa da origem da obra.
A Vênus de Milus é uma escultura em mármore branco, com data e autoria desconhecida, muito visitada no museu, até pela simbologia que cerca a obra.
A parte mais suntuosa do museu é a que tem as dependências e mobiliário dos Reis que mantiveram a corte no local, incluindo Napoleão III. Tapeçarias, moveis entalhados, cortinas cheias de detalhes, camas enormes com proteção em tecido usual pela nobreza da época. Tudo muito suntuoso.
Como eu disse, fomos um dia no Louvre e andamos por lá das 10 horas, quando abriu, até lá pelas 17 horas. Tem que estar em dia com a forma física e mesmo assim a gente termina o dia acabado, mas realizado pela beleza das obras.
Dias depois, a filha Denise veio da Alemanha e voltamos a visitar o Louvre no fim da tarde, mais umas 3 ou 4 horas. E mesmo assim ficou muita coisa para trás, para "uma próxima ocasião..."
Um detalhe do cafezinho no saguão de entrada que fica no sub solo, logo após o acesso pela Pirâmide. Um Café requintado com três preços para um mesmo cafezinho. Em pé, com o umbigo no balcão, preço X. Sentado numa cadeira numa das mesinhas internas do Café, preço Y e se o cliente preferir tomar seu cafezinho numa das mesinhas nas laterais do Café, vendo o público se movimentando por ali no saguão, preço Z. Fiquei no preço X em euro, que na ocasião era na proporção 1: 2,8 entre euro e real. Depois o euro ficou um pouco menos caro.
Vamos deixar mais detalhes da viagem para outro capítulo.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
V Viagem a Paris - O que vi pelas ruas...
Quando a pessoa vai para um lugar distante, o que mais chama a atenção são coisas e atitudes diferentes das usuais na região de onde a gente vem. Andando no centro velho de Paris por onze dias a pé, de metrô e de ônibus, algumas das coisas que chamaram a atenção por não serem usuais na nossa terrinha. Vejamos:
Eu não vi engarrafamento de trânsito por lá. Achei que em proporção com São Paulo, que chega a quilômetros de engarragamento do trânsito, por lá a coisa é bem mais "laite". Suponho que isto decorre do metrô ser bem ramificado e integrado e as pessoas se deslocam muito, mas muito mesmo, de metrô. E vi a forma de guincharem carro que está estacionado de modo irregular. O guincho é um caminhão pequeno com um "muque" (um braço hidráulico). O caminhão estaciona em fila dupla ao lado do carro a ser guinchado e eles passam duas "faixas" por baixo do carro (faixas de uma lona especial para não afetar a lataria do carro) e o gancho do braço hidráulico "iça" num instante o carro para cima do caminhão. Pimba no motorista relapso!
Motos - no centro velho há calçadas largas e bem cuidadas. Há muitos lugares onde se aglomeram motos estacionadas em parte da calçada. Deve haver algo que regulamenta esse tipo de coisa. Nesses casos, há espaço para as motos e os pedestres e não é algo generalizado. Há lugares onde se vê as motos estacionadas.
Motos II - O frio forte de inverno faz o pessoal lá adotar um sistema de fixar uma proteção de lona preta como essas de capota de picape na moto, para proteger o motoqueiro do vento frio. Pode não ser chique, mas deve ser muito funcional.
Motos III - O que eu achei mais curioso. Vi algumas (poucas) motos pequenas, aquelas scooter (acho que é assim que se grafa) com duas rodas na frente e uma atrás. As rodas da frente são paralelas, recuadas uns 30 cm. entre si. Parece que permitem que, ao parar em semáforo, a pessoa possa se manter em equilíbrio, sem colocar o pé no chão. Se assim for, tem o seu lado prático.
Moto IV - Uma cena. No trânsito, uma senhora com uma pequena moto e seu caozinho de estimação no assoalho da moto. Param num semáforo, o cão salta, vai para a calçada e pouco antes do farol abrir, volta ao seu lugar na moto e partem...
Carro - Por lá vi vários carros da Mercedes, modelo Smart, que são bem pequenos e suponho que sejam para duas pessoas. Busquei no google e vi várias fotos e diziam que em junho de 2009 os tais chegariam ao Brasil. Na minha parte de Brasil onde vivo, no interior do Paraná, até agora não vi nenhum pelas ruas.
Portas do Metrô - Por causa do frio e o ar condicionado do metrô, no inverno as portas não se abrem automaticamente em certos casos. Elas se destravam, mas tem uma pequena alavanca para acionamento manual. A lógica é - se houver passageiros para subir ou descer nos momentos de menor movimento, se abrem as portas necessárias apenas, se perdendo menos ar condicionado. Razoável.
Barzinhos - A versão do choppinho na calçada, vendo o movimento. Nem o inverno tira o sabor do chopp. Mas o vento pode incomodar. Há alguns barzinhos com uma extensão de vidro, já em uma parte da calçada, em lugares muito específicos, onde a pessoa fica tomando seu chopinho praticamente na calçada, mas protegido por vidros e podendo ver o movimento da rua...
Igrejas centenárias - O que chamou a atenção é que em muitas delas, de construção magnânima, as cadeiras são daquels de "antigamente", de madeira, individual, com assento de palhinha simples, todas fixadas entre si por sarrafos de madeira. Por aqui é usual banco de madeira longo, para várias pessoas.
Deixemos algo para os próximos capítulos.
(Na foto acima, aparece moto na calçada e ao lado, a parte dos fundos da Catedral de Notre Dame. Por sinal, achei que a arquitetura do fundo da catedral é mais bonito que a fachada da frente. Depois veremos no capítulo da Notre-Dame)
domingo, 13 de dezembro de 2009
IV Viagem a Paris - O Sena, as Pontes e os Barcos
O Rio Sena, na porção que corta a região central de Paris, tem sua calha toda revestida e se parece com um canal artificial. Mas tem seu charme, principalmente pelas pontes antigas, de arquitetura requintada e os barcos que passam sempre carregados de turistas que sobem e descem o rio. Os barcos são os Bateaux Mouche, como a gente ouve falar. São grandes e confortáveis, com ótima vista para a cidade. Por incrível que pareça, fui adiando a viagem de barco e no dia que fomos ao embarque, não conseguimos achar corretamente o ponto de embarque e só ficamos vendo os barcos que passavam. Ficou para a próxima...
As pontes em concreto, antigas, bem conservadas, tem detalhes arquitetônicos muito bonitos. Verdadeiras obras de arte. O Sena forma uma pequena ilha onde fica a Catedral de Notre-Dame. Muito próximo de suas margens também ficam o Museu do Louvre, o D´Orsay e mesmo a Torre Eiffel, um pouco mais retirada.
Uma série razoável de fotos do Rio Sena e outros lugares turísticos de Paris estão no meu Orkut.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
III Viagem a Paris - Os pontos principais visitados
Neste "capítulo", vou fazer um apanhado geral dos lugares principais que visitamos durante os onze dias que estivemos por lá. No decorrer da série, vou dar mais detalhes de cada ponto visitado. Em Paris, visitamos o Rio Sena com seus barcos de passeio (os Bateaux Mouches) na região central da cidade. O Museu do Louvre, o Arco do Triunfo, a Torre Eiffel, o Museu D´Orsay, a "Casa" de Victor Hugo, hoje um museu com o acervo do renomado escritor, A Igreja de Notre Dame (majestosa), muitas igrejas com vários séculos, a Ópera de Paris, passeios via Metrô de Paris, visita ao bairro de Marais; visita a um mercado com quase três séculos e que tem até uma banca de portugueses que vende os pasteis de Belém. Visitamos a Galeries Lafayette, que é um sofisticado Shopping Center num prédio histórico deslumbrante. A G.Lafayette tem galerias em vários níveis como num teatro e nessas galerias circulares hoje ficam as lojas. No teto, na parte central do edifício, uma cúpula de vitrais coloridos.
Um pouco afastado de Paris, visitamos o Palácio de Versalhes, que é enorme e rendeu muita caminhada, prédios enormes, cheios de dependências e jardins com lagos artificiais, estatuetas de bronze, muito verde e muito mais.
A avenida dos Champs Ellysees, As ruinas (um estádio)do tempo do Império Romano dentro da área central de Paris.
Em MontMartre, na colina onde fica a igreja Sacre Coeur, bem próximo fica uma pracinha dos Artistas plásticos, o Moulin Rouge (Moinho Vermelho) uma tradicional casa de shows que resiste aos tempos. Por perto disso tudo, passamos tomar um lanche no ambiente climatizado de um restaurante tradicional onde rodaram algumas cenas do filme O Fabuloso destino de Amélie Poulain. Todo mundo posa para fotos no ambiente que foi cenário do filme. Uma boa recordação.
No decorrer da série, devemos nos lembrar de mais detalhes e faremos o registro para os amigos.
Não percam o próximo capítulo...
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
II - Viagem à Europa
O aeroporto Charles De Gaule, que é enorme, fica um pouco retirado da cidade de Paris e quem chega pelo mesmo, uma das formas de ir ao centro da cidade é de trem. Há o RER, um sistema de trem metropolitano que faz o transporte regular na região. O RER faz conexão com o sistema de metrô de Paris e entre o RER e o metrô, chegamos no apartamento da filha depois de menos de uma hora entre caminhadas pelo aoeroporto, escadas rolantes, viagem, conexão RER-metrô e chegada em casa. Deixamos SP com uns 30 graus e chegamos lá com uns dois graus e tivemos que colocar os capotes, agasalhos pesados para enfrentar o frio.
A primeira impressão que tivemos da cidade, foi constatar que na região mais central não há edifícios altos. Os prédios na região comercial em geral tem a mesma cor (amarelo palha), a mesma altura (uns três andares) e a fachada meio parecida, além de ter no teto umas pequenas estruturas que parecem ser de cerâmica e lembram chaminés. Devem estar associados a sistema de calefação (aquecimento) dos ambientes, o que é comum por lá para a estação fria. Por sinal, informa-se que Paris não tem inverno tão rigoroso e neve por lá é muito esporádico. Mesmo assim, um dia vimos cair um pouquinho de neve. Eu nunca tinha visto. Muito lindo!!!
Outra coisa que chama a atenção é que a cidade no geral é bem plana e os prédios não sendo altos, ressalta essa condição. O lugar que se destaca é Montmartre, uma colina pouco alta, onde se destaca uma linda igreja chamada de Sacré-Coeur, que seria para nós Sagrado Coração. Da colina onde fica a igreja, a vista para a cidade em torno é um espetáculo.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Viagem para a Europa - em capítulos
Era para aparecer só uma foto, mas como sou novo no ramo de blogueiro, não consegui remover uma das fotos.
Começando pelo começo... Eu que sempre gostei de ler muito, conheço um bocadinho do mundo através da leitura e de imagens que hoje estão na TV, internet e muito mais. Dizer que sonhava ir para a Europa, isso eu sonhava, mas era um sonho meio distante. Quem sabe para quando me aposentasse. Não imaginava que surgiria a oportunidade de "confluência astral" de forma a permitir que muito antes de quando imaginava, surgisse uma oportunidade que era pegar ou largar. Oportunidade de visitar um pouquinho da França (Paris) e da Alemanha (Frankfurt, Colonia e Koblenz).
Tudo começou com a ida da filha mais velha com o esposo para Paris por seis meses, em estudo de doutorado do genro. A filha, no período assistiu aulas por lá de ouvinte na sua área de interesse, a Antropologia. Então em Paris eu tinha um lugar para ficar e dois intérpretes - nada mal. E na Alemanha, uma filha fazendo intercâmbio (Au Pair) em Koblenz, uma cidade de mais de dois mil anos, ao lado do Rio Reno. Assim, tinhamos uma intérprete na Alemanha, a nossa intercambista e por lá ficamos em hotel ou em hostel, de preço mais "laite".
Foi assim que pegamos nossos passaportes (para a Europa não precisa de visto nos países visitados) e compramos as passagens pela TAM e "pé na estrada". Voo de Londrina a São Paulo e de S.Paulo (Guarulhos) a Paris, direto. Umas nove horas de voo, no Airbus 320 lotado. Cabem ao redor de 260 passageiros. Assim fomos parar no aeroporto Charles De Gaule, de Paris, dia 20-01-2009, em pleno inverno de lá, com uns dois graus positivos. A filha Franci nos esperava no aeroporto.
No próximo capítulo tem mais...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Visitando a Ilha do Mel (Litoral do Paraná)
O Paraná tem uma costa marítima relativamente pequena, comparativamente a SP e SC. Mesmo assim tem algumas praias bonitas e uma riqueza de beleza que é a mata atlântica preservada na Serra do Mar. Estamos passando uma temporada na Praia de Caiobá e tiramos dois dias para ir conhecer a Ilha do Mel, que tem seu lado de Reserva Ambiental e sítio de valor histórico, com um Forte de dois e meio séculos e um farol em estrutura de aço, fabricado na Escócia e montado na ilha no final do século XIX. O acesso à Ilha do Mel é por barco de hora em hora e lá na ilha não circulam carros e motos. Um sossego. Trilhas no meio de muito verde, belas praias e boas pousadas. A ilha tem 35 km2. ou 1.100 alqueires (2.400 ha+ou-).
Se a pessoa buscar pelo Google, vê a localização da Ilha do Mel e fotos diversas das suas várias facetas.
Já na viagem de barco vimos golfinhos nadando perto do barco e na Ilha, pelas trilhas, vimos aves como canários da terra (bandos deles), tié sangue, coleirinha, chupim e muitas aves aquáticas como gaivotas, mergulhões, etc.
A mata contém muitas bromélias penduradas nas árvores. Um lugar que encanta os turistas do Brasil e de fora.
O farol fica num morro que tem uma trilha bem cuidada e 160 degraus para se chegar ao mesmo, fora as rampas de subida sem degrau. Mas o esforço vale a pena pela vista lá de cima. Em outra parte, o Forte perto do mar (junto ao mar) e uma trilha que sai do forte e chega a outra estrutura militar do forte, com construção também de pedras e também privido de canhões em posição de tiro. Canhões menos antigos, de 1.910, muito bem preservados. E uma vista maravilhosa para o mar e ilhas vizinhas. Um passeio muito lindo. Com praias muito limpas,lindas. Valeu o passeio e vale a pena visitar.
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